quinta-feira, 10 de outubro de 2013

HISTÓRIA DAS VACINAS - CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO 1° SÉRIE DO E. M. 4° BIMESTRE HISTÓRIA DAS VACINAS


      CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO 4° BIMESTRE HISTÓRIA DA VACINA
    
     No início do séc. XVIII, a varíola era uma das doenças transmissíveis mais temidas no mundo. Poucas pessoas ultrapassavam a juventude sem contrair varíola e a taxa de mortalidade centrava-se entre 10 e 40%. Por essa época, a mulher do embaixador inglês em Istambul, Lady Mary Montagu, observou que a varíola podia ser evitada, introduzindo na pele de indivíduos os  líquido extraído de uma crosta de varíola de um indivíduo infectado, desde então a prática se espalhou pelo continente passando pela França, Inglaterra e na Rússia, chegando logo as Américas e respectivamente ao Brasil.
     Os primeiros registros desta prática, que recebeu o nome de variolização, era conhecida entre os chineses, povos da África e da Ásia.
As técnicas de variolização eram: algodão com pó de crostas ou pus inserido no nariz.
Vestir roupas intimas de doentes, picar a pela com agulhas contaminadas, fazer um corte na pele e colocar um fio de linha infectado ou uma gota de pus
     Desde sua introdução na Europa, a variolização sempre enfrentou uma oposição ferrenha, que se agravou com a comprovação de que cerca de 2% dos inoculados morriam e muitos desenvolviam forma graves da doença, com isso muitos lugares a pratica foi suspensa.
     Edward Jenner, um médico inglês, observou que um numero expressivo de pessoas mostrava-se imune a varíola, Jenner então investigou uma crença, comum entre os camponeses, de que os trabalhadores que lidavam com vacas doentes devido à varíola das vacas, a chamada “cowpox”, e que desenvolviam pústulas semelhantes às dos animais (uma condição benigna conhecida por ‘vaccinia’, do latim vacca), não eram contagiados com a varíola.
     Após uma serie de experimentos, constatou que estes indivíduos mantinham-se anti corpus da varíola, mesmo quando inoculados com o vírus .
     Em 14 de maio de 1796, Jenner inoculou James Phipps, um menino de oitos anos, com pus retirado de uma pústula de Sarah Nemes, uma ordenhadora que sofria de cowpox.
     O rapaz teve sintomas benignos de vacínia e, posteriormente, foi inoculado com o vírus da varíola humana, e dez dias depois estava recuperado. Meses depois, Jenner inoculava Phipps com pus varioloso, o menino não adoeceu, era então a descoberta da VACINA.
     A partir de então Jenner começou a imunizar crianças, com material retirado diretamente das pústulas dos animais e passado braço a braço, em 1798 divulgava sua descoberta no trabalho Um inquérito sobre as causas e os efeitos da Vacina da Varíola.
Jenner enfrentou serias resistências, os grupos religiosos alertavam sobre o riso d degeneração da raça humana pela contaminação com material bovino,
 falava-se em vacalização ou minotaurizacão.
     A descoberta de Jenner logo se espalhou pelo mundo, a partir de 1800 a Marinha Britanica começou a adotar a vaninação, Napoleão Bonaparte introduziu em seus exercitos e fez imunizar seu filho.
     O imunizante chegou a Portugal em 1799, dentro de um frasco, Dom Pedro, futuro imperador do Brasil e seu irmão foram inoculados.
     Em 1804 o Marques de Barbacena trouxe a vacina para o Brasil, transportando-o pelo atlântico, por seus escravos, que iam se imunizando braço a braço durante a viagem.
Mas em 1820 um grande numero de pessoas imunizadas começaram a adoecer, descobriu-se então que a proteção não era eterna, era preciso revacinar-se.
     Assim a conservação da  linfa braço a braço não só adulterava o fluido vacinal, como,
com o tempo, ela ia perdendo potência, a solução então foi retornar ao vírus original no caso o cowpox.
     Em 6 de julho de 1885, chegava ao laboratório de Louis Pasteur um menino de nove anos Joseph Meister, que havia sido mordido por um cão raivoso. Pauster que vinha desenvolvendo pesquisas na atenuação do vírus da raiva, injetou na criança material proveniente de medula de um coelho infectado, ao todo foram 13 inoculações, cada material mais  virulento. Mesteir não chegou a contrair a doença.
     Em 26 de outubro o cientista francês comunicava a academia de ciências a descoberta do imunizante contra a raiva, que chamou de vacina em homenagem a Jenner.
     As vacinas são substâncias derivadas ou quimicamente parecidas com o agente que provoca doenças. Ao ser vacinado, o sistema imunitário (de defesa) identifica a substância e automaticamente reage, promovendo uma ação de proteção com a produção de anticorpos (leucócitos) contra aquela substância. Se houver uma infecção, o sistema de defesa está equipado para agir rapidamente e de maneira eficaz, impedindo o desenvolvimento da doença ou, em alguns casos, contribuindo para que os sintomas sejam mais bandos.
     Hoje em dia existem vacinas para diversas doenças, como gripe, malária, poliomielite, febre amarela, rubéola, tétano, HPV, meningite, entre outras, e para determinados tipos de alergias.
A vacinação é uma das ações de saúde pública mais importante dos últimos tempos. Estima-se que as vacinas impedem, anualmente, cerca de 3 milhões de mortes em todo o mundo.
Benefícios das vacinas
* Protegem milhões de pessoas contra a dor, sofrimento e a incapacitação permanente.
* Economia para os indivíduos e governos, já que reduzem os custos com doença, medicamentos, cuidados hospitalares e perda de tempo de trabalho.
* Reduzem a velocidade de disseminação da doença.
* Erradicação de doenças
* Reduzem o uso de medicamentos que combatam os microrganismos, prevenindo a resistência aos antibióticos.
As vacinas consideradas obrigatórias, segundo o Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, podem ser encontradas nos Postos de Saúde e também são aplicadas durante campanhas nacionais, e não custam nada.
     Já as vacinas opcionais, que ainda não foram adotadas pelo governo, podem ser aplicadas em clínicas particulares, e têm preços variados.
     Nos dois casos, é necessário apresentar a carteirinha de vacinação.

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