CONTEÚDO PARA
AVALIAÇÃO 4° BIMESTRE HISTÓRIA DA VACINA
No início do séc. XVIII, a varíola era uma das doenças transmissíveis
mais temidas no mundo. Poucas pessoas ultrapassavam a juventude sem contrair
varíola e a taxa de mortalidade centrava-se entre 10 e 40%. Por essa
época, a mulher do embaixador inglês em Istambul, Lady Mary Montagu, observou que a varíola podia ser
evitada, introduzindo na pele de indivíduos os líquido extraído de uma crosta de varíola de
um indivíduo infectado, desde então a prática se espalhou pelo continente
passando pela França, Inglaterra e na Rússia, chegando logo as Américas e
respectivamente ao Brasil.
Os primeiros registros desta prática, que recebeu o nome de
variolização, era conhecida entre os chineses, povos da África e da
Ásia.
As
técnicas de variolização eram: algodão com pó de crostas ou pus inserido no
nariz.
Vestir
roupas intimas de doentes, picar a pela com agulhas contaminadas, fazer um
corte na pele e colocar um fio de linha infectado ou uma gota de pus
Desde sua introdução na Europa, a
variolização sempre enfrentou uma oposição ferrenha, que se agravou com a
comprovação de que cerca de 2% dos inoculados morriam e muitos desenvolviam
forma graves da doença, com isso muitos lugares a pratica foi suspensa.
Edward Jenner, um médico inglês, observou que um numero expressivo de
pessoas mostrava-se imune a varíola, Jenner então investigou uma crença, comum
entre os camponeses, de que os trabalhadores que lidavam com vacas doentes
devido à varíola das vacas, a chamada “cowpox”, e que desenvolviam pústulas
semelhantes às dos animais (uma condição benigna conhecida por ‘vaccinia’, do
latim vacca), não eram contagiados com a varíola.
Após uma serie de experimentos, constatou
que estes indivíduos mantinham-se anti corpus da varíola, mesmo quando
inoculados com o vírus .
Em 14 de maio de 1796, Jenner inoculou James Phipps, um menino de oitos
anos, com pus retirado de uma pústula de Sarah Nemes, uma ordenhadora que
sofria de cowpox.
O rapaz teve sintomas benignos de vacínia e, posteriormente, foi
inoculado com o vírus da varíola humana, e dez dias depois estava recuperado.
Meses depois, Jenner inoculava Phipps com pus varioloso, o menino não adoeceu,
era então a descoberta da VACINA.
A partir de então Jenner começou a
imunizar crianças, com material retirado diretamente das pústulas dos animais e
passado braço a braço, em 1798 divulgava sua descoberta no trabalho Um
inquérito sobre as causas e os efeitos da Vacina da Varíola.
Jenner
enfrentou serias resistências, os grupos religiosos alertavam sobre o riso d
degeneração da raça humana pela contaminação com material bovino,
falava-se em vacalização ou minotaurizacão.
A descoberta de Jenner logo se espalhou
pelo mundo, a partir de 1800 a Marinha Britanica começou a adotar a vaninação,
Napoleão Bonaparte introduziu em seus exercitos e fez imunizar seu filho.
O imunizante chegou a Portugal em 1799,
dentro de um frasco, Dom Pedro, futuro imperador do Brasil e seu irmão foram
inoculados.
Em 1804 o Marques de Barbacena trouxe a vacina para o Brasil,
transportando-o pelo atlântico, por seus escravos, que iam se imunizando braço a
braço durante a viagem.
Mas em 1820 um grande numero de pessoas
imunizadas começaram a adoecer, descobriu-se então que a proteção não era
eterna, era preciso revacinar-se.
Assim a conservação da linfa braço a braço não só adulterava o
fluido vacinal, como,
com
o tempo, ela ia perdendo potência, a solução então foi retornar ao vírus original
no caso o cowpox.
Em 6 de julho de 1885, chegava ao
laboratório de Louis Pasteur um menino de nove anos Joseph Meister, que havia sido
mordido por um cão raivoso. Pauster que vinha desenvolvendo pesquisas na
atenuação do vírus da raiva, injetou na criança material proveniente de medula
de um coelho infectado, ao todo foram 13 inoculações, cada material mais virulento. Mesteir não chegou a contrair a
doença.
Em 26 de outubro o cientista francês
comunicava a academia de ciências a descoberta do imunizante contra a raiva,
que chamou de vacina em homenagem a Jenner.
As vacinas são substâncias derivadas ou quimicamente parecidas com o
agente que provoca doenças. Ao ser vacinado, o sistema imunitário (de
defesa) identifica a substância e automaticamente reage, promovendo uma ação de
proteção com a produção de anticorpos (leucócitos) contra aquela substância.
Se houver uma infecção, o sistema de defesa está equipado para agir rapidamente
e de maneira eficaz, impedindo o desenvolvimento da doença ou, em alguns casos,
contribuindo para que os sintomas sejam mais bandos.
Hoje em dia existem vacinas para diversas
doenças, como gripe, malária, poliomielite, febre amarela, rubéola, tétano,
HPV, meningite, entre outras, e para determinados tipos de alergias.
A
vacinação é uma das ações de saúde pública mais importante dos últimos tempos.
Estima-se que as vacinas impedem, anualmente, cerca de 3 milhões de mortes em
todo o mundo.
Benefícios das vacinas
Benefícios das vacinas
* Protegem milhões de pessoas contra a
dor, sofrimento e a incapacitação permanente.
* Economia para os indivíduos e governos, já que reduzem os custos com doença, medicamentos, cuidados hospitalares e perda de tempo de trabalho.
* Reduzem a velocidade de disseminação da doença.
* Erradicação de doenças
* Reduzem o uso de medicamentos que combatam os microrganismos, prevenindo a resistência aos antibióticos.
* Economia para os indivíduos e governos, já que reduzem os custos com doença, medicamentos, cuidados hospitalares e perda de tempo de trabalho.
* Reduzem a velocidade de disseminação da doença.
* Erradicação de doenças
* Reduzem o uso de medicamentos que combatam os microrganismos, prevenindo a resistência aos antibióticos.
As
vacinas consideradas obrigatórias, segundo o Programa Nacional de
Imunizações, do Ministério da Saúde, podem ser encontradas nos Postos de Saúde
e também são aplicadas durante campanhas nacionais, e não custam nada.
Já as vacinas opcionais, que ainda não
foram adotadas pelo governo, podem ser aplicadas em clínicas particulares, e
têm preços variados.
Nos dois casos, é necessário apresentar a
carteirinha de vacinação.
Maria Carolina
ResponderExcluirnº 27
1º C