CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO 2°
BIMESTRE
3° SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
FUNGOS
CARACTERÍSTICAS
GERAIS DOS FUNGOS
Os fungos são
eucarióticos, ou seja, suas células possuem uma membrana nuclear que envolve o
material genético, separando-o do citoplasma. Eles existem em formas unicelulares, conhecidas como leveduras, e em formas constituídas por
filamentos denominadas hifas, como
se observa entre os bolores.
Esses organismos podem se desenvolver em diversos lugares:
no solo, na água, nas plantas, em animais, no ser humano e em detritos
orgânicos. Popularmente conhecidos como bolores, mofos, orelhas de pau e
cogumelos, os fungos se alimentam de substancias orgânicas de origens variadas,
como folhas caídas, restos de animais mortos e outros resíduos orgânicos de
forma que atuam como decompositores, reciclando os constituintes da matéria
orgânica que compõe os seres vivos, o ramo que se dedica ao estudo dos fungos é a micologia.
Fungos unicelulares e
fungos filamentosos
Os fungos unicelulares ou leveduras ocorrem como células
individuais que apresentam apenas um núcleo. A maioria dos fungos não é
unicelular, o corpo de um fungo filamentoso é formado por um estrutura chamada
micélio, este é composto por filamentos individuais em forma de tubo, as hifas,
que correspondem a células multinucleadas.
Certas hifas possuem septos transversais que subdividem a
estrutura tubular em compartimentos parecidos em células individuais, por isso
são chamadas septadas. Contudo, os
septos são incompletos, pois apresentam um orifício ou poro central que permite
a livre troca de substancias e estruturas citoplasmáticas entre compartimentos
vizinhos. Muitas vezes, o septo esta ausente e, nesse caso, a hifa é
constituída por um tubo, sem divisão transversal, preenchido por liquido
citoplasmático com centenas de núcleos. Hifas com esse tipo de estrutura são
chamadas cenocíticas. Em uma hifa
cenocítica, as organelas e os núcleos transitam livremente de uma região para
outra do citoplasma.
Muitas vezes, durante a fase reprodutiva, o micélio de um
fungo filamentoso é subdividido em duas partes distintas, cada qual com uma
função especifica. O micélio vegetativo
assume as funções vitais do organismo, tais como nutrição e o crescimento do
fungo, retirando nutrientes do substrato por meio de hifas. O micélio reprodutivo é formado por hifas
especializadas na formação de esporos,
células reprodutoras. Essas hifas, em geral, crescem perpendicularmente ao
substrato, favorecendo a dispersão dos esporos.
Nutrição dos fungos
Todos
os fungos são heterótrofos, ou seja, incapazes de produzir seu próprio
alimento. Nos fungos, a digestão é extra-corpórea,
ou seja, é realizada fora do corpo. O fungo lança no ambiente enzimas
que degradam as moléculas orgânicas complexas e, depois, absorve moléculas
menores, mais simples. Por essa razão, são designados heterótrofos por absorção, quanto aos modos de vida, os fungos
podem ser decompositores, parasitas, mutualísticos e predadores.
Fungos decompositores
Os
fungos saprófagos, juntamente com as
bactérias, são os principais decompositores da biosfera, participando
intensamente do processo de degradação da matéria orgânica morta, o que promove
a reciclagem dos elementos químicos constituintes dos seres vivos. A maioria
deles vive no solo, obtendo nutrientes de seres mortos. Os fungos
decompositores também são responsáveis pelo apodrecimento de alimentos e de
outros materiais, como a madeira.
Fungos parasitas
Os
fungos que vivem a custa de outros organismos vivos, prejudicando-os, são
classificados como parasitas. Ao
parasitar o corpo de um ser vivo, animal ou vegetal, o fungo pode ate provocar
sua morte. Exemplos, a ferrugem do café e as micoses que atacam a pele de seres
humanos.
Fungos mutualísticos
Existem
fungos que se associam a outros organismo, estabelecendo uma relação em que há
benefício mutuo para os indivíduos envolvidos. Esses fungos são denominados mutualísticos.
A maioria vive associada a seres fotossintetizantes, como as
plantas, cedendo-lhe parte da água e dos nutrientes que as hifas absorvem do
solo. As plantas, por sua vez, cedem ao fungo certos açucares e aminoácidos.
Duas associações mutualísticos formam estruturas bem
características, as micorrizas,
associação que envolve fungos e raízes de plantas, e os liquens, formandos por fungos e algumas variedades de algas e
cianobactérias.
Fungos predadores
Certos fungos atuam como predadores. Na maioria dos casos, as hifas secretam substancias
aderentes que aprisionam os organismos que tocam os fungos. Dessa maneira, as
hifas penetram o corpo da presa, crescem e se ramificam, espalhando-se no
interior do organismo e absorvendo seus nutrientes, causando-lhe a morte.
FUNGOS EM ASSOCIAÇÕES MUTUALÍSTICAS
Liquens
Os liquens são associações entre fungos e microorganismos
autótrofos fotossintetizantes em que ambas as espécies envolvidas obtém
vantagens, principalmente nutricionais. Na maioria das vezes, os seres
autótrofos são clorofíceas. O corpo do líquen, que recebe o nome de talo, pode ser classificado em três
tipos básicos, crostoso, folhoso e fruticoso. O talo crostoso é semelhante a uma crosta que fica fortemente presa
ao substrato. O formato do talo folhoso,
como o nome sugere, lembra o de folhas, e o do talo fruticoso se assemelha a um pequeno arbusto com posição ereta
em relação ao substrato.
Na nutrição dos liquens, o organismo fotossintetizante
fornece a matéria orgânica para si mesmo e para o fungo. Os fungos que formam
liquens associados as cianobactérias, organismos fixadoras de nitrogênio, tem
como vantagem uma fonte adicional desse elemento químico, que faz parte da
constituição dos ácidos nucléicos e das proteínas. O fungo, heterótrofo,
confere a alga proteção, sais minerais e umidade.
Geralmente, em locais com condições ambientais desfavoráveis
a existência de vida dos liquens fazem parte dos primeiros seres vivos a
aparecer, sendo por isso considerados organismo pioneiros, também podem ser
encontrados em superfícies de rochas, em folhas, no solo, em troncos de
arvores, etc. contudo, existem variedades de liquens que são extremamente
sensíveis as alterações do meio ambiente, por exemplo, na presença de poluentes
atmosféricos, como óxidos de carbono e enxofre, alguns tipos de liquens não
conseguem se desenvolver. Esse seres, que sucumbem a poluição, são
PADRÃO GERAL DO CICLO
DE VIDA DOS FUNGOS
Durante o ciclo de vida, os fungos apresentam fases
reprodutivas diferentes, REPRODUÇÃO SEXUADA E REPRODUÇÃO ASSEXUADA.
Reprodução assexuada
O mas mais simples de reprodução de um fungo filamentoso é
conhecido como fragmentação, que
consiste na ruptura do micélio, regando fragmentos que podem originar novos
micélios.
No caso das leveduras, que são unicelulares, a reprodução
assexuada se dá por divisão celular. O termo brotamento é utilizado quando essa divisão origina duas ou mais
células filas.
Reprodução sexuada
A principal característica da reprodução sexuada em diversos
seres vivos é a fusão de núcleos gaméticos haplóides, gerando zigoto diplóides. Nos fungos, essa
regra se mantém.
Em geral , não há diferença morfológica entre os fungos que
se reproduzem entre si. As diferenças que existem dizem respeito a constituição
genética. É comum representar indivíduos geneticamente diferentes pelos sinais
+ e -. Fungos de constituição genética semelhante (+/+ ou -/-) não se
reproduzem entre si, mas, se a constituição genética for razoavelmente
diferente (+/-), a reprodução ocorre.
Sob condições ambientais adequadas, a primeira etapa da
reprodução entre fungos distintos é a fusão das hifas haplóides, que recebe o
nome de plasmogamia.
A fusão dos núcleos gaméticos haplóides, chamada cariogamia, não corre imediatamente
após a união citoplasmática. Assim, a plasmogamia gera uma estrutura celular
composta por dos núcleos haplóides oriundos de hifas pertencentes a micélios
distintos. Por isso as hifas que resultam desse processo são denominados dicarióticas.
Após um tempo, os núcleo gaméticos se fundem e originam um zigoto diplóide, o qual, por suas vez,
entre em processo de divisão meiótica, produzindo células filhas que darão
origem a esporos haplóides. Os esporos que se formam pelo modo sexuado são
comumente chamados esporos sexuais.
O esporos haplóide formado sexuadamente germina, seu núcleo
haplóide sofre varias divisões mitóticas e assim se constituem novas hifas. Em geral, a única fase diplóide do ciclo de
vida de um fungo é o zigoto. Na maioria dos fungos, essa fase é efêmera,
isto é, tem curta duração.
CLASSIFICAÇÃO DOS
FUNGOS
Por
muito tempo, os fungos foram integrantes do reino Plantae, e somente no final
da década de 1960 passaram a ser classificados em um reino a parte, chamado Fungi, no entanto, há um conjunto de
características próprias que permitiu a diferenciação dos fungos em relação as
plantas. Estudos mostraram que nenhum fungo conhecido e capaz de sintetizar o
pigmento responsável pela fotossíntese, a clorofila, sabe-se também que eles
não armazenam amido, componente comum nas células vegetais, com substancia de
reserva em suas células.
Fungos sem corpos de
Frutificação
São representado por dois filos, cujo suas hifas não
constituem estruturas especiais durante o período de reprodução.
Quitridiomicetos
São compostos por 800 espécies, uma característica marcante
desse grupo é a presença de indivíduos dotados de flagelo em alguma fase da
vida. O batimento do flagelo auxilia a locomoção em meio aquático.
Zigomicetos
São representados por cerca de 1.000 espécies, são
conhecidos também como saprófagos,
vivem livremente no solo, alimentando-se de matéria orgânica em decomposição,
os Rhizopus stonifer, responsável
pelo bolor preto do pão, cresce em substratos com teores elevados de umidade,
ricos em açucares, como pães, frutas, etc.
Fungos com corpos de
Frutificação
São representados por dois filos, cuja sua estrutura peculiar é formada por um
arranjo de hifas especiais, denominada corpo de frutificação.
Ascomicetos
São representados com um grande grupo cerca de 300 mil
espécies, sob forma unicelular como é o caso das leveduras e forma filamentosas
como é o caso dos mofos e bolores.
Basidiomicetos
Esse filo possui cerca de 25 mil espécies descritas e inclui
os fungos mais conhecidos. Esse grupo pertence a orelhas de pau e os cogumelos.
Existem alguns tipos parasitas, como é o caso da espécie do gênero Ustilago.
IMPORTÂNCIA DOS
FUNGOS
Os
fungos são importantes para a decomposição da matéria orgânica. Sem os seres decompositores,
cessaria a reciclagem de nutrientes, da qual dependem a vida no planeta.
Também existem varias espécies de fungos mutualísticos, que estabelecem
relações benéficas com certos organismos. Alem disso, algumas espécies de
fungos são comumente utilizados na culinária, como é o caso de certos cogumelos
empregados em receitas de sopa, pizza e estrogonofe.
Fungos na agricultura
De
acordo com a espécie, os fungos podem causar prejuízos ou benefícios a
agricultura. Muitos deles podem gerar doenças que reduzem as colheitas.
Existem
fungos, entretanto, que aumentam a fertilidade do solo, resultando em aumento
da produtividade de muitas culturas.
Sabe-se
que a presença de micorrizas torna as plantas mais eficientes na
absorção de certos nutrientes encontrados no solo, como o fósforo. Em geral, a
concentração no solo desse nutriente, importante em muitas vias metabólicas
vegetais, é relativamente baixa. Assim, a presença de fungos associados as
raízes de plantas de interesse econômico reduz a necessidade de fertilizantes
Fungos perigosos
Embora
existam algumas espécies comestíveis, muito fungos produzem substâncias
extremamente tóxicas, que podem levar a morte. Muitas vezes, é difícil
diferencia uma espécie perigosa de outra, inofensivo. Por isso, não se deve ingerir
fungos desconhecidos.
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