domingo, 2 de fevereiro de 2014

CLASSIFICAÇÃO E SISTEMÁTICA - 3° SÉRIE DO ENSINO MÉDIO - CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO


CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO 3° SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
CLASSIFICAÇÃO E SISTEMÁTICA

PRIMEIRAS IDEIAS
A vida em grupos, o inicio das práticas agrícolas e a domesticação de animais exigiram que o seres humanos passarem a olhar para a natureza de uma maneira mais atenta e mais detalhada, o que lhes permitia melhor aproveitamento de seus recursos, a medida que a cultura e as primeiras civilizações se desenvolveram, surgiram também as primeiras tentativas de classificar as espécies já conhecidas, classificar é agrupar objetos de acordo com um critério, com suas semelhanças ou diferenças.

CLASSIFICAÇÃO NA ATIGUIDADE
No século IV a.C., nasceu e viveu na Grécia o filosofo e naturalista Aristóteles. Além de sua grande contribuição a filosofia, Aristóteles realizou importantes observações acerca dos seres vivos, descreveu aspectos de seu comportamento, reprodução e habitat, embora tenha concentrado seu interesse quase exclusivamente em animais, ele estabeleceu  primeiro sistema de classificação com bases cientificas, apoiando-se  em observações e critérios bem definidos, em sua classificação, um dos aspectos mais interessantes foi o fato de os seres vivos estarem organizados em ordem crescente de complexidade, a scala naturae, que ia desde as plantas, considerando os seres mais simples e imperfeitos, até os seres humanos.
E seu aluno Tofrasto, que tinha grande interesse pelas plantas, realizou um importante trabalho, registrando no livro Historia plantarum, na qual as plantas foram classificadas em ervas, arbustos e arvores.


TAXONOMIA
À medida que novas espécies eram descobertas, classificar e nomear organismos tornava-se uma tarefa cada vez mais complexa, exigindo um conjunto crescente de regras e normas e um método particular de trabalho.
Foi assim que surgiu a taxonomia (do grego, “taxis”, ordenação, e “nomos”, regra), ramo da biologia que identifica, descreve, nomeia e classifica os seres vivos em categorias.

Nascido no século XVIII, Carl Von Linné conhecido como Lineu passou grande parte da sua vida observando, classificando e nomeando espécies vegetais e animais. Lineu dividiu a natureza em três reinos, vegetal, animal e mineral.
Cada reino foi dividido em classes, cada classe, em ordens, cada ordem, em gêneros, e os gêneros, em espécies. Mesmo bastante modificado nos séculos seguintes, o sistema de Lineu é a base ta taxonomia empregada até hoje.
Os princípios de sua classificação foram expostos na Obra Systema naturae, publicada pela primeira vez na Holanda, em 1735. Entre animais e plantas, foram classificadas mais de 13 mil espécies.

A contribuição mais importante de Lineu foi estabelecer as regras de nomenclatura científica. Lineu reduziu os nomes das espécies em apenas duas palavras, a primeira para gênero e a segunda para cada espécie. Esse tipo de nomenclatura é conhecido como binominal.
Antes de Lineu, o nome do gênero era seguido de uma descrição para definir a espécie. Atualmente, os nomes científicos devem obedecer a algumas regras simples quando são escritos.
Ø  O gênero deve ter sempre a inicial maiúscula;
Ø  A segunda palavra, que designa a espécie, deve ser escrita em letras minúsculas e é sempre precedida pelo gênero;
Ø  Os nomes devem ser escritos em latim ou com palavras latinizadas;
Ø  No texto impresso, as duas palavras devem destacar-se do texto principal, usando o tipo itálico, quando escrita a mão, dever ser sublinhadas separadamente;
Ø  Quando o texto se refere ao gênero com um todo, sem fazer referencia a uma determinada espécie, pode ser escrito sozinho, seguido da abreviação SP., que significa uma espécie qualquer.

Antes de Lineu
Physalis annua ramosissima, ramis algulosis glabris, foliis dentato-serratis.
Significado: a palavra Physalis é o gênero da planta, as palavras seguintes significam, anual ramificado com ramos e lisos com folhas se serrilhado em forma de dentes.

Depois de Lineu
Physalis angulata
Significado: a palavra Physalis é o gênero da planta, enquanto angulata é a espécie desse gênero.

CLASSIFICAÇÃO ATUAL
Antigamente, a classificação fundamentava-se principalmente em aspectos morfológicos, sempre que os organismos apresentassem uma ou mais semelhanças na forma ou na estrutura, eram agrupadas na mesma categoria taxonômica. É que nem sempre as semelhanças morfológicas refletem as relações evolutivas entre as espécies.
Por isso nas ultimas décadas, as analises de parentesco, feitas com base em DNA e RNA, vem sendo cada vez mais utilizadas como critério fundamental para a classificação.
Em 1966, o pesquisador Willi Hennig propõe  um sistema cujo principal objetivo é fazer com que a classificação seja um reflexo da evolução, obedecendo ao principio de que todos os seres vivos descendem de uma ancestral comum muito antigo. Esse sistema de classificação, que expressa às relações de parentesco evolutivo entre espécies, recebeu o nome de sistemática filogenética.
De acordo com a classificação vigente as espécies
descritas são agrupadas em gêneros. 
Os gêneros são reunidos, se tiverem algumas
 características em comum, formando uma família.
Famílias, por sua vez, são agrupadas em uma ordem.
Ordens são reunidas em uma classe.
Classes de seres vivos são reunidas em filos.
 E os filos são, finalmente, componentes de alguns
dos cinco reinos (Monera, Protista, Fungi, Plantae
e Animalia)

CATEGORIAS TAXONÔMICAS
As categorias ou níveis taxonômicos atuais seguem alguns conceitos propostos por Lineu. Elas são, da mais abrangente para mais especifica: REINO, FILO, CLASSE, ORDEM, FAMILIA, GÊNERO e ESPÉCIE.

EVOLUÇÃO E ESPECIAÇÃO
Até o aparecimento das idéias evolucionistas propostas por Charles Darwin, no século XIX, a concepção predominante era o fixismo. Segundo os fixistas, as espécies eram imutáveis e haviam sido criadas há muito tempo, exatamente da forma como são hoje.
Tal concepção favorecia sistemas de classificação artificiais, que separavam os organismos em categorias sem levar em considerações seu possível parentesco, refletindo uma visão “compartilhada” da natureza.
Darwin sugeriu que, na realidade, os organismos não eram imutáveis, pequenas modificações surgiam a cada nova geração e algumas delas tornavam os seres vivos bem mais adaptados ao ambiente, um exemplo relatado pelo naturalista é a variação na forma dos bico dos tentilhões, aves encontradas nas ilhas Galápagos.
De acordo com a teoria DARWINISTA, todos os seres vivos, incluindo a espécie humana, descendem de ancestrais comuns e teriam evoluído por SELEÇÃO NATURAL, segundo esse principio, os organismos mais adaptados teriam maiores possibilidades de sobreviver e de reproduzir-se, a prole desses organismo herdaria essas características vantajosas, esse processo se repetiria ao longo das gerações, podendo levar a melhor adaptação ou formação de novas espécies.
A concepção evolucionista da natureza trouxe um grande mudança no modo de se pensar e na maneira de classificar os seres vivos, a classificação deveria refletir as relações de ancestralidade e descendência entre as vaias espécies, a fim de permitir a compreensão do processo evolutivo.


ESPÉCIE ESPECIAÇÃO
O conceito espécie é uma das questões mais debatidas em toda a historia da Biologia. Dom ponto de vista da taxonomia, espécie é a categoria básica, a unidade fundamental de classificação, em seguida o termo populações e nada menos do que um conjunto de indivíduos de uma mesma espécie.
Já a especiação é a formação de novas espécies a partir de uma população já existente, pode acontecer de varias maneiras, decorrente de diversos fatores.
Alguns eventos estão relacionados ao surgimento de novas espécies:
ü  Isolamento geográfico, ou seja, aparecimento de uma barreira entre os organismo, separando a população original.
ü  Isolamento reprodutivo, que impede ou reduz drasticamente o fluxo gênico (troca de genes possibilitada pelos cruzamentos) entre as partes da população que foram separadas.


DIAGRAMAS QUE REPRESENTAM A EVOLUÇÃO
A idéia central por trás da evolução é a de que a vida sofreu ou ainda sofre mudanças ao longo do tempo, portanto as espécies compartilham um ancestral comum. Muitas vezes, as relações de parentesco evolutivo entre os seres vivos são expressas por meio de diagramas, como arvores filogenéticas ou cladogramas.

ÁRVORE FILOGENÉTICA
As arvores filogenéticas são diagramas que partem de um tronco e se ramificam. As ramificações indicam pontos em que uma espécie deu origem a outras espécies novas. Cada ponto de ramificação é chamado nó e representa o ancestral comum mais recente daquele grupo ou categoria. Assim observando os padrões de hereditariedade e conhecendo as relações evolutivas entre as diferentes espécies, pode-se reconstruir a historia de sua formação ate encontrar uma ancestral comum.

CLADOGRAMA
Os cladogramas são semelhantes as arvores filogenéticas. Eles apresentam a formação de novas espécies, fundamenta-se nas chamadas “novidades evolutivas” ou apomorfias, ou seja, características que não estavam presentes na espécie ancestral.
Clados
Clado ou grupo monofilético é todo grupo que reúne um único ancestral comum e todos os seus descendentes, sem exceção. Cada espécie, portanto, tem uma historia própria, mas sua historia anterior é compartilhada com outras espécies.
Um grupo polifilético é composto por seres vivos que não compartilham um ancestral comum exclusivo.
DOMÍNIOS E REINOS
O estabelecimento de categorias taxonômicas e a atribuição de nomes científicos são instrumentos criados pelo ser humano para facilitar o estudo dos seres vivos, contudo há casos em que uma espécie ou até mesmo um conjunto inteiro de diferentes espécies não se encaixa em determinada categoria taxonômica.
Em 1990, o biólogo norte americano Carl Woese propôs uma classificação de acordo com semelhanças e diferenças moleculares entre ácidos nucleicos dos organismo. Segundo essa classificação, os seres vivos são agrupados em três domínios, categorias superiores aos reinos.
Ø  ARQUEAS, possuem muitas características semelhantes as bactérias, vivem em ambientes de condições extremas (alta salinidade, temperaturas elevadas, muita acidez).
Ø  BACTÉRIAS compreendem as bactérias e as cianobactérias.
Ø  SERES EUCARIÓTICOS englobam todos Oe seres eucarióticos, unicelulares, multicelulares ou pluricelulares, dos reinos, Protoctista, Fungo, Planta e Animal.

OS CINCOS REINOS
Ate o final do século XIX, havia apenas o reino Vegetal e o reino Animal proposto por Lineu. O reino mineral foi abolido, pois não apresentava seres vivos.
Foi em 1899 que o biólogo alemão Ernst Haeckel propôs a criação dos reinos Monera e Protista, para acomodar as inumaras espécies de seres microscópicos que haviam sido descobertas durante os mais de cem anos anteriores.
Ate então, cada organismo descoberto era classificado como animal ou planta, para separar os fungos das plantas o biólogo Whittaker propôs a criação do Reino Fungo.
Desde modo, atualmente a classificação mais utilizada compreende cinco reinos: Monera, Proctista, Animal, Planta e Fungo.

ECOLOGIA BÁSICA - 1° SÉRIE DO ENSINO MÉDIO CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO


CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO 1° SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
ECOLOGIA BÁSICA
·                 A BIOSFERA
A Terra se desenvolve em uma camada de 15 Km. de espessura. Essa fina camada, formada pelo conjunto dos seres vivos e dos meios em que vivem, é denominada de biosfera.
A biosfera abrange regiões da:
Ø   Atmosfera formada por diversos gases, incluindo o gás nitrogênio, o gás oxigênio e o ozônio. O 03 tem papel importante para a biosfera, pois bloqueia a entrada de raios ultravioleta emitidos pelo sol.
Ø   Hidrosfera formada pelos oceanos e mares, rios, lagos, águas subterrâneas e vapor de água. A mesma água circula entre a litosfera e a atmosfera, interagindo com elas formando assim o ciclo da água.
Ø   Litosfera compreende a crosta terrestre e a porção superior do manto, camada localizada abaixo da crosta.

ü   Ecossistemas
O estudo das relações dos organismos entre si e com o ambiente é o objetivo da ecologia, uma das maneiras de compreender os fenômenos que ocorrem em escala planetária é decompor o estudo em unidades mais simples, denominadas ecossistemas.

ü   Níveis de organização dos ecossistemas
Hoje se considera ecossistema qualquer unidade que abranja todos os organismos, as interações entre eles e aquelas entre o organismos e o seu ambiente físico, no tocante aos fluxos de energia e matéria que delas resultam.
O espaço físico do ecossistema é denominado biótipo. O biótipo apresenta determinadas características físico químicas e aloja um conjunto de seres vivos, denominados, em conjunto, biocenose ou comunidade. A biocenose e formada pelo conjunto de populações que habitam determinada área. Estas por suas vez, são grupos de indivíduos da mesma espécie.
Assim, a unidade ambiental formada pelo biótipo e pela biocenose que se condicionam mutuamente, constitui um ecossistema, e a reunião de todos os ecossistemas que existem na Terra forma a biosfera.

ü   Ecossistemas e biomas
Ecossistema diz respeito as interações entre os organismos e o seu meio abiótico. O bioma diz respeito apenas a área onde ocorre uma fauna e uma flora típicas, com características físicas. 

ü   O ambiente
O ambiente pode ser definido como o entorno de cada ser vivo, formando por tudo aquilo que o rodeia e o afeta. Consiste nas condições físico químicas do biótipo, chamadas de fatores bióticos, e pela presença e atividade dos demais seres vivos, os fatores bióticos.
Os fatores abióticos necessários, mais insuficientes para permitir plenamente o crescimento de uma população são denominados fatores limitantes.
Espécies que toleram grandes variações desses fatores são denominadas eurioicas, e aqueles que não toleram variações ambientais são denominados de estenoicas.
Os principais fatores abióticos que influenciam os seres vivos são a temperatura, os gases dissolvidos na água, a luz, a umidade e a salinidade alem dos fatores edáficos.   

ü   Nicho ecológico
Para sobreviver e reproduzir-se e assim perpetuar a sua espécie, os organismo precisam obter energia e nutrientes, evitar os predadores e competir com os outros da sua própria espécie ou de espécies diferentes. Essa interação ou atuação dos organismos com o seu meio físico e biológico recebe o nome de nicho ecológico.
·                 RELAÇÕES TRÓFICAS NOS ECOSSISTEMAS
Uma das características fundamentais de todos os ecossistemas é o fluxo de matéria e energia que configura as relações tróficas entre seus componentes bióticos, a maneira pela qual os organismos obtém matéria e energia nem sempre é a mesma, assim, organismo que o fazem de uma mesma maneira são agrupados em um conjunto, chamado de nível trófico. Podemos distinguir-se os seguintes níveis tróficos:
Ø   Produtores organismo autótrofos que podem ser classificados em fotossintetizantes e qumiossintetizantes.
Ø   Consumidores primários organismos heterótrofos, que se alimentam diretamente dos produtores, nos ecossistemas são os herbívoros.
Ø   Consumidores secundários esse nível trófico é formado por organismo que se alimentam dos consumidores primários, são os carnívoros. (Observações, em alguns ecossistemas existem consumidores terciários e ou ate de quarta ordem)
Ø   Decompositores alimentam dos restos orgânicos que se originam dos níveis tróficos anteriores, consistem principalmente de fungos e bactérias, sua atividade é converter matéria orgânica em inorgânica.

ü   Cadeias e teias alimentares
O movimento de matéria e energia dentro de um ecossistema implica que os produtores sirvam de alimento para um herbívoro (consumidor primário), que por sua vez serve de alimento para um carnívoro (consumidor secundário). Essa relação entre os organismos de um ecossistema é chamada de cadeia alimentar ou cadeia trófica. Ela pode ser definida como um sequência de organismos, na qual Daca um se alimenta do anterior e serve de alimento para o seguinte.
De modo geral, os componentes de uma cadeia trófica também fazem parte de outras cadeias, que se encontram interligadas formando as chamadas teias alimentares ou teias tróficas.

ü   Fluxo de energia
Todo ecossistema necessita de matéria e de energia, a energia solas é a principal fonte de energia bruta disponível para os ecossistemas, estudos apontam que de 100% de toda a luz emitida pelo sol apenas 2% são absorvido e incorporados pelos ecossistemas.
Na cadeia alimentar, o fluxo de energia que perpassa por todos os elos que formam os níveis tróficos é sempre unidirecional, a medida que a energia flui pelos níveis tróficos da cadeia, parte dela é perdida sob a forma de calor, devido ao processo de respiração.
Por isso, a quantidade de energia disponível vai diminuindo a medida que é transferida pelos diversos níveis da cadeia ou a da teia trófica.
A energia perdida em cada nível trófico é de aproximadamente 90% da energia recebida, restando apenas 10% para o nível trófico seguinte. De modo geral, quanto menos energia se perder, mais eficiente será o ecossistema, essa eficiência determina sua produtividade. 
ü   Ciclos de matéria
A energia flui ao logo dos ecossistemas, a matéria, ao contrario, é reciclada, ou seja, constantemente reaproveitada. Utilizando água e gás oxigênio, seres produtores sintetizam moléculas de glicose, parte dessas moléculas é consumida durante a vida desses seres.
Quando o produtor é ingerido, o amido é transferido para o corpo do consumidor primário e pode ser utilizado para produzir energia. Parte do que é ingerido é armazenado na forma de carboidratos, gorduras e proteínas, outra parte, não aproveitada, é liberada no ambiente na forma de fezes, que serão decompostas ou consumidas por outros seres.
Ao morrerem, os organismos da cadeia alimentar são decompostos, por meio da decomposição, os átomos que fazem parte do corpo de um ser vivo são devolvidos ao ambiente e podem ser incorporados por outros seres.
  
ü   Biomassa e produção
Biomassa e produção são dois conceitos usados no estudo de um ecossistema.
A Biomassa é a quantidade de matéria orgânica que existe no ecossistema. Ela é medida em gramas ou em calorias por unidade de superfície ou de volume. Pode-se calcular a biomassa m presente em todo um ecossistema, em um dado nível trófico, pode-se calcular a biomassa de apenas uma espécie.
Denomina-se Produção o aumento de biomassa medido por unidade de tempo. Assim, produtores aumentam a sua biomassa durante seu crescimento, quando formam matéria orgânica. Os animais fazem isso também durante seu crescimento, quando se alimentam os produtores ou de outros animais.
Ø   Produtividade primária e secundária
O conceito de produção se aplica a totalidade do ecossistema ou a um determinado nível trófico. Quando o nível trófico em questão são os produtores, fala-se em produtividade primária. Quando o nível trófico são os consumidores, fala-se em produtividade secundária.
Ø   Produção primária bruta e produção primária liquida
Chama-se produção primária bruta a quantidade total de energia luminosa convertida em matéria orgânica pelos produtores. A quantidade remanescente, incorporada pelos produtores, é denominada produção primária líquida.
Pode-se pensar que, quanto maior a biomassa, maior seria a produção primária. Entretanto, nem sempre é assim. A produção primaria depende da velocidade com que um produtor cresce e se reproduz. De maneira geral, organismos pequenos são mais produtivos do que organismos grandes, uma vez que os primeiros se reproduzem e crescem mais rapidamente.

ü   Pirâmides tróficas ou ecológicas
A estrutura de um ecossistema, ou de uma cadeia alimentar, pode ser representada graficamente, utilizando-se uma pirâmide em cuja base estão situadas os produtores e, nos degraus seguintes, os demais níveis tróficos, as pirâmides tróficas podem ser de três tipos:
Ø   Pirâmides de números representam o numero de indivíduos que formam cada nível. De maneira geral, a pirâmide de números tem a base mais larga. Os números decrescem a medida que se avança pelos níveis tróficos superiores.
Ø   Pirâmides de biomassa como o nome indica, esse tipo de pirâmide representa a biomassa, expressa em gramas de peso seco por unidade de área de todos os organismos que formam cada um dos níveis tróficos, isso inclui a massa dos indivíduos representativos. Esse tipo de pirâmide fornece uma informação mais completa do que a pirâmide de números, permitindo comparar melhor os diferentes ecossistemas, nesse tipo de pirâmide as amostras dos organismos se referem a um determinado momento.
Pequenos produtores, como as algas, têm um ciclo de vida muito curto, portanto, embora a biomassa registrada em seu dado momento seja pequena, ela pode sustentar um numero grande de animais, pois a taxa de reprodução das algas é muito alta, por isso a pirâmide é invertida.   
Ø   Pirâmide de energia esse tipo de pirâmide é a que melhor informa sobre o fluxo de energia energético do ecossistema, pois leva em conta a taxa de produção em determinado período. Ela nunca é invertida, já que a energia que existe em um dado nível trófico sempre será maior do que a energia nível trófico superior.

·                 CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
Na natureza existem cerca se noventa elementos químicos conhecidos. Destes, aproximadamente 25 foram as moléculas orgânicas que fazem parte dos organismos. Esses elementos circulam dentro da biosfera, o circuito percorrido pelos elementos dentro dos ecossistemas é chamado de ciclo biogeoquímico.
No meio abiótico esses elementos entram no meio biótico ao serem absorvidos pelas plantas. Daí segue o caminho da cadeia alimentar, por todos os consumidores e depois pelos decompositores, quando são devolvidos ao meio abiótico.

ü   Ciclo da água
A maior parte da água presente na Terra, cerca de 97,5 %, esta nos oceanos e nos mares. Uma pequena parte 1,75% encontra-se nas geleiras, ou sob o cume permanentemente gelado das montanhas.
Apenas uma ínfima parte 0,75% esta nos rios, lagos e em aqüíferos na forma de água doce, disponível para os seres vivos, ou sob a forma gasosa, compondo o vapor de água na atmosfera.
O ciclo da água envolve os três estados físicos. A água sob a forma de vapor resultante da transpiração dos seres vivos, como da evaporação dos rios, lagos e, principalmente, mares e oceanos. A água gasosa retorna a fase liquida por meio das precipitações. Ao contrario do que ocorre nos continentes e nas ilhas, a evaporação nos oceanos é a menor do a precipitação. A maior parte da água evaporada dos oceanos retorna a eles por meio das precipitações, o restante é devolvido pelo escoamento das águas fluviais.

·                 Ciclo do carbono
O carbono é um elemento químico mais abundante nos seres vivos. Localiza-se também na atmosfera, sob forma de CO2, dissolvido na água, nas rochas da litosfera e sob a forma de combustíveis fosseis.
Pela fotossíntese, os organismos autótrofos transformam o CO2, atmosférico ou aquele dissolvido na água em matéria orgânica, da qual os animais se alimentam. Durante a respiração celular, os animais e as plantas consomem essa matéria orgânica e liberam a energia nela presente. A respiração produz o CO2, que é devolvido novamente a atmosfera ou a hidrosfera, outra forma de incorporação no solo é quando os animais, as plantas e outros seres morrem.
 
·                 Ciclo do oxigênio
A maioria do oxigênio gasoso O2 foi originada pelo processo da fotossíntese, ainda o principal processo produtor desse gás. Além do gás oxigênio é permanentemente trocado entre os organismos e as fontes inorgânicas. Durante a fotossíntese, as plantas produzem o O2, que volta para a atmosfera, fechando o ciclo.

·                 Ciclo do nitrogênio
O nitrogênio é outro importante elemento constituinte dos seres vivos. Eles faz parte das proteínas e dos ácidos nucléicos. Encontra-se fundamentalmente na atmosfera, compondo quase 78% doas gases que formam, e também os restos orgânicos em decomposição.
O nitrogênio gasoso N2 não pode ser incorporado diretamente pelas plantas. Essa capacidade esta reservada a um pequeno grupo de organismo, como as bactérias ou cianobactérias. As bactérias fixadoras de nitrogênio, vivem nas raízes das leguminosas, onde estabelecem simbiose, formando nódulos. O solo se enriquece de nitrogênio pela atividade dessas bactérias, que decompõem a matéria orgânica e liberam sob forma de amônia NH3.
As bactérias nitrificantes, presentes no solo, transformam essa amônia em nitritos, e depois em nitratos, que serão utilizados pelas plantas para formar a matéria orgânica nitrogenada. Esse processo ocorre em duas fases, a nitrozação e a nitratação.
Ø   Na nitrozação, as bactérias do gênero Nitrosomonas fazem a oxidação da amônia, transformando em acido nitroso, o qual se dissocia formando nitritos NO2.
Ø   Na nitratação as bactérias do gênero Nitrobacter oxidam o acido nitroso, formando acido nítrico. O acido nítrico é então dissociado em nitratos NO3.
Uma parte desses nitratos presentes no solo e na água é absorvida e transformada pelas plantas em proteínas, entrando, assim, na cadeia trófica. Os animais, quando se alimentam da plantas, incorporam esse nitrogênio, que será utilizado para a fabricação de suas próprias proteínas. O nitrogênio retorna ao ambiente pela excreção animal (sob forma de excretas nitrogenadas, como uréia e ao acido úrico) e pela morte de plantas e animais.