domingo, 14 de setembro de 2014

REINO FUNGI - 3° SÉRIE DO ENSINO MÉDIO - CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO 2° BIMESTRE

CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO 2° BIMESTRE
3° SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

FUNGOS
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS FUNGOS
Os fungos são eucarióticos, ou seja, suas células possuem uma membrana nuclear que envolve o material genético, separando-o do citoplasma. Eles existem em formas unicelulares, conhecidas como leveduras, e em formas constituídas por filamentos denominadas hifas, como se observa entre os bolores.
Esses organismos podem se desenvolver em diversos lugares: no solo, na água, nas plantas, em animais, no ser humano e em detritos orgânicos. Popularmente conhecidos como bolores, mofos, orelhas de pau e cogumelos, os fungos se alimentam de substancias orgânicas de origens variadas, como folhas caídas, restos de animais mortos e outros resíduos orgânicos de forma que atuam como decompositores, reciclando os constituintes da matéria orgânica que compõe os seres vivos, o ramo que se dedica ao estudo dos fungos é a micologia.

Fungos unicelulares e fungos filamentosos
Os fungos unicelulares ou leveduras ocorrem como células individuais que apresentam apenas um núcleo. A maioria dos fungos não é unicelular, o corpo de um fungo filamentoso é formado por um estrutura chamada micélio, este é composto por filamentos individuais em forma de tubo, as hifas, que correspondem a células multinucleadas.
Certas hifas possuem septos transversais que subdividem a estrutura tubular em compartimentos parecidos em células individuais, por isso são chamadas septadas. Contudo, os septos são incompletos, pois apresentam um orifício ou poro central que permite a livre troca de substancias e estruturas citoplasmáticas entre compartimentos vizinhos. Muitas vezes, o septo esta ausente e, nesse caso, a hifa é constituída por um tubo, sem divisão transversal, preenchido por liquido citoplasmático com centenas de núcleos. Hifas com esse tipo de estrutura são chamadas cenocíticas. Em uma hifa cenocítica, as organelas e os núcleos transitam livremente de uma região para outra do citoplasma.
Muitas vezes, durante a fase reprodutiva, o micélio de um fungo filamentoso é subdividido em duas partes distintas, cada qual com uma função especifica. O micélio vegetativo assume as funções vitais do organismo, tais como nutrição e o crescimento do fungo, retirando nutrientes do substrato por meio de hifas. O micélio reprodutivo é formado por hifas especializadas na formação de esporos, células reprodutoras. Essas hifas, em geral, crescem perpendicularmente ao substrato, favorecendo a dispersão dos esporos.

Nutrição dos fungos
Todos os fungos são heterótrofos, ou seja, incapazes de produzir seu próprio alimento. Nos fungos, a digestão é extra-corpórea, ou seja, é realizada fora do corpo. O fungo lança no ambiente enzimas que degradam as moléculas orgânicas complexas e, depois, absorve moléculas menores, mais simples. Por essa razão, são designados heterótrofos por absorção, quanto aos modos de vida, os fungos podem ser decompositores, parasitas, mutualísticos e predadores. 

Fungos decompositores
Os fungos saprófagos, juntamente com as bactérias, são os principais decompositores da biosfera, participando intensamente do processo de degradação da matéria orgânica morta, o que promove a reciclagem dos elementos químicos constituintes dos seres vivos. A maioria deles vive no solo, obtendo nutrientes de seres mortos. Os fungos decompositores também são responsáveis pelo apodrecimento de alimentos e de outros materiais, como a madeira.

Fungos parasitas
Os fungos que vivem a custa de outros organismos vivos, prejudicando-os, são classificados como parasitas. Ao parasitar o corpo de um ser vivo, animal ou vegetal, o fungo pode ate provocar sua morte. Exemplos, a ferrugem do café e as micoses que atacam a pele de seres humanos.

Fungos mutualísticos
Existem fungos que se associam a outros organismo, estabelecendo uma relação em que há benefício mutuo para os indivíduos envolvidos. Esses fungos são denominados mutualísticos.
A maioria vive associada a seres fotossintetizantes, como as plantas, cedendo-lhe parte da água e dos nutrientes que as hifas absorvem do solo. As plantas, por sua vez, cedem ao fungo certos açucares e aminoácidos.
Duas associações mutualísticos formam estruturas bem características, as micorrizas, associação que envolve fungos e raízes de plantas, e os liquens, formandos por fungos e algumas variedades de algas e cianobactérias.

Fungos predadores
Certos fungos atuam como predadores. Na maioria dos casos, as hifas secretam substancias aderentes que aprisionam os organismos que tocam os fungos. Dessa maneira, as hifas penetram o corpo da presa, crescem e se ramificam, espalhando-se no interior do organismo e absorvendo seus nutrientes, causando-lhe a morte.

FUNGOS EM ASSOCIAÇÕES MUTUALÍSTICAS

Liquens
Os liquens são associações entre fungos e microorganismos autótrofos fotossintetizantes em que ambas as espécies envolvidas obtém vantagens, principalmente nutricionais. Na maioria das vezes, os seres autótrofos são clorofíceas. O corpo do líquen, que recebe o nome de talo, pode ser classificado em três tipos básicos, crostoso, folhoso e fruticoso. O talo crostoso é semelhante a uma crosta que fica fortemente presa ao substrato. O formato do talo folhoso, como o nome sugere, lembra o de folhas, e o do talo fruticoso se assemelha a um pequeno arbusto com posição ereta em relação ao substrato.
Na nutrição dos liquens, o organismo fotossintetizante fornece a matéria orgânica para si mesmo e para o fungo. Os fungos que formam liquens associados as cianobactérias, organismos fixadoras de nitrogênio, tem como vantagem uma fonte adicional desse elemento químico, que faz parte da constituição dos ácidos nucléicos e das proteínas. O fungo, heterótrofo, confere a alga proteção, sais minerais e umidade.
Geralmente, em locais com condições ambientais desfavoráveis a existência de vida dos liquens fazem parte dos primeiros seres vivos a aparecer, sendo por isso considerados organismo pioneiros, também podem ser encontrados em superfícies de rochas, em folhas, no solo, em troncos de arvores, etc. contudo, existem variedades de liquens que são extremamente sensíveis as alterações do meio ambiente, por exemplo, na presença de poluentes atmosféricos, como óxidos de carbono e enxofre, alguns tipos de liquens não conseguem se desenvolver. Esse seres, que sucumbem a poluição, são       

PADRÃO GERAL DO CICLO DE VIDA DOS FUNGOS
Durante o ciclo de vida, os fungos apresentam fases reprodutivas diferentes, REPRODUÇÃO SEXUADA E REPRODUÇÃO ASSEXUADA.

Reprodução assexuada
O mas mais simples de reprodução de um fungo filamentoso é conhecido como fragmentação, que consiste na ruptura do micélio, regando fragmentos que podem originar novos micélios.
No caso das leveduras, que são unicelulares, a reprodução assexuada se dá por divisão celular. O termo brotamento é utilizado quando essa divisão origina duas ou mais células filas.

Reprodução sexuada
A principal característica da reprodução sexuada em diversos seres vivos é a fusão de núcleos gaméticos haplóides, gerando zigoto diplóides. Nos fungos, essa regra se mantém.
Em geral , não há diferença morfológica entre os fungos que se reproduzem entre si. As diferenças que existem dizem respeito a constituição genética. É comum representar indivíduos geneticamente diferentes pelos sinais + e -. Fungos de constituição genética semelhante (+/+ ou -/-) não se reproduzem entre si, mas, se a constituição genética for razoavelmente diferente (+/-), a reprodução ocorre.
Sob condições ambientais adequadas, a primeira etapa da reprodução entre fungos distintos é a fusão das hifas haplóides, que recebe o nome de plasmogamia.
A fusão dos núcleos gaméticos haplóides, chamada cariogamia, não corre imediatamente após a união citoplasmática. Assim, a plasmogamia gera uma estrutura celular composta por dos núcleos haplóides oriundos de hifas pertencentes a micélios distintos. Por isso as hifas que resultam desse processo são denominados dicarióticas.
Após um tempo, os núcleo gaméticos se fundem e originam um zigoto diplóide, o qual, por suas vez, entre em processo de divisão meiótica, produzindo células filhas que darão origem a esporos haplóides. Os esporos que se formam pelo modo sexuado são comumente chamados esporos sexuais.
O esporos haplóide formado sexuadamente germina, seu núcleo haplóide sofre varias divisões mitóticas e assim se constituem novas hifas. Em geral, a única fase diplóide do ciclo de vida de um fungo é o zigoto. Na maioria dos fungos, essa fase é efêmera, isto é, tem curta duração. 

CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGOS
Por muito tempo, os fungos foram integrantes do reino Plantae, e somente no final da década de 1960 passaram a ser classificados em um reino a parte, chamado Fungi, no entanto, há um conjunto de características próprias que permitiu a diferenciação dos fungos em relação as plantas. Estudos mostraram que nenhum fungo conhecido e capaz de sintetizar o pigmento responsável pela fotossíntese, a clorofila, sabe-se também que eles não armazenam amido, componente comum nas células vegetais, com substancia de reserva em suas células.

Fungos sem corpos de Frutificação
São representado por dois filos, cujo suas hifas não constituem estruturas especiais durante o período de reprodução.

Quitridiomicetos
São compostos por 800 espécies, uma característica marcante desse grupo é a presença de indivíduos dotados de flagelo em alguma fase da vida. O batimento do flagelo auxilia a locomoção em meio aquático.

Zigomicetos
São representados por cerca de 1.000 espécies, são conhecidos também como saprófagos, vivem livremente no solo, alimentando-se de matéria orgânica em decomposição, os Rhizopus stonifer, responsável pelo bolor preto do pão, cresce em substratos com teores elevados de umidade, ricos em açucares, como pães, frutas, etc.

Fungos com corpos de Frutificação
São representados por dois filos,  cuja sua estrutura peculiar é formada por um arranjo de hifas especiais, denominada corpo de frutificação.

Ascomicetos
São representados com um grande grupo cerca de 300 mil espécies, sob forma unicelular como é o caso das leveduras e forma filamentosas como é o caso dos mofos e bolores.

Basidiomicetos
Esse filo possui cerca de 25 mil espécies descritas e inclui os fungos mais conhecidos. Esse grupo pertence a orelhas de pau e os cogumelos. Existem alguns tipos parasitas, como é o caso da espécie do gênero Ustilago.


IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS
Os fungos são importantes para a decomposição da matéria orgânica. Sem os seres decompositores, cessaria a reciclagem de nutrientes, da qual dependem a vida no planeta. Também existem varias espécies de fungos mutualísticos, que estabelecem relações benéficas com certos organismos. Alem disso, algumas espécies de fungos são comumente utilizados na culinária, como é o caso de certos cogumelos empregados em receitas de sopa, pizza e estrogonofe.

Fungos na agricultura
De acordo com a espécie, os fungos podem causar prejuízos ou benefícios a agricultura. Muitos deles podem gerar doenças que reduzem as colheitas.
Existem fungos, entretanto, que aumentam a fertilidade do solo, resultando em aumento da produtividade de muitas culturas.
Sabe-se que a presença de micorrizas torna as plantas mais eficientes na absorção de certos nutrientes encontrados no solo, como o fósforo. Em geral, a concentração no solo desse nutriente, importante em muitas vias metabólicas vegetais, é relativamente baixa. Assim, a presença de fungos associados as raízes de plantas de interesse econômico reduz a necessidade de fertilizantes

Fungos perigosos

Embora existam algumas espécies comestíveis, muito fungos produzem substâncias extremamente tóxicas, que podem levar a morte. Muitas vezes, é difícil diferencia uma espécie perigosa de outra, inofensivo. Por isso, não se deve ingerir fungos desconhecidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário