CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO 2° SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
CITOLOGIA
Área da Biologia que estuda a estrutura e o funcionamento das células,
chama-se citologia.
O desenvolvimento dos
microscópios trouxe importantes contribuições para o avanço da biologia. A
compreensão sobre a origem e a constituição teve de ser completamente revista
após as descobertas relacionadas a estrutura e organização das células. O
surgimento do microscópio eletrônicos, no século XX, possibilitou descobrir que
o interior da célula é ocupado por muitas e variadas estruturas altamente
especializadas, responsáveis pelas funções capazes de manter a célula viva.
Na segunda metade do século XVII,
dois observadores Antony e Robert construíram seu próprio microscópio e fizeram
importantes descobertas, visualizaram as hemácias do sangue, os espermatozóides
do sêmen, gotas de água e ainda embora não são soubesse que era bactéria,
descreveu assim sua descoberta, “eram incrivelmente pequenos, tão pequenos a
meu ver, que acredito que mesmo que cem desses animais fossem postos uma ao
lado do outro, não alcançariam sequer o tamanho de um grão de areia”, esse tipo
de microscópio recebeu o nome de microscópio simples.
Mathias Schleiden abandonou a
advocacia para se dedicar-se aos estudos de botânica. Suas observações
permitiram formular um conceito inteiramente novo a respeito das plantas: para
ele esse seres eram constituídos por unidades muito pequenas, as células, e seu
crescimento seria o resultado da formação de novas células.
Theodor Schwann eram medico e se
interessou pelo o estudo da fisiologia doas animais, especificamente das
células nervosas e musculares. Durante os anos em que esteve sob a orientação
de Muller professor de fisiologia, contribui bastante para a Biologia, quando
se encontrou com Mathias Schleiden onde discutiram sobre as semelhanças entre o
núcleo das células vegetais e animais, assim tiveram como conclusão que todas
as plantas e os animais eram formados por células.
As investigações conduzidas por
Schleiden e Schwann tiveram grande impacto na Biologia. para Schwann, as
células constituíram a base da organização estrutural dos seres vivos, e
estavam presentes em todos os locais, embora variassem na forma e na função.
Segundo suas próprias palavras, “a célula é a mola mestra universal do desenvolvimento
e esta presente em cada organismo”
Anos mais tarde, Rudolf Virchow, também aluno de
Muller, conclui que as doenças, assim com a própria vida em si, ocorriam no
nível celular. Virchow descobriu também que todas as células se originavam de outras
células preexistentes, e resumi sua conclusão numa frase em latim que se tornou
famosa no meio científico: omnis cellula
e cellula, que significa “Toda célula vem de outra célula”. Suas
descobertas contribuíram para consolidar o que ficou conhecido como TEORIA
CELULAR.
OBSERVAÇÕES
Embora as células fossem
observadas desde o século XVII, foi durante o século XIX que alguns dos maiores
avanços do conhecimento sobre a reorganização celular foram alcançados. Isso se
deve principalmente ao desenvolvimento de técnicas de observação que permitiram
a visualização de detalhes ate então desconhecidos. Para serem observadas ao
microscópio de luz, as células podem estar vivos ou não, mas como as estruturas
celulares em geral não apresentam cor, o exame a fresco, como conhecido não
revela muitos detalhes, assim para obtermos melhor visualização os matérias
precisam ser corados, o uso de corantes, porem, frequentemente mata asa
células. Portanto, é preciso que o material seja preparado a fim de preservar
melhor suas características. Essa preparação consiste em duas etapas.
Ø
Fixação consiste em matar a
célula sem alterar suas propriedades usando um liquido fixador, como o álcool
etílico, o formol, entre outros.
Ø
Coloração trata-se de aplicar de
um ou mais corantes a fim de tornar mais evidente determinada parte da célula.
O fato de os diferentes corantes
terem afinidade por diferentes partes da célula levou a duas descobertas.
ü Toda célula tem um limite bem
definido, responsável pela contenção de tudo que esta em seu interior, os
cientistas se basearam nessa observação para prever a existência da membrana
celular.
ü As células apresentam rapidamente
inúmeras outras estruturas além do núcleo, espalhadas por todo seu
interior, os citologistas rapidamente perceberam que o interior das células
eram constituído por um tipo de liquido de aspecto viscoso, que foi chamado de citoplasma.
ü Em 1833, o pesquisadores escocês
Robert Brown propôs a idéia de que essa estrutura seria parte fundamental de
todas as células, dando-lhe o nome de núcleo. A partir dessa época, os
biólogos passaram a aceitar que todas as células eram constituídas por três
patês fundamentais: a membrana, o citoplasma e o núcleo.
CÉLULAS ANIMAIS
E VEGETAIS
Os inúmeros estudos e observações
de células ao longo do século XIX, bom como a melhoria na qualidade óptica dos
microscópios, tornaram evidente que as células vegetais apresentam um padrão de
organização bem diferente do das células animas, porem todas contem as mesmas estruturas fundamentais, membrana,
citoplasma e núcleo.
CÉLULA VEGETAL
As células vegetais em geral possuem a maior parte do citoplasma ocupado
por uma grande estrutura chamada vacúolo central. O vacúolo, é uma espécie de
“bolsa” membranosa, é preenchido por uma solução aquosa cuja função principal é
regular o equilíbrio de água no interior do citoplasma. Alem do vacúolo, há nas células vegetais um grande
numero de estruturas de cor verde, os cloroplastos. Os cloroplastos são
responsáveis pela capacidade da célula vegetal de realizar a fotossíntese, graças
a presença do pigmento clorofila em seu interior, que absorve energia
luminosa. Outra diferença marcante em relação as células animais é a
presença, nas células vegetais, de uma espessa parede, exterior a membrana,
constituída de materiais resistentes, como a celulose, que penduram
mesmo após a morte da célula.
CÉLULA ANIMAL
As células animais,
diferentemente das vegetais, não apresentam parede exterior a membrana. Por
essa razão, elas normalmente não têm uma forma predeterminada quando são
isoladas dos tecidos de que fazem parte. Os animais são organismos que não tem
clorofila nem cloroplasto e não realizam fotossíntese, também não são
encontrados grandes vacúolos em suas células, como ocorre nas das plantas.
Algumas células animais, como os espermatozóides, têm estruturas locomotoras,
como o flagelo, que se prolonga para fora dos limites do citoplasma. Outras
podem apresentar cílios, como as células que revestem o interior da nossa
traquéia. Células animais também contem um par de centríolos, estruturas
relacionados a divisão e ao moimento dos cílios e flagelos. Não existem
centríolos em células vegetais.
O CITOPLASMA
Os
primeiros citologistas acreditavam que o interior da célula viva era preenchido
por um fluído homogêneo e
viscoso, no qual estava mergulhado o núcleo. Esse fluido recebeu o
nome de citoplasma.
Hoje
se sabe que o espaço situado entre a membrana plasmática e o núcleo é bem
diferente do que imaginaram aqueles citologistas pioneiros. Além da parte
fluida, o citoplasma contém bolsas
e canais membranosos e organelas citoplasmáticas, que desempenham
funções específicas no metabolismo da célula eucarionte.
O
fluido citoplasmático é constituído principalmente por água, proteínas, sais minerais
e açucares. No citosol ocorre a maioria das reações químicas vitais,
entre elas a fabricação das moléculas que irão constituir as estruturas
celulares. É também no citosol que muitas substâncias de reserva das células
animais, como as gorduras e o glicogênio, ficam armazenadas.
O citoplasma das
células procarióticas
Os seres procarióticos são representados pelas bactérias,
cianobactérias e arqueas.
As células desses organismos não apresentam membrana
envolvendo o material hereditário. Esses seres são denominados procarióticos, e suas células são
chamadas procarióticas. Outras
organelas membranosas também estão ausentes nas células procarióticas, estão
presentes, porem, milhares de corpúsculos não membranosos, denominados ribossomos, responsáveis pela síntese
de proteínas.
ORGANELAS
O retículo
endoplasmático
O
citoplasma das células eucariontes contém inúmeras bolsas, canais e tubos cujas
paredes têm uma organização semelhante à da membrana plasmática que se estende
por todo o citoplasma, desde a membrana plasmática ate a carioteca. Essas estruturas membranosas
formam uma complexa rede de canais interligados, conhecida pelo nome de
retículo endoplasmático. Podem-se distinguir dois tipos de retículo: rugoso e liso.
Retículo endoplasmático rugoso
(RER) e liso (REL)
O retículo endoplasmático rugoso
(RER) é formado por sacos achatados, cujas membranas têm aspecto
verrugoso devido à presença de grânulos, os ribossomos, aderidos
à sua superfície externa (voltada para o citosol). Já o retículo endoplasmático
liso (REL) é formado por
estruturas membranosas tubulares, sem ribossomos aderidos, e, portanto, de
superfície lisa.
Funções do retículo endoplasmático
O retículo endoplasmático atua como uma rede de
distribuição de substâncias no interior da célula. No líquido existente dentro
de suas bolsas e tubos, diversos tipos de substâncias se deslocam sem se
misturar com o citosol.
Ø Produção de lipídios
Uma importante função de retículo endoplasmático liso é
a produção de lipídios. A lecitina
e o colesterol, por exemplo, os principais componentes lipídicos de todas
as membranas celulares são produzidos no REL. Outros tipos de lipídios
produzidos no retículo liso são os hormônios
esteróides, entre os quais estão a testosterona e os estrógeno,
hormônios sexuais produzidos nas células das gônadas de animais vertebrados.
Ø
Desintoxicação
O retículo endoplasmático liso
também participa dos processos de desintoxicação do organismo. Nas
células do fígado, o REL, absorve substâncias tóxicas, modificando-as ou
destruindo-as, de modo a não causarem danos ao organismo. É a atuação do
retículo das células hepáticas que permite eliminar parte do álcool, medicamentos e
outras substâncias potencialmente nocivas que ingerimos.
Ø
Armazenamento de substâncias
Dentro
das bolsas do retículo
liso também pode haver armazenamento de substâncias. Os vacúolos das
células vegetais, por exemplo, são bolsas membranosas derivadas do retículo que
crescem pelo acúmulo de soluções aquosas ali armazenadas.
Ø
Produção de proteínas
O retículo
endoplasmático rugoso, graças à presença dos ribossomos, é responsável por boa
parte da produção de proteínas da célula. As proteínas fabricadas nos
ribossomos do RER penetram nas bolsas e se deslocam em direção ao aparelho de
Golgi, passando pelos estreitos e tortuosos canais co retículo endoplasmático
liso.
Os vacúolos
Os
vacúolos das células vegetais são interpretados com regiões expandidas do retículo
endoplasmático. Em células vegetais jovens observam-se algumas
dessas regiões, formando pequenos vacúolos isolados um do outro. Mas, à medida
que a célula atinge a fase adulta, esses pequenos vacúolos se fundem,
formando-se um único, grande e central, com ramificações que lembram sua origem
reticular. A expansão do vacúolo leva o restante do citoplasma a ficar
comprimido e restrito à porção periférica da célula. Além disso, a função do
vacúolo é regular as trocas de água que ocorrem na osmose.
Aparelho de
Golgi
O Complexo de Golgi, homenagem ao citologista italiano
Camilo Golgi, está presente em praticamente todas as células eucariontes, e
consiste de bolsas membranosas
achatadas, empilhadas como pratos. Cada
uma dessas pilhas recebe o nome de dictiossomo. Nas células
animais, os dictiossomos geralmente se encontram reunidos em um único local
próximo ao núcleo. Nas células vegetais, geralmente há vários dictiossomos
espalhados pelo citoplasma.
Funções do aparelho
de Golgi
O Complexo de Golgi,
atua como centro de
armazenamento, transformação, empacotamento e remessa de substâncias na célula. Muitas das substâncias que passam pelo aparelho de Golgi
serão eliminadas da célula, indo atuar em diferentes partes do organismo. É o
que ocorre, por exemplo, com as enzimas digestivas produzidas e eliminadas pelas
células de diversos órgãos (estômago, intestino, pâncreas etc.).
Secreção de
enzimas digestivas
As enzimas digestivas do pâncreas,
por exemplo, são produzidas no RER e levadas até as bolsas do aparelho de
Golgi, onde são empacotadas em pequenas bolsas, que se desprendem dos
dictiossomos e se acumulam em um dos pólos da célula pancreática. Quando chega
o sinal de que há alimento para ser digerido, as bolsas cheias de enzimas se
deslocam até a membrana plasmática, fundem-se com ela e eliminam seu conteúdo
para o meio exterior.
A
produção de enzimas digestivas pelo pâncreas é apenas um entre muitos exemplos
do papel do aparelho de Golgi nos processos de secreção celular. Praticamente
todas as células do corpo sintetizam e secretam uma grande variedade de
proteínas que atuam fora delas.
Lisossomos
Os lisossomos
são vesículas que se desprendem do Complexo de Golgi. Apresentam formato
esférico e tamanho variável, e estão presentes nas células eucarióticas em
geral. São repletas de enzimas digestivas, capazes de degradar diversas
substancias.
Os lisossomos
promovem a digestão intracelular ou a heterogafia, originados do complexo
de Golgi, os lisossomos fundem-se as vesículas de fagocitose e formam os
vacúolos digestivos, também de chamados de lisossomos secundários.
Após a digestão, os subprodutos das substancias fagocitadas atravessam a
membrana do vacúolo digestivo e são incorporadas ao citoplasma. Resíduos não
digeridos são eliminados por exocitose do chamado vacúolo residual.
Os lisossomos
também atuam na renovação celular, quando a célula digere seus próprios
componentes citoplasmáticos ou a autofagia. Nesse caso, as organelas
celulares velhas são envolvidas por membrana e funde-se com os lisossomos,
originando os vacúolos autofágicos.
.
Mitocôndrias
Estrutura e função das mitocôndrias
As
mitocôndrias estão imersas no citosol, entre as diversas bolsas e filamentos que
preenchem o citoplasma das células eucariontes. Elas são verdadeiras “casas de
força” das células, pois produzem energia para todas as atividades
celulares.
As mitocôndrias, cujo
número varia de dezenas até centenas, dependendo do tipo de célula, estão
presentes praticamente em todos os seres eucariontes, sejam animais, plantas,
algas, fungos ou protozoários.
As mitocôndrias são delimitadas
por duas membranas lipoprotéicas semelhantes às demais membranas
celulares. Enquanto a membrana externa é lisa, a membrana
interna possui inúmeras pregas, as cristas mitocondriais, que se
projetam para o interior da organela.
A cavidade interna das
mitocôndrias é preenchida por um fluido denominado matriz mitocondrial,
onde estão presentes diversas enzimas, além de DNA e RNA e pequenos
ribossomos e substâncias necessárias à fabricação de determinadas
proteínas.
A respiração celular
No interior das mitocôndrias ocorre a
respiração celular, processo em que moléculas orgânicas de alimento reagem com
gás oxigênio (O2), transformando-se em gás carbônico (CO2)
e água (H2O) e liberando energia.
C6H12O6 +
O2 -> 6 CO2 + 6 H2O + energia
|
A energia liberada na respiração
celular é armazenada em uma substância chamada ATP (adenosina
trifosfato), que se difunde para todas as regiões da célula, fornecendo
energia para as mais diversas atividades celulares. O processo de respiração
celular será melhor explicado na seção de Metabolismo energético.
Plastos
Classificação e estrutura dos plastos
Plastos são orgânulos citoplasmáticos
encontrados nas células de plantas e de algas. Sua forma e tamanho variam
conforme o tipo de organismo. Em algumas algas, cada célula possui um ou poucos
plastos, de grande tamanho e formas características. Já em outras algas e nas plantas em geral, os
plastos são menores e estão presentes em grande número por célula.
Os plastos podem ser separados em duas categorias:
- cromoplastos (do grego chromos,
cor), que apresentam pigmentos em seu interior. O cromoplastos mais
freqüente nas plantas é o cloroplasto, cujo principal
componente é a clorofila, de cor verde. Há também plastos vermelhos,
os eritroplastos (do grego eritros,
vermelho), que se desenvolvem, por exemplo, em frutos maduros de tomate.
- leucoplastos (do grego leukos,
branco), que não contêm pigmentos.
Funções
do cloroplasto
Se as mitocôndrias são as centrais energéticas das
células, os cloroplastos são as centrais energéticas da própria vida. Eles
produzem moléculas orgânicas, principalmente glicose, que servem de combustível
para as mitocôndrias de todos os organismos que se alimentam, direta ou
indiretamente, das plantas.
Os cloroplastos produzem substâncias orgânicas através do processo de
fotossíntese. Nesse processo, a energia luminosa é transformada em energia
química, que fica armazenada nas moléculas das substâncias orgânicas
fabricadas. As matérias-primas empregadas na produção dessas substâncias são,
simplesmente, gás carbônico e água.
Durante a fotossíntese, os cloroplastos também
produzem e liberam gás oxigênio (O2), necessário à respiração
tanto de animais quanto de plantas. Os cientistas acreditam que praticamente
todo o gás oxigênio que existe hoje na atmosfera terrestre tenha se originado
através da fotossíntese.
valeu Freedy :)
ResponderExcluirBora estudar pra prova do Fredão né '-'
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