CONTEÚDO
PARA AVALIAÇÃO 2° BIMESTRE
1° SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
RELAÇÕES
ECOLÓGICAS
São as interações de um indivíduos de
uma espécie que se interagem entre si e com os membros de outras espécies da
comunidade ecológica a que pertencem, ocorrem devido as atividades dos
organismos para obter os recursos necessários a sua sobrevivência e reprodução. Conforme as
características próprias da espécie e do nicho ecológico que ela ocupa, os
recursos necessários a sobrevivência podem variar bastante, incluindo desde de
água, alimento e abrigo e ate condições especificas de luz, temperatura e
umidade, entre outras.
As relações ecológicas podem ocorrer
entre indivíduos da mesma espécie, sendo denominadas relações intraespecíficas, ou entre indivíduos de espécies diferentes,
recebendo o nome de relações
interespecíficas.
Algumas
relações promovem benefícios para as duas partes envolvidas. Outras são
benéficas para uma parte e indiferentes, ou neutras, para a outra, sendo
conhecidas como harmônicas, como a
organização social das abelhas. Mas há também aquelas que o beneficio de um
individuo significa necessariamente o prejuízo de outro, sendo conhecida como desarmônicas, é o caso da relação entre
predadores e presas ou da competição por alimentos.
·
RELAÇÕES
INTRAESPECÍFICAS
As
relações intraespecíficas são muito variadas e diferenciam-se conforme as
características da espécie. Entre as plantas, há espécies que os indivíduos se
matem afastados uns dos outros, em outras a sobrevivência depende da
proximidade dos seus semelhantes. Entre os animais predadores é comum a vida
solitária, com encontros esporádicos para acasalamento ou atividade de caça. Já
entre os herbívoros a vida em grupo é frequente, embora isso não seja uma
regra.
Essas
relações podem ser classificadas em dois grupos principais, cooperação ou de competição.
Ø Relações intraespecíficas de cooperação
Em
varias situações, os indivíduos de uma mesma espécie se relacionam de forma
proporcionar benefícios para todos os envolvidos na relação. Esse comportamento
cooperativo pode ter diferentes funções, como aumentar a proteção, economizar
energia e otimizar a caça e o cuidado com a prole. A cooperação nem sempre é
muito evidente, mas geralmente está presente nas espécies cujos indivíduos
permanecem muito próximos uns dos outros. Nas savanas, por exemplo, animais
herbívoros como zebras e gnus pastam em grandes grupos, protegendo-se
mutuamente do ataque de predadores, os cachorros utilizados para puxar trenós
dormem sobre a neve do Ártico enrodilhados uns dos outros, a formação em V
apresentada no vôo de varias espécies e os cuidados com a prole entre os
gorilas no caso as fêmeas do grupo, esses animais se organizam em haréns, em
que o macho dominante tem preferência para a reprodução, e as fêmeas se dividem
no cuidado de todos os filhotes.
Em
certas espécies, porem, a vida em grupo tem um caráter ainda mais organizado, e
a eficiência do grupo em obter os recursos do meio é resultante da
especialização das funções dos indivíduos. Esses casos configuram as sociedades
e as colônias.
Ø
Colônias a
colônia é um tipo de organização na qual os indivíduos de uma mesma espécie
vivem intimamente ligados entre si, beneficiando-se mutuamente, um exemplo são
os corais,
que podem abrigar milhões de indivíduos num mesmo esqueleto calcário. A alga Volvox sp. é uma colônia em cujo
interior há indivíduos unicelulares especializados na reprodução. Em suas
periferia e superfície encontram-se indivíduos unicelulares biflagelados, que
proporcionam a movimentação de todo a colônia.
Em colônias, a
dependência e a especialização entre os indivíduos podem ser tão grandes que
estes chegam a dar impressão de serem órgãos complementares de um único
organismo. Um exemplo extremo de colônia é a caravela- portuguesa, Physalia pelágica, um cnidário marinho,
muitas vezes identificado erroneamente como água viva. Esse ser aparentemente
um único organismo, na verdade é composto por vários indivíduos, os zooides,
que se apresentam na forma de pólipos ou de medusas.
Ø
Sociedade é
um tipo de organização entre indivíduos da mesma espécie caracterizados pela
cooperação mediante algum grau de divisão de trabalho e pela comunicação entre
seus membros.
Esses indivíduos, diferentemente do que ocorre nas colônias, são fisicamente
independentes, apesar de compartilharem um mesmo território. O grau e a forma
de organização das sociedades são muito variáveis entre as espécies.
ü
Os
leões, considerados os mais sociais entre os felinos, vivem em grupos compostos
geralmente por uma seis machos e quatro a doze fêmeas adultas com seus filhotes,
onde cada grupo mantém a defende seu território
da invasão por machos de outros grupos.
ü
Algumas
espécies de insetos apresentam as sociedades mais complexas chamadas de eussociais. Como é o caso das abelhas,
as vespas, as térmitas e as formigas organizam-se em sociedades com clara
hierarquia e divisão de trabalho entre os indivíduos, formando grupos
especializados, denominados castas ou classes sociais. Essas sociedades são
divididas em três castas principais: dos machos, das rainhas e das operarias.
ü
Na
sociedade de insetos, a comunicação entre os indivíduos é feita por meio de
compostos químicos, os feromônios,
produzidos por glândulas especializadas, quando excretadas, essas substancias
provocam reações fisiológicas ou comportamentais em outros indivíduos da mesma
espécie. Existem feromônios para diferentes funções, como a demarcação de
território, atração sexual, alarme e localização de alimento
ü
Exemplos:
nas sociedades das formigas do gênero Atta
sp. ou saúvas, a trilha química de feromônio no chão marca o caminho de
volta ao formigueiro, nas sociedades das abelhas, compostas por três castas, as
operarias são estéreis devido a ação de feromônio presentes nas secreções da
rainha, que inibem o desenvolvimento de suas gônadas sexuais.
Ø
Relações intraespecíficas
de competição
Indivíduos da
mesma espécie ocupam o mesmo nicho ecológico e necessitam dos mesmos recursos,
como água, alimentos, parceiros para a reprodução, espaço, luz, materiais para
a construção de nichos, etc. a competição
intraespecífica ocorre quando um ou mais desses recursos não são
suficientes para atender as necessidades de todos os indivíduos da mesma
espécie que convivem num mesmo local e que, por isso, passam a disputar por
ele. Esse é um tipo de relação desarmônica.
A competição
intraespecífica pode ocorrer de duas formas. A forma direta ocorre por meio de
lutas, agressões e outros comportamentos inamistosos, comumente observados
entre os animais, ou pela produção de substancias químicas que inibem o
crescimento de outros indivíduos, como se observa em algumas espécies de
plantas e em moluscos que habitam costões rochosos.
A forma
indireta, em geral menos evidente, ocorre quando um individuo consome um
recurso de forma a torná-lo indisponível para os outros, um exemplo seria uma espécie
de planta que necessita de luz intensa e ao crescer produz sombra ao sei redor,
compete com as meia jovens pela luminosidade e inibe o desenvolvimento destas
naquele local.
- RELAÇÕES
INTERESPECÍFICAS
As relações
ecológicas entre indivíduos de espécies diferentes também podem ser harmônicas
ou desarmônicas. Entre as relações harmônicas, as mais importantes são as de
cooperação, o comensalismo e o mutualismo. A competição, a predação, o
herbivorismo e o parasitismo envolvem o prejuízo de uma das partes envolvidas e
são as principais relações desarmônicas das relações interespecíficas.
Protocooperação
É uma relação de cooperação entre duas espécies que se
associam gerando benefícios para todos os indivíduos envolvidos, porem essa
associação, no entanto, não obrigatória, pois os indivíduos das duas espécies
podem viver isoladamente, um exemplo seria nos pastos e nas savanas onde é
comum observar a presença de aves pousadas no dorso de bois, búfalos, cavalos.
Nessa protocooperação, esses mamíferos se vêem livres de parasitas incômodos, e
as aves se alimentam dos carrapatos.
Comensalismo
Uma das espécies é beneficiada por obter recursos
alimentares a partir da outra, para qual a relação é neutra.
Mutualismo
É uma relação de cooperação na qual duas espécies obtém
benefícios a partir de uma associação tão interdependente que não pode
sobreviver sem a presença de outra, um exemplo seria a capacidade de
digestão de celulose pelos cupins, os protozoários que vivem no interior dos
cupins digerem a celulose da madeira ingerida por estes, outro exemplo são a
associação entre as algas e os fungos que formam os liquens.
Inquilinismo
Ocorre quando um organismo de uma espécie vive sobre ou
no interior de um organismo de outra espécie, porem sem prejudica-lo, exemplos são as
orquídeas e as bromélias, essas plantas fixam nos troncos e ramos das arvores e
assim obtém maior acesso a luz solar, necessária a sua sobrevivência.
Competição
A competição
interespecífica ocorre quando duas espécies diferentes ocupam o mesmo nicho
ecológico ou quando ocorre sobreposição parcial do nicho e elas dependem de
alguns recursos comuns, disputando-os entre si.
Predação
É a relação em que o individuo de uma espécie mata um
individuo de outra espécie para se alimentar.
Parasitismo
É uma relação
desarmônica em que uma espécie, o parasita,
utiliza o organismo de outra, o hospedeiro,
como habitat e fonte de alimento, necessariamente lhe causando prejuízos.
Em geral, os prejuízos causados pelo parasita não chegam a debilitar o
hospedeiro de forma significativa e dificilmente ocasionam a sua morte.
Espécies parasitas ocorrem entre vírus, bactérias, protozoários, fungos,
vegetais e animais.
Os parasitas que vivem na superfície externa de seus
hospedeiros são denominados ectoparasitas,
exemplos bem conhecidos são os carrapatos, as pulgas e os fungos que causam
micoses no ser humano.
Os parasitas que vivem dentro de seus hospedeiros são
denominados endoparasitas. É o caso,
por exemplo, dos vírus bacteriófagos, que infectam bactérias, e da lombriga,
que parasita o tubo digestório do ser humano.
Herbívora
É a relação
estabelecida entre os animais que se alimentam de plantas e as próprias
plantas, é importante lembrar que a relação de herbívora não é exclusividade
dos animais herbívoros, pois os animais onívoros também se alimentam de
plantas. Nela, o animal se beneficia em detrimento do vegetal. É uma relação
desarmônica de extrema importância, pois as plantas são a base da cadeia
alimentar e fornecem energia necessária a existência dos demais níveis tróficos
em todos os ecossistemas.
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