quarta-feira, 13 de agosto de 2014

RELAÇÕES ECOLÓGICAS - 1° SÉRIE DO ENSINO MÉDIO - CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO 3° BIMESTRE

CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO 2° BIMESTRE
 1° SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

RELAÇÕES ECOLÓGICAS
São as interações de um indivíduos de uma espécie que se interagem entre si e com os membros de outras espécies da comunidade ecológica a que pertencem, ocorrem devido as atividades dos organismos para obter os recursos necessários a sua sobrevivência e reprodução. Conforme as características próprias da espécie e do nicho ecológico que ela ocupa, os recursos necessários a sobrevivência podem variar bastante, incluindo desde de água, alimento e abrigo e ate condições especificas de luz, temperatura e umidade, entre outras.
As relações ecológicas podem ocorrer entre indivíduos da mesma espécie, sendo denominadas relações intraespecíficas, ou entre indivíduos de espécies diferentes, recebendo o nome de relações interespecíficas.
Algumas relações promovem benefícios para as duas partes envolvidas. Outras são benéficas para uma parte e indiferentes, ou neutras, para a outra, sendo conhecidas como harmônicas, como a organização social das abelhas. Mas há também aquelas que o beneficio de um individuo significa necessariamente o prejuízo de outro, sendo conhecida como desarmônicas, é o caso da relação entre predadores e presas ou da competição por alimentos.

·         RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS

As relações intraespecíficas são muito variadas e diferenciam-se conforme as características da espécie. Entre as plantas, há espécies que os indivíduos se matem afastados uns dos outros, em outras a sobrevivência depende da proximidade dos seus semelhantes. Entre os animais predadores é comum a vida solitária, com encontros esporádicos para acasalamento ou atividade de caça. Já entre os herbívoros a vida em grupo é frequente, embora isso não seja uma regra.
Essas relações podem ser classificadas em dois grupos principais, cooperação ou de competição.

Ø  Relações intraespecíficas de cooperação
Em varias situações, os indivíduos de uma mesma espécie se relacionam de forma proporcionar benefícios para todos os envolvidos na relação. Esse comportamento cooperativo pode ter diferentes funções, como aumentar a proteção, economizar energia e otimizar a caça e o cuidado com a prole. A cooperação nem sempre é muito evidente, mas geralmente está presente nas espécies cujos indivíduos permanecem muito próximos uns dos outros. Nas savanas, por exemplo, animais herbívoros como zebras e gnus pastam em grandes grupos, protegendo-se mutuamente do ataque de predadores, os cachorros utilizados para puxar trenós dormem sobre a neve do Ártico enrodilhados uns dos outros, a formação em V apresentada no vôo de varias espécies e os cuidados com a prole entre os gorilas no caso as fêmeas do grupo, esses animais se organizam em haréns, em que o macho dominante tem preferência para a reprodução, e as fêmeas se dividem no cuidado de todos os filhotes.
Em certas espécies, porem, a vida em grupo tem um caráter ainda mais organizado, e a eficiência do grupo em obter os recursos do meio é resultante da especialização das funções dos indivíduos. Esses casos configuram as sociedades e as colônias.
Ø  Colônias a colônia é um tipo de organização na qual os indivíduos de uma mesma espécie vivem intimamente ligados entre si, beneficiando-se mutuamente, um exemplo são os corais, que podem abrigar milhões de indivíduos num mesmo esqueleto calcário. A alga Volvox sp. é uma colônia em cujo interior há indivíduos unicelulares especializados na reprodução. Em suas periferia e superfície encontram-se indivíduos unicelulares biflagelados, que proporcionam a movimentação de todo a colônia.
Em colônias, a dependência e a especialização entre os indivíduos podem ser tão grandes que estes chegam a dar impressão de serem órgãos complementares de um único organismo. Um exemplo extremo de colônia é a caravela- portuguesa, Physalia pelágica, um cnidário marinho, muitas vezes identificado erroneamente como água viva. Esse ser aparentemente um único organismo, na verdade é composto por vários indivíduos, os zooides, que se apresentam na forma de pólipos ou de medusas.  
Ø  Sociedade é um tipo de organização entre indivíduos da mesma espécie caracterizados pela cooperação mediante algum grau de divisão de trabalho e pela comunicação entre seus membros. Esses indivíduos, diferentemente do que ocorre nas colônias, são fisicamente independentes, apesar de compartilharem um mesmo território. O grau e a forma de organização das sociedades são muito variáveis entre as espécies.
ü  Os leões, considerados os mais sociais entre os felinos, vivem em grupos compostos geralmente por uma seis machos e quatro a doze fêmeas adultas com seus filhotes, onde cada grupo mantém a defende seu território  da invasão por machos de outros grupos.
ü  Algumas espécies de insetos apresentam as sociedades mais complexas chamadas de eussociais. Como é o caso das abelhas, as vespas, as térmitas e as formigas organizam-se em sociedades com clara hierarquia e divisão de trabalho entre os indivíduos, formando grupos especializados, denominados castas ou classes sociais. Essas sociedades são divididas em três castas principais: dos machos, das rainhas e das operarias.
ü  Na sociedade de insetos, a comunicação entre os indivíduos é feita por meio de compostos químicos, os feromônios, produzidos por glândulas especializadas, quando excretadas, essas substancias provocam reações fisiológicas ou comportamentais em outros indivíduos da mesma espécie. Existem feromônios para diferentes funções, como a demarcação de território, atração sexual, alarme e localização de alimento
ü  Exemplos: nas sociedades das formigas do gênero Atta sp. ou saúvas, a trilha química de feromônio no chão marca o caminho de volta ao formigueiro, nas sociedades das abelhas, compostas por três castas, as operarias são estéreis devido a ação de feromônio presentes nas secreções da rainha, que inibem o desenvolvimento de suas gônadas sexuais.   

Ø  Relações intraespecíficas de competição
Indivíduos da mesma espécie ocupam o mesmo nicho ecológico e necessitam dos mesmos recursos, como água, alimentos, parceiros para a reprodução, espaço, luz, materiais para a construção de nichos, etc. a competição intraespecífica ocorre quando um ou mais desses recursos não são suficientes para atender as necessidades de todos os indivíduos da mesma espécie que convivem num mesmo local e que, por isso, passam a disputar por ele. Esse é um tipo de relação desarmônica.
A competição intraespecífica pode ocorrer de duas formas. A forma direta ocorre por meio de lutas, agressões e outros comportamentos inamistosos, comumente observados entre os animais, ou pela produção de substancias químicas que inibem o crescimento de outros indivíduos, como se observa em algumas espécies de plantas e em moluscos que habitam costões rochosos.
A forma indireta, em geral menos evidente, ocorre quando um individuo consome um recurso de forma a torná-lo indisponível para os outros, um exemplo seria uma espécie de planta que necessita de luz intensa e ao crescer produz sombra ao sei redor, compete com as meia jovens pela luminosidade e inibe o desenvolvimento destas naquele local.

  • RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS

As relações ecológicas entre indivíduos de espécies diferentes também podem ser harmônicas ou desarmônicas. Entre as relações harmônicas, as mais importantes são as de cooperação, o comensalismo e o mutualismo. A competição, a predação, o herbivorismo e o parasitismo envolvem o prejuízo de uma das partes envolvidas e são as principais relações desarmônicas das relações interespecíficas.

Protocooperação
É uma relação de cooperação entre duas espécies que se associam gerando benefícios para todos os indivíduos envolvidos, porem essa associação, no entanto, não obrigatória, pois os indivíduos das duas espécies podem viver isoladamente, um exemplo seria nos pastos e nas savanas onde é comum observar a presença de aves pousadas no dorso de bois, búfalos, cavalos. Nessa protocooperação, esses mamíferos se vêem livres de parasitas incômodos, e as aves se alimentam dos carrapatos.

Comensalismo
Uma das espécies é beneficiada por obter recursos alimentares a partir da outra, para qual a relação é neutra.

Mutualismo
É uma relação de cooperação na qual duas espécies obtém benefícios a partir de uma associação tão interdependente que não pode sobreviver sem a presença de outra, um exemplo seria a capacidade de digestão de celulose pelos cupins, os protozoários que vivem no interior dos cupins digerem a celulose da madeira ingerida por estes, outro exemplo são a associação entre as algas e os fungos que formam os liquens.

Inquilinismo
Ocorre quando um organismo de uma espécie vive sobre ou no interior de um organismo de outra espécie, porem sem prejudica-lo, exemplos são as orquídeas e as bromélias, essas plantas fixam nos troncos e ramos das arvores e assim obtém maior acesso a luz solar, necessária a sua sobrevivência.

Competição
A competição interespecífica ocorre quando duas espécies diferentes ocupam o mesmo nicho ecológico ou quando ocorre sobreposição parcial do nicho e elas dependem de alguns recursos comuns, disputando-os entre si.

Predação
É a relação em que o individuo de uma espécie mata um individuo de outra espécie para se alimentar.

Parasitismo
É uma relação desarmônica em que uma espécie, o parasita, utiliza o organismo de outra, o hospedeiro, como habitat e fonte de alimento, necessariamente lhe causando prejuízos. Em geral, os prejuízos causados pelo parasita não chegam a debilitar o hospedeiro de forma significativa e dificilmente ocasionam a sua morte. Espécies parasitas ocorrem entre vírus, bactérias, protozoários, fungos, vegetais e animais.
Os parasitas que vivem na superfície externa de seus hospedeiros são denominados ectoparasitas, exemplos bem conhecidos são os carrapatos, as pulgas e os fungos que causam micoses no ser humano.
Os parasitas que vivem dentro de seus hospedeiros são denominados endoparasitas. É o caso, por exemplo, dos vírus bacteriófagos, que infectam bactérias, e da lombriga, que parasita o tubo digestório do ser humano.
                                                                                             
Herbívora

É a relação estabelecida entre os animais que se alimentam de plantas e as próprias plantas, é importante lembrar que a relação de herbívora não é exclusividade dos animais herbívoros, pois os animais onívoros também se alimentam de plantas. Nela, o animal se beneficia em detrimento do vegetal. É uma relação desarmônica de extrema importância, pois as plantas são a base da cadeia alimentar e fornecem energia necessária a existência dos demais níveis tróficos em todos os ecossistemas.  

DIVISÃO CELULAR - 2°SÉRIE DO ENSINO MÉDIO CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO

CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO 2° SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
DIVISÃO CELULAR
O ciclo celular
A célula possui um ciclo de vida que compreende sua origem, crescimento e desenvolvimento, ate a reprodução. As células surgem por divisão de células precedentes. No processo mais comum de divisão celular, denominado mitose, a célula original dá lugar a duas células filhas.
Cada uma delas, por sua vez, cresce se desenvolve e pode produzir uma nova geração de células. Antes do inicio da divisão, é fundamental que a célula duplique seu material hereditário, de modo que cada uma das células filhas receba a mesma quantidade de DNA presente na célula mãe.
O crescimento celular também é importante, sem ele, a cada divisão as células diminuiriam de tamanho, inviabilizando o surgimento de novas células. A esse conjunto de transformações que a célula sofre durante sua vida dá-se o nome de ciclo celular.

Duração do ciclo celular
O ciclo celular completo pode durar algumas horas ou muitos anos, dependendo do tipo da célula e de suas características fisiológicas. Uma célula de mamífero, cultivada em laboratório sob condições ideais de desenvolvimento, pode completar seu ciclo em apenas 16 horas. Em um embrião em desenvolvimento, as mitoses ocorrem sucessivamente, enquanto no adulto há grande variação, a célula do revestimento do esôfago, por exemplo, completam seu ciclo em aproximadamente uma semana, mas no revestimento estomacal e intestinal o ciclo pode ser de 24 horas. Algumas células, após a divisão, entram em um período de quiescência e raramente voltam a se dividir. É o caso de células que sofreram um processo de especialização ou diferenciação muito acentuado, como os neurônios e as fibras musculares estriadas.


Os dois tipos de divisão celular
Na mitose, uma célula origina duas células filhas, exatamente iguais quanto à forma e a quantidade de material genético. Os organismos pluricelulares crescem por aumento no numero de células, sempre originadas por mitoses. É também o processo mitótico que permite a substituição de células mortas. Assim, as células da pele, as de um embrião em desenvolvimento e as das pontas das raízes e caules estão em constantes mitoses.

Na meiose, por sua vez, ocorre somente em células destinadas a reprodução. Ela sempre parte de uma célula diplóide que se faz duas divisões, ao final das quais se obtém quatro células haplóides, com a metade dos cromossomos existentes na célula mãe. Óvulos e espermatozóides, nos animais, e esporos, nos vegetais, são produzidos por meiose.
De certa forma, a meiose, que parte de uma célula diplóide e forma células haplóides, pode ser considerada o processo inverso ao da fecundação. Basta lembrar que na, fecundação, os gametas masculino e feminino, ambos haplóides, se juntam e restabelecem a diploidia característica da espécie.

PARA SABER MAIS...
OS MICROTÚBULOS
Os microtúbulos são formados pela polimerização de uma proteína globular, a tubulina. As unidades de tubulina unem-se em espiral, formando a parede de um cilindro oco com aproximadamente 28nm de diâmetro externo. Cada volta da espiral corresponde a treze moléculas de tubulina.
Os microtúbulos relacionam-se a diversos tipos de movimentos intracelulares, como o transporte de vesículas através do citoplasma e o deslocamento dos cromossomos durante as divisões celulares.

·         MITOSE
Mitose e numero de cromossomos
A mitose é um processo de divisão em que ocorre uma duplicação cromossômica para cada divisão da célula. Assim, o numero e a qualidade dos cromossomos da célula mãe são mantidas nas células filhas.

Etapas da mitose
A mitose é um processo continuo, por motivos didáticas, no entanto, ela costuma ser dividida em etapas ou fases que não duram obrigatoriamente o mesmo intervalo de tempo. As etapas da mitose são, prófase, metáfase, anáfase e telófase.

PRÓFASE
ü  Os centríolos já duplicados afastam-se gradativamente, atingindo os pólos da célula. Em torno deles, aparecem fibras que constituem o áster. Entre s centríolos que se afastam, forma-se fibras do fuso mitótico. Tanto as fibras do áster como as do fuso são microtúbulos do citoesqueleto.
ü  O nucléolo fica cada vez menos visível e acaba se desintegrando, sendo seu material distribuído pela célula.
ü  O núcleo aumenta de volume, e por fim, a membrana nuclear se desorganiza.
ü  Durante todos os eventos anteriores, os cromossomos, já duplicados, sofreram um processo de espiralação crescente. As cromátides ficam visíveis. Por fim, os cromossomos prendem-se as fibras do fuso pelo centrômero.

PARA SABER MAIS...
Os cinetócoros, um para cada cromátide, são estruturas protéicas formadas na prófase, na região do centrômero. É pelo cinetócoro que cada cromátide irá se prender a um microtúbulo do fuso mitótico, na metáfase.
Na anáfase, os microtúbulos, na região do cinetócoro, perdem gradativamente moléculas de tubulina, encurtamento cada vez mais. Além disso, um proteína motora arrasta o cinetócoro, junto com a cromátide, ao longo da fibra do fuso.    

METÁFASE
Os cromossomos atingem seu grau Maximo de espiralação e colocam-se no plano equatorial da célula. No final da metáfase, as cromátides se separam, tendo agora cada uma delas um centrômero próprio e constituído dois cromossomos irmãos.

ANÁFASE
As fibras do fuso encurtam; com a separação das cromátides, os cromossomos irmãos migram cada um para um dos pólos da célula.

TELÓFASE
Cada conjunto cromossômico atinge um dos pólos. Os cromossomos desespiralam-se gradativamente, e as duas novas cariotecas reconstituem-se a partir das membranas do reticulo endoplasmático. Novos nucléolos são produzidos. A membrana plasmática se invagina, formando um sulco. Termina a cariocinese (divisão de núcleos) e inicia-se citocinese (divisão do citoplasma), com distribuição mais ou menos equitativa dos orgânulos entre as células filhas.

A mitose em células vegetais
Quando se estuda a mitose em células vegetais, percebem-se duas diferenças fundamentais ao mesmo processo em células animais. Inicialmente, na há centríolos nem ásteres, mesmo assim, ocorre a formação das fibras do fuso. Isso demonstra que o papel dos centríolos na divisão ainda não foi totalmente compreendido, já que células sem centríolos formam o fuso e dividem-se normalmente.
A divisão do citoplasma não acontece por estrangulamento, como na célula animal, em vez disso, aparece no equador da célula um esboço de parede, a lamela média, constituída por um polissacarídeo, a pectina. Mais tarde, formam-se duas membrana celulósicas, de um lado e do outro da lamela média.

VARIAÇÃO NA QUANTIDADE DE DNA DA CÉLULA DURANTE A MITOSE
No período G1 a quantidade de DNA ainda na aumentou. Durante o período S, ela dobra, e assim permanece no terceiro momento da interfase G2. Ao longo da mitose, quando as duas células se formam, a quantidade de DNA volta a ter a quantidade normal.

·         MEIOSE
Enquanto a mitose mantém o numero de cromossomos nas células filhas, o processo de meiose o reduz a metade. A meiose sempre parte de uma célula diplóide e dá origem a quatro células haplóides.
A importância da redução dos cromossomo fica evidente quando lembramos que, na fecundação, os gametas masculinos e feminino se fundem, restabelecendo o numero diplóide da espécie.

Meiose e numero de cromossomos
No processo de meiose, ocorre uma única duplicação cromossômica e duas divisões celulares. Isso faz com que o numero de cromossomos se reduza a metade.

1.      A célula esta em interfase. A célula é diplóide, com 2n = 4 cromossomos. Existem os pares de homólogos a e a e b e b. Os cromossomos foram representados, apesar de invisíveis nesta fase.
2.      Ainda durante a interfase, ocorre a duplicação do DNA. Cada cromossomo passa a ser constituído por duas cromátides idênticas, presas pelos mesmos centrômeros.
3.      Na primeira divisão da meiose, ocorre a separação dos cromossomos homólogos, cada célula recebe um único cromossomo de cada par. Com isso, o numero cromossômico é reduzido a metade.
4.      As células são agora halóides. Cada cromossomo continua duplo, não houve duplicação de centrômero e as cromátides irmãs continuam juntas.
5.      Na segunda divisão meiótica ocorre a separação das cromátides-irmãs, que são distribuídas para as células filhas. Perceba que cada célula tem dois cromossomos, da mesma forma que no estagio anterior. No que se refere ao numero de cromossomos, a segunda divisão meiótica é semelhante a uma mitose.

Descrição das etapas

PRÓFASE I
A.    Leptóteno
Devido a sua espiralação, os cromossomos ficam visíveis. Apesar de duplicados desde a interfase, eles aparecem ainda como filamentos simples, bem individualizados.
B.     Zigóteno
Os cromossomos homólogos se atraem, emparelhando-se. Esse pareamento é conhecido como sinapse e ocorre ponto por ponto. O pareamento de cromossomos homólogos não ocorre na mitose.
C.     Paquíteno
As duas cromátides de cada cromossomo tornam visíveis. Os dois homólogos pareados mostram, então, quatro filamentos, que, em conjunto, chamados tétrades ou bivalente.
D.     Diplóteno
Nessa fase podem ocorrer quebras em regiões correspondentes das cromátides homólogas, e os pedaços quebrados unem-se em posição trocada. Esse fenômeno, chamado crossing-over ou permuta, aumenta a variabilidade genética das células formadas, pois reúne em um mesmo cromossomo genes vindos da mãe, presentes em uma cromátide, e genes vindos do pai, presentes em outra cromátide. Os homólogos afastam-se, permanecendo em contato em alguns pontos chamados quiasmas.
E.     Diacinese
Os pares de homólogos estão praticamente separados. Os quiasmas deslizam para as extremidades dos cromossomos. Aumenta ainda mais a espiralação dos cromossomos.

METÁFASE I
A membrana nuclear desaparece. As fibras do fuso formaram-se na prófase I. os pares de cromossomos homólogos se organizam no plano equatorial da célula. Os centrômeros dos cromossomos homólogos ligam-se as fibras que partem de centríolos opostos. Assim, cada componente do par de homólogos será atraído para um dos pólos.

ANÁFASE I
Não há divisão dos centrômeros, cada componente do par de homólogos migra em direção a um dos pólos, por encurtamento das fibras do fuso.

TELÓFASE I
A carioteca se reorganiza, os cromossomos se desespiralam. O citoplasma sofre divisão.
PRÓFASE II
Semelhante a prófase da mitose e bem mais rápida que a prófase I. Formam-se o fuso, as vezes, perpendicular ao anterior.

METÁFASE II
Os cromossomos se dispõem no plano equatorial as fibras do fuso. Ao final da metáfase, com a divisão do centrômero, as cromátides passam a constituir, cada uma, um cromossomo com centrômero próprio.

ANÁFASE II
Os cromossomos filhos migram para pólos opostos.

TELÓFASE II

 Já nos pontos, os cromossomos e desespiralam, e os nucléolos reaparecem. O citoplasma se divide, são agora quatro células n, originadas a partir da célula 2n que iniciou o processo.

domingo, 3 de agosto de 2014

REINO PROTOCTISTA E SUAS DOENÇAS - 3° SÉRIE DO ENSINO MÉDIO CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO


CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO 3ºSÉRIE DO ENSINO MÉDIO
REINO PROTOCTISTA

 REINO PROTOCTISTA
Os protoctista são os primeiros organismos eucarióticos, ou seja, com células que apresentam núcleo individualizado e diferentes organismos, cada qual responsável por uma função. Seus representantes são protozoários e algas.
Os organismos que compõem o reino Protoctista são considerados de difícil classificação, o que gera muita controvérsia entre os especialistas. Diferentemente dos demais reinos, cujos organismos são originados da mesma espécie ancestral, ou seja, monofiléticos, os Protoctistas englobam seres de distintas linhas evolutivas e bem diferentes uns dos outros.

OS PROTOZOÁRIOS
Os protozoários, representantes do domínio Eukarya, são unicelulares e de estrutura bastante variável. Suas células, maiores do que as dos procarióticos possuem núcleo individualizado por uma carioteca, a maioria é heterótrofa e muitos são capazes de locomoção.
A célula de um protozoário é capaz de realizar, sozinha, todas as funções que ocorrem num organismo multicelular ou pluricelular graças a variedade de organelas e estruturas presentes em seu citosol.

·         MORFOLOGIA CELULAR, ENVOLTÓRIOS E CITOSOL
Os protozoários apresentam grandes variações de forma, dependendo da fase evolutiva e do meio ao qual estão adaptados. Podem ser esféricos, ovulados, alongados ou modificar constantemente a forma de suas células, como é o caso das amebas.
Em geral observam-se duas áreas distintas no citosol, uma externa, mais consistente, denominada ectoplasma, e uma interna, granular e mais fluida, chamada de endoplasma, onde se encontra a maior parte das organelas.
·         LOCOMOÇÃO E CAPTURA DE ALIMENTO
Muitos protozoários locomovem-se utilizando uma ou mais organelas especializadas.
Os pseudópodes são expansões temporárias do citoplasma emitidas por meio da deformação da célula devido a ação de proteínas contrateis. Alem de ajudarem na locomoção, os pseudópodes também são utilizados para a captura de alimento.
Os flagelos e os cílios são prolongamentos derivados dos centríolos. Os primeiros filamentosos e longos, são formados por microtúbulos organizados segundo um eixo, ou axonema. Eles provocam movimentos ondulatórios que permitem o deslocamento da célula. O conjunto de seus movimentos cria um turbilhonamento que favorece a captura de alimento ou a movimentação, empurrando a célula para frente.
·         NUTRIÇÃO E DIGESTÃO
A maioria dos protozoários é heterótrofos, podendo ingerir partículas alimentares do meio e digeri-las intracelularmente, ou mesmo absorve substancias dissolvidas na água por meio de difusão.
Partículas alimentares solidas são englobadas por pseudópodes ou levadas até o citóstoma, uma abertura pela qual o alimento penetra na célula. Ao redor do alimento forma-se uma bolsa membranosa que recebe enzimas digestivas dos lisossomos transformando num vacúolo digestivo. Os resíduos podem ser eliminados em qualquer ponto do ectoplasma, ou em um ponto especifico denominado citopígio ou citoprocto.
·         RESPIRAÇÃO
Nos protozoários, as trocas gasosas ocorrem por toda a superfície celular. Os aeróbicos, que vivem em meios com disponibilidade de gás oxigênio, possuem mitocôndrias, nas quais ocorre liberação da energia utilizada nos processos metabólicos.
·         EXCREÇÃO E REGULAÇÃO OSMÓTICA
As excretas solúveis podem ser eliminadas por difusão através da superfície celular. Nos protozoários de água doce existem vacúolos contrateis que eliminam o excesso de água absorvido graças as diferenças osmóticas entre os meios intra e extracelular. Eles atuam com uma bomba que se contrai periodicamente. Esse tipo de vacúolo exerce importante papel na manutenção da estrutura celular, na medida em que impede as células de inchar ou estourar. 
·         REPRODUÇÃO
Antes de iniciar seu ciclo reprodutivo, os protozoários passam por um período de crescimento, que pode varias de algumas horas até meses, dependendo da espécie.
Em geral, a reprodução desses microorganismos é assexuada e ocorre por cissiparidade ou por brotamento, resultado duas ou mais células. Porém, sob certas condições ambientais, algumas espécies apresentam reprodução sexuada. Há ainda aqueles microorganismo que apresentam processos de multiplicação complexos, nos quais ambos os tipos de reprodução se alternam ao longo do seu ciclo de vida.
·         CLASSIFICAÇÃO DOS PROTOZOÁRIOS
ü  Filo Rhizopoda ou Sarcodina
Os sarcodinos, cujos representantes mais conhecidos são as amebas, possuem uma célula relativamente flexível, com um ou vários núcleos. Costumam formar números vacúolos digestivos, visíveis ao microscópio de luz. São capazes de emitir pseudópodes, como os quais se locomovem e capturam alimento por fagocitose.
De modo geral a reprodução é assexuada por cissiparidade ou sexuada por singamia.
Em condições ambientais desfavoráveis, como sob umidade reduzida, algumas espécies parasitas e de água doce produzem formas de resistência, que são os cistos. Os cistos são responsáveis pela contaminação da água e dos alimentos pelas espécies patogênicas.
ü  Filo Zoomastigophora
Esses protozoários se caracterizam por apresentar um, dois ou mais flagelos. Perto do local onde se origina o flagelo, observa-se uma mitocôndria especializada em fornecer energia a intensa movimentação dessas estruturas. A reprodução assexuada ocorre por cissiparidade, e a sexuada, por singamia.
Alguns flagelos são parasitas e há espécies que causam doenças em seres humanos.
Outros protozoários, como os do gênero Trichonympha, desenvolveram uma relação de mutualismo intensa dentro do intestino de cupins. Eles encontram-se protegidas dentro do corpo dos insetos e digerem a celulose proveniente da madeira, liberando nutrientes que são absorvidos pelos cupins. Essa relação é tão complexa que esse dois organismos não sobrevivem separadamente.
ü  Filo Ciliophora
Os cilióforos, como sugere o nome, caracterizam-se por apresentar uma enorme quantidade de cílios por toda a superfície celular. Os cílios desenvolvem movimentos sincronizados, impulsionando esses organismos na água, onde se deslocam mais rapidamente de que os flagelos e os rizópodes. A grande maioria é de vida livre e de água doce.
Os cilióforos são considerados os protozoários mais complexos. Esses protozoários podem apresentam dois vacúolos contrateis com ações alternadas, que permitem a regulação osmótica e possivelmente, a eliminação de excretas.
Sua forma de reprodução mais comum assexuada, por cissiparidade. Entretanto a reprodução sexuada por conjugação é uma característica marcante desse grupo.
O paramécio, o exemplo mais conhecido desse filo, é comum em charcos, lagoas e poças de água.
ü  Filo Foraminífera
Os foraminíferos são protozoários essencialmente marinhos, que podem fazer parte do plâncton ou habitat regiões profundas dos oceanos. Os foraminíferos secretam uma carapaça, geralmente constituída por poros, característica responsável pelo nome desse grupo. Através dos poros eles emitem pseudópodes utilizados para a captura de alimento e para a locomoção das espécies rastejantes.
Esses microorganismos são muitos sensíveis ao estresse ambiental, que prejudica a formação e o desenvolvimento de sua carapaça. Por isso são considerados tanto de áreas costeiras quanto marinhas.
ü  Filo Actinopoda
Os actinópodes são protozoários esféricos, flutuantes, seus representantes são os heliozoários e radiolários. Eles possuem um tipo de psudópode muito fino, contendo um eixo central recoberto por citoplasma adesivo, chamado de axópode, utilizado para a captura de partículas alimentares. A reprodução é assexuada por cissiparidade, os heliozoários são encontrados basicamente em água doce, podendo ser flutuantes ou viver no substrato do fundo de lagoas e de rios ou mesmo em mares.
Os radiolários são exclusivamente marinhos e geralmente planctônicos, uma característica típica desse grupo é a presença de uma cápsula central de parede membranosa limitando o endoplasma.
ü  Filo Apicomplexa
Esse filo reúne os protozoários imóveis, que não possuem estruturas de locomoção. São todos endoparasitas obrigatórios, encontrados dentro de células ou no meio dos tecidos de plantas e animais, tanto invertebrados como vertebrados, incluindo o ser humano.
O nome Apicomplexa vem de uma parte da célula usada para perfurar a membrana das futuras células hospedeiras, o principal gênero é o Plasmodium, com varias espécies causadores da malaria nos humanos.
·         PROTOZOÁRIOS E AS DOENÇAS
Muitas espécies, porem, são parasitas, responsáveis por varias doenças. Elas se instalam sobretudo no sangue e no tubo digestório. Alguns protozoários parasitas necessitam de dois hospedeiros para completar seu ciclo de vida. Nesse caso, o hospedeiro definitivo é aquele no qual o parasita se reproduz sexuadamente, o intermediário, ou vetor é aquele em que ocorre a reprodução assexuada. Em geral os humanos são os hospedeiros definitivos das espécies de protozoários que lhes causam doenças. Alem disso, um mesmo protozoário pode existir sob duas formas. O cisto, a forma de resistência ou inativa, secreta uma parede que envolve a célula e a protege em sua fase de latência. O trofozoíto é a forma ativa, na qual esse microorganismo se alimenta e se reproduz.
AMEBÍASE
ü  Agente Etiológico: Entamoeba histolytica
ü  Forma de transmissão: Uma pessoa vai a um restaurante e ingere um alface mal-lavado e contaminado com cistos (formas de resistência) de amebas. Tal cisto chega ao intestino do hospedeiro e se abre, liberando jovens amebas. Elas invadem a parede do intestino e começam a se alimentar de células e sangue. Além disso, elas começam a se multiplicar e inflamar a parede do intestino. Com o tempo, tal inflamação se rompe, liberando sangue junto com novas amebas.
ü  Sintomas: O período de incubação é de 2 a 4 semanas. A disenteria amebiana aguda manifesta-se com quadro disentérico agudo, cólicas abdominais, náuseas, vômitos, emagrecimento e fadiga muscular.
ü  Tratamento: O tratamento depende da gravidade da infecção. Geralmente, é administrado metronidazol (anti-bacteriano e anti-parasitismo) por via oral por 10 dias.
ü  Profilaxia: manter sanitários limpos; lavar as mãos antes das refeições e após a defecação; tratar os doentes e portadores assintomáticos; não usar excrementos, como fertilizantes; combater as moscas e baratas.

GIARDÍASE
ü  Agente Etiológico: Giardia lamblia
ü  Forma de transmissão: Surtos de giardíase podem ocorrer em comunidades de países desenvolvidos e em desenvolvimento onde o abastecimento de água é contaminado pelo esgoto. Pode ser contraída ao se beber água de lagos ou córregos onde animais como castores e ratos, ou animais domésticos, como ovelhas, causaram a contaminação. Também é transmitida pelo contato direto entre as pessoas, o que tem causado surtos em instituições como creches.
ü  Sintomas: sintomas mais agudos são, azia e náusea, cólicas e diarréia aguda e persistente.
ü  Tratamento: Algumas infecções desaparecem sozinhas. Medicamentos anti-infecciosos podem ser usados.
As taxas de cura são geralmente maiores do que 80%.
ü  Profilaxia: Basicamente, para se evitar a giardíase deve-se tomar as mesmas medidas profiláticas usadas contra a amebíase, já que as formas de contaminação são praticamente as mesmas. Portanto deve-se:
Só ingerir alimentos bem lavados e/ou cozidos; Lavar as mãos antes das refeições e após o uso de sanitários; Construção de fossas e redes de esgotos;Só beber água filtrada e/ou fervida;Tratar as pessoas doentes.

MALÁRIA
ü  Agente Etiológico: Plasmodium vivax, P. falciparum e P. malariae.
ü  Forma de transmissão: A transmissão ocorre após picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por protozoários do gênero Plasmodium.
ü  Sintomas:  calafrios, febre alta (no início contínua e depois com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por P. falciparum, também existe uma chance de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes, aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.
ü  Tratamento: deve estar de acordo com o Manual de Terapêutica da Malária, editado pelo Ministério da Saúde, dependendo da espécie de plasmódio o paciente vai receber um tipo de tratamento, gravidade da doença - pela necessidade de drogas injetáveis de ação mais rápida sobre os parasitos, visando reduzir a letalidade.
ü  Profilaxia: uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas, uso de repelentes.
Medidas de prevenção coletiva: drenagem, pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoramento da moradia e das condições de trabalho, uso racional da terra.

LEISHMANIOSE
ü  Agente Etiológico: o protozoário flagelado Leishmania braziliensis, fêmea do
mosquito do gênero Lutzomyia (Phebotomus),conhecido popularmente como mosquito-palha, cangalhinha ou birigüi.
ü  Forma de transmissão: A transmissão ocorre após picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por protozoários do gênero Plasmodium.
ü  Sintomas:  Leishmaniose visceral:  febre irregular, prolongada; anemia; indisposição; palidez da pele e ou das mucosas; falta de apetite; perda de peso; inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço. Leishmaniose cutânea: duas a três semanas após a picada pelo flebótomo aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta.
ü  Tratamento: As drogas de primeira escolha para tratamento da Leishmaniose são os Antimoniais Pentavalentes. Devem ser administrados por via parenteral (ou seja, intra-muscular ou intra-venosa), por uma período mínimo de 20 dias. A dose e o tempo da terapêutica variam com as formas da doença e gravidade dos sintomas.O seu principal efeito colateral é a indução de arritmias cardíacas e está contra-indicado em mulheres grávidas nos 2 primeiros trimestres, doentes com insuficiência hepática e renal e naqueles em uso de drogas anti-arrítmicas.
ü  Profilaxia: Proteção individual, quando frequentar a mata (usar roupas adequadas e repelentes); tratamento dos doentes, eliminação dos cães com, feridas suspeitas, controle dos mosquitos, nas habitações, através de inseticida e tela nas casas, Há vacina.

DOENÇAS DE CHAGAS
ü  Agente Etiológico: É um protozoário denominado Trypanosoma cruzi. No homem e nos animais, vive no sangue e nas fibras musculares, especialmente as cardíacas e digestivas; no inseto transmissor, vive no tubo digestivo.
ü  Forma de transmissão: mais comum ocorre quando o inseto, ao alimentar-se de sangue contaminado de animais silvestres ou de seres humanos, adquire o parasita, que se reproduz em seu intestino. Quando o barbeiro infectado suga o sangue de outra pessoa, ele defeca. Ao se cocar, irritada pela picada, a pessoa provoca o contato com entre as fezes e aferida, contaminando-se. As fezes também podem penetra no corpo pela mucosa ocular ou oral.
ü  Sintomas: Na fase aguda, ocorrem febre moderada, hepatomegalia discreta, inflamação dos gânglios linfáticos, miocardia aguda, meningoencefalite (dores na meninges), etc. Na fase crônica, ocorre o comprometimento do coração e do sistema digestivo. A duração depende de vários fatores, desde idade e estado nutricional do paciente até os intrínsecos dos parasitas. Os sintomas mais importantes são a cadiomegalia (coração grande), o megaesôfago (esôfago grande) e o megacólon (cólon grande).
ü  Tratamento: é feito com a tomada de medicamentos antiparasitários, eficazes na eliminação do parasita do sistema sanguíneo. ser administrados diariamente, de acordo com o peso corporal, de 12 em 12 horas, durante 2 meses
ü  Profilaxia: Baseia-se principalmente em medidas de proliferação nas moradias e em seus arredores. Além de medidas específicas (inquéritos sorológicos, entomológicos e desinsetização), as atividades de educação
em saúde, devem estar inseridas em todas as ações de controle, bem como, as medidas a serem tomadas pela população local.
TOXOPLASMOSE
ü  Agente Etiológico: Protozoário chamado Toxoplasma gondii
ü  Forma de transmissão: Por ingestão de cistos presentes em dejetos de animais contaminados, particularmente gatos, que podem estar presentes em qualquer solo onde o animal transita.Por ingestão de carne de animais infectados (carne crua ou mal-passada). Por transmissão intra-uterina da gestante contaminada para o feto (vertical).Órgãos contaminados que, ao serem transplantados em pessoas que terão que utilizar medicações que diminuem a imunidade (para combater a rejeição ao órgão recebido), causam a doença.
Sintomas: Em pessoas com defesas imunes normais, até 90% de casos de
toxoplasmose não causam qualquer sintoma, assim a infecção frequentemente não é reconhecida. Nos relativamente poucos casos nos quais os sintomas se
desenvolvem, os mais comuns são: inchaço indolor dos linfonodos, dores de cabeça, mal-estar, cansaço, febre baixa.  No entanto alguns pacientes podem apresentar febre, dores nos músculos e articulações, cansaço, dores de cabeça e alterações visuais, quando ocorre comprometimento da retina,dor de garganta,
surgimento de pontos avermelhados difusos por todo o corpo (como uma alergia, urticária) e aumento do fígado e do baço; menos comumente ocorre inflamação do músculo do coração.
ü  Tratamento:O tratamento para a toxoplasmose é feito através do uso de medicamentos antibióticos, como a espiramicina, que elimina o protozoário Toxoplasma gondii do organismo do indivíduo. 
A toxoplasmose é muito comum, podendo afetar cerca de 80% da população, mas nem sempre é grave ou apresenta sintomas. Apesar de geralmente ser tratada quando o indivíduo apresenta sintomas, o tratamento pode ser feito mesmo na ausência destes.
O tratamento para toxoplasmose na gravidez varia de acordo com a idade gestacional e o grau de infecção da grávida. Geralmente, são utilizados antibióticos, como a espiramicina, nos três primeiros meses e uma combinação de sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico nos últimos 2 trimestres da gestação.
No entanto, este tratamento não garante a proteção do feto contra o agente que provoca a toxoplasmose, pois quanto mais tarde for iniciado o tratamento da gestante, maiores as chances de malformação fetal e de toxoplasmose congênita. E, por isso, para evitar esse quadro a grávida deve fazer o pré-natal e realizar o exame de sangue para diagnosticar a toxoplasmose no 1º trimestre de gestação.
ü  Profilaxia: Atenção médico-veterinária a animais domésticos e de criação;
Remoção cuidadosa de fezes de gatos, com o uso de luvas e desinfecção de locais em que foram depositadas; Não consumir carnes cruas ou malcozidas, (deve ser submetida a um tratamento térmico de no mínimo 60°C por 20 min, garantindo
que o calor penetre igualmente por todo o alimento).
TRICOMONÍASE
ü  Agente Etiológico: Trichomonas vaginalis.
ü  Forma de transmissão: O Trichomonas vaginalis é disseminado através do contato sexual com um parceiro infectado. Isso inclui a relação pênis-vagina ou contato vulva-vulva. O parasita não sobrevive na boca ou no reto.
ü  Sintomas: Mulheres: desconforto na relação sexual, coceira na parte interna das coxas, corrimento vaginal (ralo, amarelo esverdeado, espumoso), prurido vaginal, coceira na vulva ou inchaço dos lábios e odor vaginal (cheiro forte ou fétido)Homens: queimação após a micção ou ejaculação ,coceira da uretra
corrimento leve da uretra
ü  Tratamento: O antibiótico metronidazol é comumente usado para curar a infecção. Uma droga mais nova, chamada Tinidazol pode ser usada. Evite relações sexuais até que o tratamento seja concluído. Você não deve ingerir bebidas alcoólicas enquanto estiver tomando o medicamento

ü  Profilaxia: o uso de preservativos continua sendo a melhor e mais confiável maneira de proteger-se contra infecções sexualmente transmissíveis, uso individual de roupas íntimas, tratamento de indivíduos portadores, esterilização dos aparelhos ginecológicos, higiene em relação aos sanitários públicos, etc. e escolha criteriosa do parceiro. 

AS ALGAS
Assim como aos protozoários, as algas são representantes do domínio Eukarya. Elas são autótrofas fotossintetizantes. A maioria das algas é marinha, e a menor parte é de água doce. Existem, no entanto, algumas espécies terrestres, embora restritas a ambientes úmidos. A água ao redor das células permite que elas se mantenham hidratadas e sejam capazes de absorver os nutrientes de que necessitam.
As algas podem flutuar ou viver fixas no fundo dos mares, nos rios e sobre as rochas. Algumas espécies sobrevivem ate nas águas geladas dos pólos ou em fontes termais. Alguns tipos, como as clorofíceas, podem manter relações de simbióticas com fungos constituindo com eles os liquens. Nesses casos, os fungos mantém a umidade necessária para o desenvolvimento das algas, que, por suas, lhes oferecem alimento.
Na atualidade, o maior retorno de gás oxigênio para atmosfera vem da fotossíntese das algas. Alem disso, servem de alimento para grande parte de organismos aquáticos.
Muitas espécies são microscopias e se desenvolvem nas regiões iluminadas. Entre essas, há indivíduos unicelulares que vivem em suspensão, por exemplo os constituintes do fitoplâncton. Outros são coloniais formam agregados celulares com relativa independência entre si.
As algas multicelulares possuem uma estrutura muito simples, denominada talo. Trata-se de um conjunto de células praticamente iguais umas as outras.  Não apresenta tecidos ou órgãos, com exceção da estruturas e células envolvidas coma reprodução. Por apresentarem talo, as algas multicelulares também são chamadas de talófitas. Nelas a absorção de substâncias e nutrientes é realizada por todo o talo, diretamente do meio, e suas condução é feita de célula em célula por pequenas distancias.

Classificação das algas
Algas multicelulares e unicelulares são bem diferentes umas das outras. Devido a simplicidade do talo e das estruturas e funções que apresentam.



Observação: MARÉ VERMELHA
O aumento deste fenômeno, segundo pesquisas, em termos de quantidade, intensidade e dispersão geográfica, está relacionado à poluição e ao processo de eutrofização das águas marinhas. A eutrofização ocorre pelo excesso de nutrientes (compostos químicos contendo nitrogênio ou fósforo) em uma porção de água do mar, causando o aumento de algas que dão origem ao fenômeno da maré vermelha.
A maré vermelha causa muitos malefícios aos habitantes marinhos e ao homem. As algas produzem e liberam toxinas que envenenam as águas, provocando a morte de peixes e em consequência diminuindo a atividade pesqueira.
Além disso, acontece o envenenamento de forma indireta. Alguns moluscos, como os mexilhões, não são afetados diretamente por estas toxinas. Porém, podem acumular estas algas em seus corpos, por possuírem como característica filtrar a água do mar e dela extrai seu alimento. Assim, intoxica outros animais como os pássaros, mamíferos marinhos e também seres humanos que se alimentam destes moluscos.
Ao ingerir um molusco intoxicado, o ser humano pode desenvolver uma paralisia por envenenamento, envenenamento diarréico e envenenamento amnésico.
A luminosidade no mar também é impedida, devido ao bloqueio efetuado por camadas de algas, diminuindo a oxigenação da água e comprometendo a vida da fauna aquática.

Reprodução das algas
As algas podem se reproduzir de forma assexuada ou sexuada. Essa ultima é mais comum, inclusive entre as unicelulares, vele lembrar que a reprodução assexuada gera indivíduos com genoma idêntico ao dos genitores. Entretanto, como ela é mais rápida, permite o aumento da população em pouco tempo.
Na reprodução sexuada, por outro lado, ocorre mistura do genoma dos genitores, o que promove a variabilidade gênica entre os descendentes. Também em relação aos processos reprodutivos, vale lembrar que há indivíduos ou células haplóides, ou seja, que apresentam apenas metade do numero cromossômico da espécie, enquanto outros indivíduos e células são diplóides, pois possuem o genoma integral.

Reprodução assexuada
Quando as algas unicelulares se reproduzem assexuadamente, em geral isso se dá por processos mitóticos tais como a cissiparidade, que pode ocorrer tanto no plano longitudinal quanto no sentido transversal das células.
A reprodução por fragmentação é observada entre os organismos multicelulares filamentosos. Um ou mais pedaços do talo podem se destacar, e cada pedaço origina um novo individuo. Outro tipo de processo assexuado comum entre as algas multicelulares é a zoosporia. Em um ponto do talo forma-se células flageladas, os zoósporos, que se desenvolvem dando origem a novas algas.

Reprodução sexuada
Muitas algas unicelulares adultas são haplóides. Quando estão maduras, duas delas podem se fundir, formando um zigoto diplóide, que sofre meiose, gerando quatro novas células haplóides. Depois de saírem de dentro da capa que envolve o zigoto, elas amadurecem e reiniciam o ciclo.
Outro tipo de reprodução sexuada observada entre as algas multicelulares  haplóides é a conjugação. Células de alguns talos se diferenciam, formando gametas masculinos, enquanto em outro lado ocorre a produção de gametas femininos. Forma-se, então, uma ponte citoplasmática entre uma célula com gameta feminino e uma célula com gameta masculino. Através dessa ponte, o gameta masculino é transferido e encontra a célula contendo o gameta feminino, quando então ocorre a fecundação dos dois, gerando um zigoto diplóide. Esse zigoto desprende-se do talo feminino, sofre meiose e gera novos talos haplóides reiniciando o ciclo. 

IMPORTÂNCIA DAS ALGAS

As algas são utilizadas há tempos pela humanidade. Elas já foram muito usadas como fertilizantes em seu estado natural, dada a grande quantidade de potássio e de cálcio que contem.
Elas também são utilizadas em diferentes atividades industriais. De algumas feofíceas são extraídos alginatos, utilizados como espessantes na produção de sorvetes, sabonetes e cremes dentais. Certas espécies de rodofíceas produzem o ágar, utilizado na fabricação de medicamentos, meios de cultura de laboratório, estabilizantes na indústria alimentícia.   
Esses organismos são muitos ricos em proteínas, vitaminas e fibras. Por isso, países do sudeste asiático utilizam as algas como fonte de alimento.
As algas são importantíssimo para a biosfera, tanto as unicelulares e as multicelulares realizam a fotossíntese, produzindo matéria orgânica e gás oxigênio, utilizados por seres vivos. Além de oxigenar os ambientes aquáticos, esse gás se dispersa a partir da superfície, dissolvendo-se na atmosfera.
As algas formam a base das cadeias alimentares dos ecossistemas onde estão presentes. Sua biomassa é consumida, direta ou indiretamente, por outros seres vivos aquáticos e dos ambientes diretamente ligados a eles, como manguezais, restingas, matas ciliares. Como as algas compõem um grupo muito diversificado, diferentes seres vivos alimenta-se de diversas espécies de algas, favorecendo o desenvolvimento da enorme biodiversidade dos ambientes aquáticos, em especial das regiões tropicais.
Algumas vezes, as algas planctônicas se reproduzem excessivamente, formando tapetes sobre a superfície de agua. Esse desequilíbrio das algas, também chamado de bloom, pode levar a uma diminuição dramática da biodiversidade de um lago ou outros ambientes aquáticos, uma vez que a turvação da agua impede o desenvolvimento dos seres fotossintetizantes causando um impacto negativo sobre o ecossistema. Esse fenômeno é provocado por diversos fatores naturais, como mudança de temperatura ou  na salinidade da agua, mas sobretudo pelo aumento de nutrientes, decorrentes de descargas de esgoto e lixo no ambiente. Quando os fatores causadores do desequilíbrio desaparecem, o fitoplâncton costuma voltar aos níveis normais. A maré vermelha, provocada por algas do filo Dinophyra, é um caso de bloon em organismo marinhos.