sábado, 10 de maio de 2014

NÚCLEO CELULAR - 2° SÉRIE DO ENSINO MÉDIO - CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO 2°BIMESTRE

CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO 2°BIMESTRE
2° SÉRIE DO ENSINO MÉDIO


NÚCLEO CELULAR

As funções do núcleo celular
O núcleo, estrutura que contem o DNA da célula, esta presente apenas em células eucarióticas, alem do material genético, o núcleo possui proteínas com função regulatória, de síntese e de transporte, ele ainda separa certas reações químicas que ocorrem em seu interior daquelas que ocorrem no citoplasma.
Alguns organismos possuem mais de um núcleo, como é o caso do Paramecium sp., um organismo unicelular que tem um macronúcleo semelhante ao das demais células, e um micronúcleo, menor.
Nas células procarióticas, o material nuclear encontra-se mergulhado no citoplasma, agrupado em um posição relativamente central, é o nucleoide. Nas células eucarióticas, o núcleo é delimitado por uma membrana dupla que garante certo isolamento do seu conteúdo.

Desvendando o papel do núcleo
No final do século XIX, o citologista francês Eduardo Balbiani demonstrou, por meio de experimentos de merotomia, que o núcleo era essencial para a sobrevivência das células. Ele seccionou amebas, deixando o núcleo em uma das partes. Observou então que a parte sem núcleo definhava e morria, enquanto a metade nucleada se regenerava e permanecia viva. Quando um núcleo era enxertado na metade anucleada, esta regenerava e sobrevivia. Assim Balbiani demonstrou o papel vital do núcleo para a célula. 

A COMPOSIÇÃO DO NÚCLEO
O núcleo não tem mesmo aspecto ao longo do período de vida de uma célula. Quando se aproxima o momento da divisão celular, o material nuclear modifica-se e o núcleo se desorganiza por completo, o que permite distribuir adequadamente seu conteúdo entre cada um das células filhas. Concluída a divisão, um novo núcleo reorganiza-se em cada uma das novas células e reassume suas funções.
O núcleo é constituído por um envoltório, a carioteca, pelo núcleo-plasma, onde se encontra mergulhada a cromatina e por um nucléolo.

Carioteca
É uma membrana dupla, com um espaço interno determinado perinuclear, apresenta inúmeros poros, que permitem a comunicação do núcleo com o citoplasma. A membrana externa, voltada para dentro da célula, esta ligada ao reticulo endoplasmático, como se fosse sua continuação. Na face voltada para o nucleoplasma, a membrana interna esta associada a uma lamina constituída por fibras de proteína, a lâmina nuclear¸ que confere sustentação a carioteca e participa de sua reconstituição, ao final da divisão celular.

Poros
Em vários pontos da carioteca, as duas membranas unem-se e formam poros. Cada poro é uma estrutura complexa, constituída por proteínas que controlam a entrada e saída de substancias. O numero de poros na carioteca depende da função desempenhada pela célula, células secretoras com intensa síntese protéica, geralmente apresentam núcleo com mais poros.

Cromatina
A cromatina é composta de um emaranhado de filamentos muitos finos, também chamados de cromossomos.
Sendo composta também duas estruturas denominadas heterocromatinas e a eucromatina.
Cada filamento cromossômico é uma única e longa molécula de DNA enrolada ao redor de proteínas chamadas de histonas, formando estruturas globulares, os nucleossomos. 

Nucléolo e nucleoplasma
No interior do núcleo encontra-se o nucléolo, uma região mais corada, não limitada por nenhuma membrana e geralmente próxima a carioteca. Formado por RNA e algumas proteínas, ele aparece bastante desenvolvido em células que apresentam intensa síntese protéica. Em alguns cromossomos encontram-se as chamadas regiões organizadoras do nucléolo, locais onde ocorre a síntese de um tipo de RNA que forma os ribossomos, as organelas envolvidas na síntese de proteínas.
Durante o período em que a célula se divide, o nucléolo desaparece, uma vez que a síntese protéica é interrompida, e reaparece após a divisão.
O ambiente interno do núcleo, onde estão mergulhados os filamentos da cromatina e as estruturas que constituem o nucléolo, é chamado de nucleoplasma ou carioplasma. Recentemente, pesquisadores brasileiros e norte americanos identificaram uma nova organela em meio ao nucleoplasma, o reticulo nucleoplasmático, responsável pelo transporte de íons de cálcio. No núcleo, o cálcio é essencial para o processo de multiplicação celular, ativação de genes e controle da chamada apoptose.    

OS CROMOSSOMOS
Cromossomos são filamentos de DNA associados a histonas, formando então as cromátides, ao longo de um cromossomo encontram os genes de modo simplificado será ele que Dara as instruções para a síntese de todas as proteínas e a atividade da célula, e são unidos através do centrômero.

Cromossomos homólogos e ploidia
Em determinada célula, cada cromossomo tem uma sequência própria de genes, com instruções para parte das características do organismo. Dito de outro modo, o conjunto das características do organismo esta distribuído por todos os cromossomos presentes na célula.
No núcleo das células humanas, por exemplo, encontram-se 46 cromossomos. A espécie humana tem reprodução sexuada,e durante a fecundação, cada uma das células reprodutivas, os gametas, contribui com um lote completo de 23 cromossomos. A célula que resulta da fecundação, chamada zigoto, a primeira do organismo, dará origem por divisões sucessivas a todas as demais células. O zigoto tem, então, 23 pares de cromossomos, ou seja, dois conjuntos completos de 23 tipos cromossômicos, perfazendo 46. O numero total de cromossomos é característico de cada espécie.
Os dois cromossomos que formam um par do mesmo tipo são denominados homólogos. Nos cromossomos homólogos, os genes para uma mesma característica encontram-se na mesma posição relativa, chamada lócus gênico. Cromossomos homólogos apresentam não só a mesma forma, tamanho e posição do centrômero, como também têm os genes para as mesmas características posicionadas nos mesmo loci gênicos. Genes que ocupam a mesma posição em cromossomo homólogo são conhecidos como genes alelos.
As células que tem pares de cromossomos homólogos são denominados diplóides, e seu numero total de cromossomos é representado por 2n. Células que tem apenas um lote de cromossomos. Sendo só um de cada tipo, são ditas haplóides, e seu numero cromossômico é representado por n.
Em animais, a maioria das células que compõem o corpo são diplóides e recebem o nome de somática. As células reprodutoras são haplóides. Após a fecundação, quando ocorre a fusão dos pro núcleos do óvulo e do espermatozóide, o numero cromossômico típico da espécie se mantém. Nos gametas, os núcleos recebem a denominação de pro núcleos por que não tem o numero total de cromossomos características da espécie. Eles se fundem posteriormente tem um processo chamado cariogamia.
O conjunto de todos os cromossomos presentes no núcleo constitui o cariótipo do individuo. No cariótipo humano, encontram-se 22 pares de cromossomos que definem as características do corpo, os autossomos, e um único par responsável pela determinação do sexo, os cromossomos sexuais.

Cromossomos humanos
Embora homens e mulheres sem alterações cromossômicas apresentam sempre 23 pares de cromossomos homólogos, um dos pares é formado por cromossomos que tem homologia apenas parcial. São os cromossomos sexuais X e Y. Diferentemente dos demais, designados por números, os cromossomos sexuais são denominados por letras. Em mulheres, o par é formado por dois cromossomos X. nos homens, por um cromossomo X e por outro, chamado de Y. para indicar os cariótipos masculino e feminino, usa-se a seguinte representação.
Cariótipo feminino: 22AA+XX ou 46, XX
Cariótipo masculino: 22AAA+XY ou 46, XY

O cromossomo Y é bem menor que o X. Eles apresentam homologia apenas em uma região de seus braços inferiores, abaixo do centrômero. Os braços superiores ao tem genes para as mesmas características, nem são homólogos. Tal fato é em parte responsável por certas características genéticas que só são herdadas do pai ou da mãe, ou aparecem com maior freqüência em um dos sexos, como calvície, o daltonismo e a hemofilia.

BACTÉRIAS E SUAS DOENÇAS - CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO 3° SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO 3° SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
REINO MONERA
REINO MONERA
O reino monera é formado por bactérias, cianobactérias e arqueobactérias (também chamadas arqueas), todos seres muito simples, unicelulares e com célula procariótica (sem núcleo diferenciado). Esses seres microscópios são geralmente menores do que 8 micrômetros ( 1µm = 0,001 mm).

DOMÍNIO ARQUEA
As arqueas são semelhantes as bactérias, entretanto, há poucos décadas foram separadas em grupo a parte principal por apresentarem diferenças na composição da parede celular. A maioria é anaeróbica, ou seja, não utiliza o gás oxigênio em seus processos metabólicos para gerar energia. Muitos são incapazes de sobreviver na presença de gás oxigênio.
Algumas delas habitavam ambientes extremos, fontes termais, as vezes com temperaturas superiores as da ebulição da agua, e outros com meios com altas temperaturas, como poças nas proximidades de vulcões, grandes profundidades e locais com pH muito baixo.

1.      DOMÍNIO BACTÉRIA
Nesse domínio esta incluída a maioria dos seres procarióticos unicelulares mais conhecidos. Esse seres formam um grupo tão diverso que inclui desde microrganismo fotossintetizantes, como as cianobactérias, até os exclusivamente parasitas, com as clamídias.
Entre as bactérias que permitiram a grande capacidade adaptativa das bactérias estão, por exemplo, o desenvolvimento de estruturas como os esporos, que as capacitaram a sobreviver sob condições adversas, e a presença de flagelos, que lhes confere capacidade locomotora.

1.2.ESTRUTURA DAS BACTÉRIAS

As bactérias são unicelulares e medem cerca de um micrômetro, por isso só podem ser observadas ao microscópio de luz ou eletrônico. A célula bacteriana não apresenta núcleo verdadeiro, o material genético não esta envolvido por um membrana, também não tem a maioria das organelas presentes nas células eucarióticas.
    
     1.2.3 MEMBRANA PLASMÁTICA

Assim como as células eucarióticas, as bactérias também apresentam membrana células envolvendo o citoplasma, entretanto a membrana células dos seres procarióticos não contem colesterol, além de apresentar outras diferenças de composição quando comparada a membrana celular dos seres eucarióticos.

    1.2.4. ENVOLTÓRIO CELULALRES: PAREDE E CÁPSULA

A maior parte das bactéria apresenta parede celular, estrutura que protege a célula e impede que ele as rompa pela entrada excessiva de agua. Muitos antibióticos impedem a bactéria de sintetizar a parede celular, o que deixa desprotegida.
A parede celular também define o formato da célula, que ode ser esférica (como no coco), ter formato pequeno bastão (como no bacilo), ser ligeiramente ondulada (como no espirilo) ou ainda semelhante a uma vírgula (como no embrião).
De acordo  com a estrutura da parede, as bactérias se dividem em dois grupos: as gram-positivas e as gram-negativas. Essa denominação refere-se a um método de coloração desenvolvido em 1884 pelo cientista dinamarquês Hans Christian Joachim Gram.
Ao serem submetidos a esse método, que utiliza corantes de cores diferentes, as bactérias podem adquirir duas tonalidades. As que se coram de roxo pertencem ao grupo das gram-positivas e as que se tornam vermelhas são chamadas de gram-negativas.

    1.2.5. CROMOSSOMOS E PLASMÍDIOS

No citoplasma das células bactérias, pode-se observar a presença de um único cromossomo circular, formado por uma única molécula de DNA, que contem todas as informações necessárias a sobrevivência da células. Ele sofre replicação antes da divisão celular.
Os plasmídios são fragmentos de moléculas de DNA também circulares. Os genes neles contidos muitas vezes trazem vantagens a bactéria que os apresenta. Os plasmídeos, capazes de autoduplicação independentemente da replicação cromossômica, podem existir em numero variável e ter diferentes genes.

     1.2.6. ORGANIZAÇÃO GERAL DO CITOPLASMA

No interior das células procarióticas acham-se espelhados milhares de ribossomos, o que confere o citoplasma um aparência granular. Eles são menores do que os encontrados nas células eucarióticas e também apresentam algumas diferenças em relação a composição.
Além dos ribossomos, não são observadas outras organelas celulares. A membrana célula apresenta diversas invaginações, ou seja, dobras internas, denominadas mesossomos, suas funções, ainda não são totalmente esclarecidas, mas acredita-se que os mesossomos tenham um papel  importante na segregação do cromossomo durante a divisão celular.

     1.2.7. FLAGELOS E PILI

O flagelo, em geral presente em bacilos e espirilos, é responsável pela mobilidade. As bactérias flageladas podem apresentar apenas uma ou varias dessas estruturas,
O flagelo é um longo filamento protéico fixado a membrana plasmática e a parede celular por uma estrutura denominada corpo basal, que permite sua rotação. A rotação do flagelo provoca a movimentação das células.
Muitas espécies gram-negativas são patogênicas e apresentam em sua superfície fibras protéicas curtas e finas denominadas pili, que tem relação com a mobilidade, e sim com a capacidade de adesão dessas bactérias a um possível tecido hospedeiro.

     1.2.8.  A REPRODUÇÃO DAS BACTÉRIAS E FORMAÇÃO DE COLÔNIAS

As bactérias se reproduzem muito rapidamente. Dependendo da espécie e das condições ambientais, a cada vinte minutos há uma nova geração de indivíduos. A reprodução é assexuada por bipartição. Cada bactéria se divide em duas novas geneticamente iguais.
Caso s células não se separem após mo processo de divisão celular, ocorre a formação de agrupamentos, observadas apenas entre os coco e bacilos. Por isso os diversos agrupamentos podem ser classificados de acordo com o grau de agregação.
  • Diplococos coco agrupados em pares.
  • Estreptococos cocos encadeados ou enfileirados.
  • Estafilococos forma relativamente desorganizada, formando cachos.
  • Sarcina agrupamento cúbico, reunindo oito coco simetricamente disposto.
  • Diplobacilos bacilos reunidos aos pares.
  • Estreptobacilos bacilos alinhados em cadeia.

     8.1. MECANISMO DE TRANSFERÊNCIA GÊNICA OU RECOMBINAÇÃO

Os seres procarióticos também apresentam mecanismo de transferência de material genético, geralmente são transferidos apenas fragmentos do DNA cromossômico, sempre em um único sentido, de um doador para um receptor.

     8.2. TRANSFORMAÇÃO

Nesse mecanismo de transferência gênica, a bactéria receptora capta do meio pedaços de DNA livres deixadas por outras bactérias, já mortas. Normalmente, a célula incorpora em cada transformação uma pequena quantidade de genes.

     8.3. CONJUGAÇÃO

A conjugação é transferência de DNA de uma bactéria doadora para outra, receptora, através de um pili sexual. Esse mecanismo de recombinação requer contato próximo entra as bactérias envolvidas. Após o processo, as células se separam, a bactéria receptora se reproduz assexuadamente, originado células filas que contem material genético recombinado.

     8.4. TRANSDUÇÃO

Nesse tipo de recombinação, o transmissor dos genes é um vírus bacteriófago, ele inicia um ciclo durante qual acidentalmente incorpora pedaços do DNA de seu hospedeiro ao seu próprio DNA e os transfere a uma outra célula quando a infecta.  
  
  1. A IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS

As bactérias são encontrados em todos os ecossistemas da Terra e são de grande importância para a saúde, para o ambiente e a economia. As bactérias são encontradas em qualquer tipo de meio: mar, água doce, solo, ar e, inclusive, no interior de muitos seres vivos.
Exemplos da importância das bactérias:
  • na decomposição de matéria orgânica morta. Esse processo é efetuado tanto aeróbia, quanto anaerobiamente;
  • agentes que provocam doença no homem;
  • em processos industriais, como por exemplo, os lactobacilos, utilizados na indústria de transformação do leite em coalhada;
  • no ciclo do nitrogênio, em que atuam em diversas fases, fazendo com que o nitrogênio atmosférico possa ser utilizado pelas plantas;
  • em Engenharia Genética e Biotecnologia para a síntese de várias substâncias, entre elas a insulina e o hormônio de crescimento.

     2.1 BACTÉRIAS AUTOTRÓFICAS

Essas bactérias produzem a matéria orgânica que utilizam como alimento a partir da matéria inorgânica e da energia absorvidas do ambiente.
De acordo coma natureza da energia captada, elas se classificam em:
  • Fotoautotróficas que utilizam a energia luminosa no processo de fotossíntese
  • Quimioautotróficas que utilizam a energia liberada a partir de reações químicas de oxirredução, realizando o processo de quimiossíntese.

     1.2. SULFOBACTÉRIAS

As sulfobactérias estão entre os primeiros organismos fotossintetizantes. Apresenta um tipo especial de clorofila denominado bacterioclorofila. A fotossíntese realizada pelas sulfobactérias utilizada gás sulfídrico H2O em vez de água. O produto final não é gás oxigênio mas o enxofre S. As sulfobactérias ou tiobactérias podem ser encontradas em fontes termais, em água minerais com enxofre e nas profundezas oceânicas. Um exemplo é a Thiobacillus que oxida o ácido sulfídrico a enxofre livre.

2H2S + O2 = 2H2O + 2S + energia química

     1.3. BACTÉRIAS QUIMIOAUTOTRÓFICAS

Essas bactérias não tem pigmentos fotorreceptores. A energia utilizada para síntese de molécula de glicose não vem da luz, mas de reações químicas de compostos inorgânicos. As bactérias que conseguem oxidar o oxido ferroso a oxido férrico, como a Cremothix, são comuns em águas acidas residuais de minas e jazidas de ferro, são denominadas ferrobactérias.

4Fe + 3O2 = 2Fe2O3 + energia química

     2.2. BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS

A maioria das bactérias é heterotrófica, ou seja, incapaz de converter o gás carbônico em moléculas orgânicas. Elas absorvem a matéria orgânica do meio e extraem dela parte da energia que necessitam. Podem ser classificadas em, saprofrágicas ou parasitas.

     2.1. BACTÉRIAS SAPROFÁGICAS

A maior parte das bactérias heterotróficas pertence a esse grupo. Elas obtêm alimento a partir de matéria orgânica sem vida, como cadáveres ou restos de seres vivos.
Ao degradarem a matéria orgânica, as bactérias produzem substancias mais simples. Como a amônia e o metano, que são liberadas no ambiente e podem ser utilizados de novo por outros seres vivos.  

     2.2. BACTÉRIAS PARASITAS

Bactérias que obtém alimento de matéria orgânica viva, ao se alimentarem de matéria orgânica retirada do corpo de animais, plantas ou outros seres vivos, essa bactérias frequentemente causam doenças no organismo. 

     2.3. RELAÇÃO DE SIMBIOSE

Organismos simbiontes são aqueles que se associam com outras espécies de maneira que ambas sejam beneficiadas. Diversas bactérias estabelecem relações de simbiose com outros seres vivos.
O tubo digestório dos animais é colonizado por bactérias logo após seu nascimento.
As bactérias presentes no estomago dos ruminantes, por exemplo, degradam a celulose e outros polissacarídeos não digeridos por esses animais, liberando compostos como fontes de energia. Algumas espécies de bactérias presentes no trato intestinal de herbívoros produzem enzimas que neutralizam a toxidade de muitas das plantas ingeridas pelos hospedeiros, permitindo a sobrevivência desses animais e sua adaptação a diferentes fontes de alimento.
A Escherichia coli também presente no instetino grosso humano sintetiza vitamina K e alguns tipos de vitamina B.
Bactérias do gênero Rhizobium, que são fixadoras de nitrogênio, estabelecem relações de simbiose com as raízes de plantas leguminosas, nas quais sintetizam substancias nitrogenadas, aproveitadas tanto por elas quanto pela planta hospedeira.

     3.1. O EMPREGO INDUSTRIAL DAS BACTÉRIAS

A industria de laticínios utiliza bactérias dos gêneros Lactobacillus e Streptococcus para a produção de coalhadas, iorgutes e queijos. Bactérias do gênero Acetobacter também são usadas na transformação do álcool presente no vinho em acido acético, o que dá origem ao vinagre.
A industria farmacêutica usa bactérias para a produção de antibióticos e vitaminas, um exemplo é o antibiótico neomicina, obtido a partir de bactérias do gênero Streptomyces.     

BACTÉRIAS E AS DOENÇAS
O organismo animal proporciona um ambiente favorável ao desenvolvimento de vários microorganismos que nele vivem sem causar danos. Poucas espécies de bactérias são patogênicas, isto é, causam doenças. O conjunto de bactérias não patogênicas que vive no nosso corpo, chamado genericamente de microbiota normal, constitui uma defesa contra outros microorganismos.
Na espécie humana, a maioria das doenças causadas por esse microorganismos é transmitidos pela ingestão de alimentos ou água contaminados ou por gotículas de secreções em suspensão no ar. Tratamentos prolongados com os chamados antibióticos podem provocar diminuição da flora intestinal, gerando condições para a invasão do corpo por microorganismo patogênicos, como as bactérias do gênero Staphylococus, uma serie de situações, por exemplo o estresse, o consumo excessivo de álcool e outras drogas e hábitos alimentares inadequados, pode levar a imunodeficiência.

TUBERCULOSE
ü   Agente Etiológico: Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK)
ü  Forma de transmissão: A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa a pessoa, portanto, a aglomeração de pessoas é o principal fator de transmissão. A pessoa com tuberculose expele, ao falar, espirrar ou tossir, má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo ou qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica, também favorece o estabelecimento da tuberculose.
ü  Sintomas: tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue,cansaço excessivo, febre baixa geralmente à tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, rouquidão, fraqueza e prostração.
ü  Tratamento: é feito à base de antibióticos, com duração de aproximadamente seis meses. É imprescindível que este não seja interrompido
ü  Profilaxia: A vacina BCG é utilizada na prevenção da tuberculose e deve ser administrada em todos os recém-nascidos.

PNEUMONIA
ü  Agente Etiológico: Legionella, Streptococcus pneumoniae e Klebsiella
ü  Forma de transmissão: contato com pessoas doentes ou que carregam a bactéria na garganta e que a partir de gotículas respiratórias do nariz ou boca de uma pessoa infectada passa a outra pessoa 
ü  Sintomas: febre de 39°C a 40°C , suor frio, calafrios, respiração rápida e curta, tosse com catarro amarela ou esverdeada, sendo que em alguns tipos de pneumonia, a tosse pode vir seca ou sem catarro, dores no peito ou no tórax, além de problemas para respirar, diarreia, vômitos, náuseas e fadiga. Sintomas mais graves podem incluir: cianose central, diminuição de sede, convulsões, vômitos persistentes, ou uma diminuição do nível de consciência.Algumas causas de pneumonia estão associados com clássicas, mas não específicas, características clínicas. Pneumonia causada pela Legionella pode ocorrer com dor abdominal, diarreia ou confusão,enquanto a pneumonia causada por  Streptococcus pneumoniae está associada com expectoração com cor enferrujada,e a pneumonia causada por Klebsiella pode ter expectoração com sangue, muitas vezes descrita como "geleia de groselha".
ü  Tratamento: Antibióticos  específicos.
ü  Profilaxia: A prevenção inclui vacinação, medidas ambientais, e o tratamento de outras doenças de forma adequada.

CÓLERA
ü   Agente Etiológico: Vibrião colérico (Vibrio cholerae)
ü  Forma de transmissão: ingestão da água, alimentos, peixes, frutos do mar e animais de água-doce contaminados por fezes ou vômito de indivíduo portador da doença, sem o devido tratamento. Mãos que tiveram contato com a bactéria ou mesmo moscas e baratas podem provocar a infecção por este patógeno.
ü   Sintomas: diarreias agudas de aspecto semelhante à água de arroz, vômitos e, em casos mais acentuados, câimbras, perda de peso intensa e olhos turvos,
palidez, emagrecimento acentuado, rouquidão, fraqueza e prostração.
ü  Tratamento: reposição rápida e completa de água e dos eletrólitos perdidos pelas fezes e vômitos. Os líquidos deverão ser ministrados por via oral ou parenteral, conforme o estado do paciente.
ü  Profilaxia: Lavar as mãos antes de manipular os alimentos, antes de comer e depois de ir ao banheiro;Beber somente água potável ou, se não dispõe desta, ferver durante 5 minutos ou desinfectar a água com 2 gotas de lixívia em cada litro de água em toda a água para o consumo; Destino e tratamento adequado dos dejetos humanos; Destino adequado do lixo

MENINGITE
ü  Agente Etiológico: A meningite meningocócica é causada pela bactéria Neisseria meningitidis (também conhecida como meningococo).
ü  Forma de transmissão: É uma infecção que resulta em inchaço e irritação (inflamação) das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal, contato com pessoas infectadas.
ü  Sintomas: Febre alta e calafrios, alterações do estado mental, sensibilidade à luz (fotofobia), dor de cabeça forte e pescoço rígido (meningismo)
ü  Tratamento: Antibióticos deve ser iniciado o mais rápido possível.
ü  Profilaxia: Os contatos próximos em casa, na escola ou na creche devem ser observados para detectar sinais precoces da doença assim que o primeiro caso for diagnosticado. Tenha sempre bons hábitos de higiene, como lavar as mãos antes e depois de trocar fraldas ou depois de usar o banheiro.

GONORRÉIA
ü   Agente Etiológico: Neisseria gonorrhea
ü  Forma de transmissão: se transmite através de relações sexuais com parceiras contaminadas.
ü   Sintomas: Após o contágio, há um período chamado de tempo de incubação no qual o paciente está assintomático. Esse período varia de dois à dez dias. Logo após surge secreção com dor para urinar.
A secreção aumenta em quantidade com "inchume" da uretra e pele do pênis. A gonorréia pode ocorrer sem secreção alguma.
ü  Tratamento: Dá-se preferência a doses únicas de antibióticos, tais como ceftriaxonia, ciprofloxacino,ofloxacino e azitromicina. Abstinência sexual ou relações com preservativo durante o tratamento são encorajados.
Profilaxia: A seleção criteriosa da parceira e o uso de preservativos são importantes na prevenção.

LEPTOSPIROSE
ü   Agente Etiológico: Leptospira
ü  Forma de transmissão: contato com água, alimentos ou solo contendo urina de animais com leptospirose
ü  Sintomas: Febre alta, dor de cabeça forte, calafrio, dor muscular e
vômito, olhos e pele amarelada, olhos vermelhos, dor abdominal,
diarréia e erupções na pele.
ü  Tratamento: Uso de Antibióticos e remédios específicos.
ü  Profilaxia: Evitar andar descalço, beber e comer alimentos
descontaminados.

TÉTANO
ü   Agente Etiológico: Clostridium tetani
ü  Forma de transmissão: Cortes com materiais infectados com a bactéria
ü  Sintomas: provoca espasmos nos músculos voluntários, principalmente os do pescoço, sendo que os músculos respiratórios podem ser atingidos, causando a morte por asfixia.
ü  Tratamento: Uso de soro
ü  anti-tetânico e antibióticos.
Profilaxia: Vacina anti-tetânica.

ACNE
ü   Agente Etiológico: Propionibacterium acnes e a Staphylococcus epidermides
ü  Forma de transmissão: Acne vulgar é uma doença dermatológica bastante comum associada à produção dos hormônios sexuais masculinos. Ela afeta as glândulas pilossebáceas que passam a produzir uma quantidade maior de secreção gordurosa. Essa secreção não consegue ultrapassar a abertura do poro e ali se acumula formando comodões abertos (cravos pretos)  que oxidam e escurecem em contato com o ar, ou comedões fechados (cravos brancos). 
ü   Sintomas: As lesões da acne surgem mais na face, ombros, peito e costas e variam de intensidade de acordo com o tipo de pele e predisposição para a enfermidade. Dor, coceira e irritação nas áreas afetadas são sintomas da doença, mesões mais graves e a manipulação inadequada das feridas pelos próprios pacientes podem ser responsáveis pelo aparecimento de cicatrizes difíceis de corrigir.
ü  Tratamento:O tratamento tem como referência o tipo e a gravidade das lesões e deve ser mantido até seu desaparecimento completo. Nos casos mais leves, pode ser suficiente a aplicação local de medicamentos.Os antibióticos por via oral ou tópica ou, ainda, sob a forma de injeções no interior das lesões representam uma opção terapêutica para os casos de acne inflamatória e purulenta.
ü  Profilaxia: importante limpar a pele, especialmente à noite, antes de dormir

FURÚNCULO
ü   Agente Etiológico: Staphylococcus aureus
ü  Forma de transmissão: Ocorre em diversos locais, mas está mais sujeito a surgir em regiões onde há maior transpiração e/ou fricção, como axilas, virilha, nádegas e pescoço. Assim, o uso de roupas apertadas e substâncias que obstruem os poros favorecem sua manifestação.
ü   Sintomas: Ao entrar no folículo, a bactéria se dissemina e forma essa lesão bastante dolorosa, que terá seu tamanho variável, de acordo com a profundidade do folículo afetado. Ela é endurecida, quente e possui superfície avermelhada. Seu centro, de tom amarelo, é resultado da necrose da região central da infecção, chamada popularmente de “carnegão”.
ü  Tratamento: reposição rápida e completa de água e dos eletrólitos perdidos pelas fezes e vômitos. Os líquidos deverão ser ministrados por via oral ou parenteral, conforme o estado do paciente.

ü  Profilaxia: Consiste em manter a pele limpa, lavar frequentemente as mãos e utilizar roupas, toalhas e roupas íntimas em bom estado higiênico.