domingo, 3 de agosto de 2014

REINO PROTOCTISTA E SUAS DOENÇAS - 3° SÉRIE DO ENSINO MÉDIO CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO


CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO 3ºSÉRIE DO ENSINO MÉDIO
REINO PROTOCTISTA

 REINO PROTOCTISTA
Os protoctista são os primeiros organismos eucarióticos, ou seja, com células que apresentam núcleo individualizado e diferentes organismos, cada qual responsável por uma função. Seus representantes são protozoários e algas.
Os organismos que compõem o reino Protoctista são considerados de difícil classificação, o que gera muita controvérsia entre os especialistas. Diferentemente dos demais reinos, cujos organismos são originados da mesma espécie ancestral, ou seja, monofiléticos, os Protoctistas englobam seres de distintas linhas evolutivas e bem diferentes uns dos outros.

OS PROTOZOÁRIOS
Os protozoários, representantes do domínio Eukarya, são unicelulares e de estrutura bastante variável. Suas células, maiores do que as dos procarióticos possuem núcleo individualizado por uma carioteca, a maioria é heterótrofa e muitos são capazes de locomoção.
A célula de um protozoário é capaz de realizar, sozinha, todas as funções que ocorrem num organismo multicelular ou pluricelular graças a variedade de organelas e estruturas presentes em seu citosol.

·         MORFOLOGIA CELULAR, ENVOLTÓRIOS E CITOSOL
Os protozoários apresentam grandes variações de forma, dependendo da fase evolutiva e do meio ao qual estão adaptados. Podem ser esféricos, ovulados, alongados ou modificar constantemente a forma de suas células, como é o caso das amebas.
Em geral observam-se duas áreas distintas no citosol, uma externa, mais consistente, denominada ectoplasma, e uma interna, granular e mais fluida, chamada de endoplasma, onde se encontra a maior parte das organelas.
·         LOCOMOÇÃO E CAPTURA DE ALIMENTO
Muitos protozoários locomovem-se utilizando uma ou mais organelas especializadas.
Os pseudópodes são expansões temporárias do citoplasma emitidas por meio da deformação da célula devido a ação de proteínas contrateis. Alem de ajudarem na locomoção, os pseudópodes também são utilizados para a captura de alimento.
Os flagelos e os cílios são prolongamentos derivados dos centríolos. Os primeiros filamentosos e longos, são formados por microtúbulos organizados segundo um eixo, ou axonema. Eles provocam movimentos ondulatórios que permitem o deslocamento da célula. O conjunto de seus movimentos cria um turbilhonamento que favorece a captura de alimento ou a movimentação, empurrando a célula para frente.
·         NUTRIÇÃO E DIGESTÃO
A maioria dos protozoários é heterótrofos, podendo ingerir partículas alimentares do meio e digeri-las intracelularmente, ou mesmo absorve substancias dissolvidas na água por meio de difusão.
Partículas alimentares solidas são englobadas por pseudópodes ou levadas até o citóstoma, uma abertura pela qual o alimento penetra na célula. Ao redor do alimento forma-se uma bolsa membranosa que recebe enzimas digestivas dos lisossomos transformando num vacúolo digestivo. Os resíduos podem ser eliminados em qualquer ponto do ectoplasma, ou em um ponto especifico denominado citopígio ou citoprocto.
·         RESPIRAÇÃO
Nos protozoários, as trocas gasosas ocorrem por toda a superfície celular. Os aeróbicos, que vivem em meios com disponibilidade de gás oxigênio, possuem mitocôndrias, nas quais ocorre liberação da energia utilizada nos processos metabólicos.
·         EXCREÇÃO E REGULAÇÃO OSMÓTICA
As excretas solúveis podem ser eliminadas por difusão através da superfície celular. Nos protozoários de água doce existem vacúolos contrateis que eliminam o excesso de água absorvido graças as diferenças osmóticas entre os meios intra e extracelular. Eles atuam com uma bomba que se contrai periodicamente. Esse tipo de vacúolo exerce importante papel na manutenção da estrutura celular, na medida em que impede as células de inchar ou estourar. 
·         REPRODUÇÃO
Antes de iniciar seu ciclo reprodutivo, os protozoários passam por um período de crescimento, que pode varias de algumas horas até meses, dependendo da espécie.
Em geral, a reprodução desses microorganismos é assexuada e ocorre por cissiparidade ou por brotamento, resultado duas ou mais células. Porém, sob certas condições ambientais, algumas espécies apresentam reprodução sexuada. Há ainda aqueles microorganismo que apresentam processos de multiplicação complexos, nos quais ambos os tipos de reprodução se alternam ao longo do seu ciclo de vida.
·         CLASSIFICAÇÃO DOS PROTOZOÁRIOS
ü  Filo Rhizopoda ou Sarcodina
Os sarcodinos, cujos representantes mais conhecidos são as amebas, possuem uma célula relativamente flexível, com um ou vários núcleos. Costumam formar números vacúolos digestivos, visíveis ao microscópio de luz. São capazes de emitir pseudópodes, como os quais se locomovem e capturam alimento por fagocitose.
De modo geral a reprodução é assexuada por cissiparidade ou sexuada por singamia.
Em condições ambientais desfavoráveis, como sob umidade reduzida, algumas espécies parasitas e de água doce produzem formas de resistência, que são os cistos. Os cistos são responsáveis pela contaminação da água e dos alimentos pelas espécies patogênicas.
ü  Filo Zoomastigophora
Esses protozoários se caracterizam por apresentar um, dois ou mais flagelos. Perto do local onde se origina o flagelo, observa-se uma mitocôndria especializada em fornecer energia a intensa movimentação dessas estruturas. A reprodução assexuada ocorre por cissiparidade, e a sexuada, por singamia.
Alguns flagelos são parasitas e há espécies que causam doenças em seres humanos.
Outros protozoários, como os do gênero Trichonympha, desenvolveram uma relação de mutualismo intensa dentro do intestino de cupins. Eles encontram-se protegidas dentro do corpo dos insetos e digerem a celulose proveniente da madeira, liberando nutrientes que são absorvidos pelos cupins. Essa relação é tão complexa que esse dois organismos não sobrevivem separadamente.
ü  Filo Ciliophora
Os cilióforos, como sugere o nome, caracterizam-se por apresentar uma enorme quantidade de cílios por toda a superfície celular. Os cílios desenvolvem movimentos sincronizados, impulsionando esses organismos na água, onde se deslocam mais rapidamente de que os flagelos e os rizópodes. A grande maioria é de vida livre e de água doce.
Os cilióforos são considerados os protozoários mais complexos. Esses protozoários podem apresentam dois vacúolos contrateis com ações alternadas, que permitem a regulação osmótica e possivelmente, a eliminação de excretas.
Sua forma de reprodução mais comum assexuada, por cissiparidade. Entretanto a reprodução sexuada por conjugação é uma característica marcante desse grupo.
O paramécio, o exemplo mais conhecido desse filo, é comum em charcos, lagoas e poças de água.
ü  Filo Foraminífera
Os foraminíferos são protozoários essencialmente marinhos, que podem fazer parte do plâncton ou habitat regiões profundas dos oceanos. Os foraminíferos secretam uma carapaça, geralmente constituída por poros, característica responsável pelo nome desse grupo. Através dos poros eles emitem pseudópodes utilizados para a captura de alimento e para a locomoção das espécies rastejantes.
Esses microorganismos são muitos sensíveis ao estresse ambiental, que prejudica a formação e o desenvolvimento de sua carapaça. Por isso são considerados tanto de áreas costeiras quanto marinhas.
ü  Filo Actinopoda
Os actinópodes são protozoários esféricos, flutuantes, seus representantes são os heliozoários e radiolários. Eles possuem um tipo de psudópode muito fino, contendo um eixo central recoberto por citoplasma adesivo, chamado de axópode, utilizado para a captura de partículas alimentares. A reprodução é assexuada por cissiparidade, os heliozoários são encontrados basicamente em água doce, podendo ser flutuantes ou viver no substrato do fundo de lagoas e de rios ou mesmo em mares.
Os radiolários são exclusivamente marinhos e geralmente planctônicos, uma característica típica desse grupo é a presença de uma cápsula central de parede membranosa limitando o endoplasma.
ü  Filo Apicomplexa
Esse filo reúne os protozoários imóveis, que não possuem estruturas de locomoção. São todos endoparasitas obrigatórios, encontrados dentro de células ou no meio dos tecidos de plantas e animais, tanto invertebrados como vertebrados, incluindo o ser humano.
O nome Apicomplexa vem de uma parte da célula usada para perfurar a membrana das futuras células hospedeiras, o principal gênero é o Plasmodium, com varias espécies causadores da malaria nos humanos.
·         PROTOZOÁRIOS E AS DOENÇAS
Muitas espécies, porem, são parasitas, responsáveis por varias doenças. Elas se instalam sobretudo no sangue e no tubo digestório. Alguns protozoários parasitas necessitam de dois hospedeiros para completar seu ciclo de vida. Nesse caso, o hospedeiro definitivo é aquele no qual o parasita se reproduz sexuadamente, o intermediário, ou vetor é aquele em que ocorre a reprodução assexuada. Em geral os humanos são os hospedeiros definitivos das espécies de protozoários que lhes causam doenças. Alem disso, um mesmo protozoário pode existir sob duas formas. O cisto, a forma de resistência ou inativa, secreta uma parede que envolve a célula e a protege em sua fase de latência. O trofozoíto é a forma ativa, na qual esse microorganismo se alimenta e se reproduz.
AMEBÍASE
ü  Agente Etiológico: Entamoeba histolytica
ü  Forma de transmissão: Uma pessoa vai a um restaurante e ingere um alface mal-lavado e contaminado com cistos (formas de resistência) de amebas. Tal cisto chega ao intestino do hospedeiro e se abre, liberando jovens amebas. Elas invadem a parede do intestino e começam a se alimentar de células e sangue. Além disso, elas começam a se multiplicar e inflamar a parede do intestino. Com o tempo, tal inflamação se rompe, liberando sangue junto com novas amebas.
ü  Sintomas: O período de incubação é de 2 a 4 semanas. A disenteria amebiana aguda manifesta-se com quadro disentérico agudo, cólicas abdominais, náuseas, vômitos, emagrecimento e fadiga muscular.
ü  Tratamento: O tratamento depende da gravidade da infecção. Geralmente, é administrado metronidazol (anti-bacteriano e anti-parasitismo) por via oral por 10 dias.
ü  Profilaxia: manter sanitários limpos; lavar as mãos antes das refeições e após a defecação; tratar os doentes e portadores assintomáticos; não usar excrementos, como fertilizantes; combater as moscas e baratas.

GIARDÍASE
ü  Agente Etiológico: Giardia lamblia
ü  Forma de transmissão: Surtos de giardíase podem ocorrer em comunidades de países desenvolvidos e em desenvolvimento onde o abastecimento de água é contaminado pelo esgoto. Pode ser contraída ao se beber água de lagos ou córregos onde animais como castores e ratos, ou animais domésticos, como ovelhas, causaram a contaminação. Também é transmitida pelo contato direto entre as pessoas, o que tem causado surtos em instituições como creches.
ü  Sintomas: sintomas mais agudos são, azia e náusea, cólicas e diarréia aguda e persistente.
ü  Tratamento: Algumas infecções desaparecem sozinhas. Medicamentos anti-infecciosos podem ser usados.
As taxas de cura são geralmente maiores do que 80%.
ü  Profilaxia: Basicamente, para se evitar a giardíase deve-se tomar as mesmas medidas profiláticas usadas contra a amebíase, já que as formas de contaminação são praticamente as mesmas. Portanto deve-se:
Só ingerir alimentos bem lavados e/ou cozidos; Lavar as mãos antes das refeições e após o uso de sanitários; Construção de fossas e redes de esgotos;Só beber água filtrada e/ou fervida;Tratar as pessoas doentes.

MALÁRIA
ü  Agente Etiológico: Plasmodium vivax, P. falciparum e P. malariae.
ü  Forma de transmissão: A transmissão ocorre após picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por protozoários do gênero Plasmodium.
ü  Sintomas:  calafrios, febre alta (no início contínua e depois com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por P. falciparum, também existe uma chance de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes, aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.
ü  Tratamento: deve estar de acordo com o Manual de Terapêutica da Malária, editado pelo Ministério da Saúde, dependendo da espécie de plasmódio o paciente vai receber um tipo de tratamento, gravidade da doença - pela necessidade de drogas injetáveis de ação mais rápida sobre os parasitos, visando reduzir a letalidade.
ü  Profilaxia: uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas, uso de repelentes.
Medidas de prevenção coletiva: drenagem, pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoramento da moradia e das condições de trabalho, uso racional da terra.

LEISHMANIOSE
ü  Agente Etiológico: o protozoário flagelado Leishmania braziliensis, fêmea do
mosquito do gênero Lutzomyia (Phebotomus),conhecido popularmente como mosquito-palha, cangalhinha ou birigüi.
ü  Forma de transmissão: A transmissão ocorre após picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por protozoários do gênero Plasmodium.
ü  Sintomas:  Leishmaniose visceral:  febre irregular, prolongada; anemia; indisposição; palidez da pele e ou das mucosas; falta de apetite; perda de peso; inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço. Leishmaniose cutânea: duas a três semanas após a picada pelo flebótomo aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta.
ü  Tratamento: As drogas de primeira escolha para tratamento da Leishmaniose são os Antimoniais Pentavalentes. Devem ser administrados por via parenteral (ou seja, intra-muscular ou intra-venosa), por uma período mínimo de 20 dias. A dose e o tempo da terapêutica variam com as formas da doença e gravidade dos sintomas.O seu principal efeito colateral é a indução de arritmias cardíacas e está contra-indicado em mulheres grávidas nos 2 primeiros trimestres, doentes com insuficiência hepática e renal e naqueles em uso de drogas anti-arrítmicas.
ü  Profilaxia: Proteção individual, quando frequentar a mata (usar roupas adequadas e repelentes); tratamento dos doentes, eliminação dos cães com, feridas suspeitas, controle dos mosquitos, nas habitações, através de inseticida e tela nas casas, Há vacina.

DOENÇAS DE CHAGAS
ü  Agente Etiológico: É um protozoário denominado Trypanosoma cruzi. No homem e nos animais, vive no sangue e nas fibras musculares, especialmente as cardíacas e digestivas; no inseto transmissor, vive no tubo digestivo.
ü  Forma de transmissão: mais comum ocorre quando o inseto, ao alimentar-se de sangue contaminado de animais silvestres ou de seres humanos, adquire o parasita, que se reproduz em seu intestino. Quando o barbeiro infectado suga o sangue de outra pessoa, ele defeca. Ao se cocar, irritada pela picada, a pessoa provoca o contato com entre as fezes e aferida, contaminando-se. As fezes também podem penetra no corpo pela mucosa ocular ou oral.
ü  Sintomas: Na fase aguda, ocorrem febre moderada, hepatomegalia discreta, inflamação dos gânglios linfáticos, miocardia aguda, meningoencefalite (dores na meninges), etc. Na fase crônica, ocorre o comprometimento do coração e do sistema digestivo. A duração depende de vários fatores, desde idade e estado nutricional do paciente até os intrínsecos dos parasitas. Os sintomas mais importantes são a cadiomegalia (coração grande), o megaesôfago (esôfago grande) e o megacólon (cólon grande).
ü  Tratamento: é feito com a tomada de medicamentos antiparasitários, eficazes na eliminação do parasita do sistema sanguíneo. ser administrados diariamente, de acordo com o peso corporal, de 12 em 12 horas, durante 2 meses
ü  Profilaxia: Baseia-se principalmente em medidas de proliferação nas moradias e em seus arredores. Além de medidas específicas (inquéritos sorológicos, entomológicos e desinsetização), as atividades de educação
em saúde, devem estar inseridas em todas as ações de controle, bem como, as medidas a serem tomadas pela população local.
TOXOPLASMOSE
ü  Agente Etiológico: Protozoário chamado Toxoplasma gondii
ü  Forma de transmissão: Por ingestão de cistos presentes em dejetos de animais contaminados, particularmente gatos, que podem estar presentes em qualquer solo onde o animal transita.Por ingestão de carne de animais infectados (carne crua ou mal-passada). Por transmissão intra-uterina da gestante contaminada para o feto (vertical).Órgãos contaminados que, ao serem transplantados em pessoas que terão que utilizar medicações que diminuem a imunidade (para combater a rejeição ao órgão recebido), causam a doença.
Sintomas: Em pessoas com defesas imunes normais, até 90% de casos de
toxoplasmose não causam qualquer sintoma, assim a infecção frequentemente não é reconhecida. Nos relativamente poucos casos nos quais os sintomas se
desenvolvem, os mais comuns são: inchaço indolor dos linfonodos, dores de cabeça, mal-estar, cansaço, febre baixa.  No entanto alguns pacientes podem apresentar febre, dores nos músculos e articulações, cansaço, dores de cabeça e alterações visuais, quando ocorre comprometimento da retina,dor de garganta,
surgimento de pontos avermelhados difusos por todo o corpo (como uma alergia, urticária) e aumento do fígado e do baço; menos comumente ocorre inflamação do músculo do coração.
ü  Tratamento:O tratamento para a toxoplasmose é feito através do uso de medicamentos antibióticos, como a espiramicina, que elimina o protozoário Toxoplasma gondii do organismo do indivíduo. 
A toxoplasmose é muito comum, podendo afetar cerca de 80% da população, mas nem sempre é grave ou apresenta sintomas. Apesar de geralmente ser tratada quando o indivíduo apresenta sintomas, o tratamento pode ser feito mesmo na ausência destes.
O tratamento para toxoplasmose na gravidez varia de acordo com a idade gestacional e o grau de infecção da grávida. Geralmente, são utilizados antibióticos, como a espiramicina, nos três primeiros meses e uma combinação de sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico nos últimos 2 trimestres da gestação.
No entanto, este tratamento não garante a proteção do feto contra o agente que provoca a toxoplasmose, pois quanto mais tarde for iniciado o tratamento da gestante, maiores as chances de malformação fetal e de toxoplasmose congênita. E, por isso, para evitar esse quadro a grávida deve fazer o pré-natal e realizar o exame de sangue para diagnosticar a toxoplasmose no 1º trimestre de gestação.
ü  Profilaxia: Atenção médico-veterinária a animais domésticos e de criação;
Remoção cuidadosa de fezes de gatos, com o uso de luvas e desinfecção de locais em que foram depositadas; Não consumir carnes cruas ou malcozidas, (deve ser submetida a um tratamento térmico de no mínimo 60°C por 20 min, garantindo
que o calor penetre igualmente por todo o alimento).
TRICOMONÍASE
ü  Agente Etiológico: Trichomonas vaginalis.
ü  Forma de transmissão: O Trichomonas vaginalis é disseminado através do contato sexual com um parceiro infectado. Isso inclui a relação pênis-vagina ou contato vulva-vulva. O parasita não sobrevive na boca ou no reto.
ü  Sintomas: Mulheres: desconforto na relação sexual, coceira na parte interna das coxas, corrimento vaginal (ralo, amarelo esverdeado, espumoso), prurido vaginal, coceira na vulva ou inchaço dos lábios e odor vaginal (cheiro forte ou fétido)Homens: queimação após a micção ou ejaculação ,coceira da uretra
corrimento leve da uretra
ü  Tratamento: O antibiótico metronidazol é comumente usado para curar a infecção. Uma droga mais nova, chamada Tinidazol pode ser usada. Evite relações sexuais até que o tratamento seja concluído. Você não deve ingerir bebidas alcoólicas enquanto estiver tomando o medicamento

ü  Profilaxia: o uso de preservativos continua sendo a melhor e mais confiável maneira de proteger-se contra infecções sexualmente transmissíveis, uso individual de roupas íntimas, tratamento de indivíduos portadores, esterilização dos aparelhos ginecológicos, higiene em relação aos sanitários públicos, etc. e escolha criteriosa do parceiro. 

AS ALGAS
Assim como aos protozoários, as algas são representantes do domínio Eukarya. Elas são autótrofas fotossintetizantes. A maioria das algas é marinha, e a menor parte é de água doce. Existem, no entanto, algumas espécies terrestres, embora restritas a ambientes úmidos. A água ao redor das células permite que elas se mantenham hidratadas e sejam capazes de absorver os nutrientes de que necessitam.
As algas podem flutuar ou viver fixas no fundo dos mares, nos rios e sobre as rochas. Algumas espécies sobrevivem ate nas águas geladas dos pólos ou em fontes termais. Alguns tipos, como as clorofíceas, podem manter relações de simbióticas com fungos constituindo com eles os liquens. Nesses casos, os fungos mantém a umidade necessária para o desenvolvimento das algas, que, por suas, lhes oferecem alimento.
Na atualidade, o maior retorno de gás oxigênio para atmosfera vem da fotossíntese das algas. Alem disso, servem de alimento para grande parte de organismos aquáticos.
Muitas espécies são microscopias e se desenvolvem nas regiões iluminadas. Entre essas, há indivíduos unicelulares que vivem em suspensão, por exemplo os constituintes do fitoplâncton. Outros são coloniais formam agregados celulares com relativa independência entre si.
As algas multicelulares possuem uma estrutura muito simples, denominada talo. Trata-se de um conjunto de células praticamente iguais umas as outras.  Não apresenta tecidos ou órgãos, com exceção da estruturas e células envolvidas coma reprodução. Por apresentarem talo, as algas multicelulares também são chamadas de talófitas. Nelas a absorção de substâncias e nutrientes é realizada por todo o talo, diretamente do meio, e suas condução é feita de célula em célula por pequenas distancias.

Classificação das algas
Algas multicelulares e unicelulares são bem diferentes umas das outras. Devido a simplicidade do talo e das estruturas e funções que apresentam.



Observação: MARÉ VERMELHA
O aumento deste fenômeno, segundo pesquisas, em termos de quantidade, intensidade e dispersão geográfica, está relacionado à poluição e ao processo de eutrofização das águas marinhas. A eutrofização ocorre pelo excesso de nutrientes (compostos químicos contendo nitrogênio ou fósforo) em uma porção de água do mar, causando o aumento de algas que dão origem ao fenômeno da maré vermelha.
A maré vermelha causa muitos malefícios aos habitantes marinhos e ao homem. As algas produzem e liberam toxinas que envenenam as águas, provocando a morte de peixes e em consequência diminuindo a atividade pesqueira.
Além disso, acontece o envenenamento de forma indireta. Alguns moluscos, como os mexilhões, não são afetados diretamente por estas toxinas. Porém, podem acumular estas algas em seus corpos, por possuírem como característica filtrar a água do mar e dela extrai seu alimento. Assim, intoxica outros animais como os pássaros, mamíferos marinhos e também seres humanos que se alimentam destes moluscos.
Ao ingerir um molusco intoxicado, o ser humano pode desenvolver uma paralisia por envenenamento, envenenamento diarréico e envenenamento amnésico.
A luminosidade no mar também é impedida, devido ao bloqueio efetuado por camadas de algas, diminuindo a oxigenação da água e comprometendo a vida da fauna aquática.

Reprodução das algas
As algas podem se reproduzir de forma assexuada ou sexuada. Essa ultima é mais comum, inclusive entre as unicelulares, vele lembrar que a reprodução assexuada gera indivíduos com genoma idêntico ao dos genitores. Entretanto, como ela é mais rápida, permite o aumento da população em pouco tempo.
Na reprodução sexuada, por outro lado, ocorre mistura do genoma dos genitores, o que promove a variabilidade gênica entre os descendentes. Também em relação aos processos reprodutivos, vale lembrar que há indivíduos ou células haplóides, ou seja, que apresentam apenas metade do numero cromossômico da espécie, enquanto outros indivíduos e células são diplóides, pois possuem o genoma integral.

Reprodução assexuada
Quando as algas unicelulares se reproduzem assexuadamente, em geral isso se dá por processos mitóticos tais como a cissiparidade, que pode ocorrer tanto no plano longitudinal quanto no sentido transversal das células.
A reprodução por fragmentação é observada entre os organismos multicelulares filamentosos. Um ou mais pedaços do talo podem se destacar, e cada pedaço origina um novo individuo. Outro tipo de processo assexuado comum entre as algas multicelulares é a zoosporia. Em um ponto do talo forma-se células flageladas, os zoósporos, que se desenvolvem dando origem a novas algas.

Reprodução sexuada
Muitas algas unicelulares adultas são haplóides. Quando estão maduras, duas delas podem se fundir, formando um zigoto diplóide, que sofre meiose, gerando quatro novas células haplóides. Depois de saírem de dentro da capa que envolve o zigoto, elas amadurecem e reiniciam o ciclo.
Outro tipo de reprodução sexuada observada entre as algas multicelulares  haplóides é a conjugação. Células de alguns talos se diferenciam, formando gametas masculinos, enquanto em outro lado ocorre a produção de gametas femininos. Forma-se, então, uma ponte citoplasmática entre uma célula com gameta feminino e uma célula com gameta masculino. Através dessa ponte, o gameta masculino é transferido e encontra a célula contendo o gameta feminino, quando então ocorre a fecundação dos dois, gerando um zigoto diplóide. Esse zigoto desprende-se do talo feminino, sofre meiose e gera novos talos haplóides reiniciando o ciclo. 

IMPORTÂNCIA DAS ALGAS

As algas são utilizadas há tempos pela humanidade. Elas já foram muito usadas como fertilizantes em seu estado natural, dada a grande quantidade de potássio e de cálcio que contem.
Elas também são utilizadas em diferentes atividades industriais. De algumas feofíceas são extraídos alginatos, utilizados como espessantes na produção de sorvetes, sabonetes e cremes dentais. Certas espécies de rodofíceas produzem o ágar, utilizado na fabricação de medicamentos, meios de cultura de laboratório, estabilizantes na indústria alimentícia.   
Esses organismos são muitos ricos em proteínas, vitaminas e fibras. Por isso, países do sudeste asiático utilizam as algas como fonte de alimento.
As algas são importantíssimo para a biosfera, tanto as unicelulares e as multicelulares realizam a fotossíntese, produzindo matéria orgânica e gás oxigênio, utilizados por seres vivos. Além de oxigenar os ambientes aquáticos, esse gás se dispersa a partir da superfície, dissolvendo-se na atmosfera.
As algas formam a base das cadeias alimentares dos ecossistemas onde estão presentes. Sua biomassa é consumida, direta ou indiretamente, por outros seres vivos aquáticos e dos ambientes diretamente ligados a eles, como manguezais, restingas, matas ciliares. Como as algas compõem um grupo muito diversificado, diferentes seres vivos alimenta-se de diversas espécies de algas, favorecendo o desenvolvimento da enorme biodiversidade dos ambientes aquáticos, em especial das regiões tropicais.
Algumas vezes, as algas planctônicas se reproduzem excessivamente, formando tapetes sobre a superfície de agua. Esse desequilíbrio das algas, também chamado de bloom, pode levar a uma diminuição dramática da biodiversidade de um lago ou outros ambientes aquáticos, uma vez que a turvação da agua impede o desenvolvimento dos seres fotossintetizantes causando um impacto negativo sobre o ecossistema. Esse fenômeno é provocado por diversos fatores naturais, como mudança de temperatura ou  na salinidade da agua, mas sobretudo pelo aumento de nutrientes, decorrentes de descargas de esgoto e lixo no ambiente. Quando os fatores causadores do desequilíbrio desaparecem, o fitoplâncton costuma voltar aos níveis normais. A maré vermelha, provocada por algas do filo Dinophyra, é um caso de bloon em organismo marinhos.   

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