CONTEÚDO
PARA AVALIAÇÃO 2° SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
DIVISÃO
CELULAR
O ciclo celular
A
célula possui um ciclo de vida que compreende sua origem, crescimento e
desenvolvimento, ate a reprodução. As células surgem por divisão de células
precedentes. No processo mais comum de divisão celular, denominado mitose, a célula original dá lugar a duas
células filhas.
Cada
uma delas, por sua vez, cresce se desenvolve e pode produzir uma nova geração
de células. Antes do inicio da divisão, é fundamental que a célula duplique seu
material hereditário, de modo que cada uma das células filhas receba a mesma
quantidade de DNA presente na célula mãe.
O crescimento celular também é
importante, sem ele, a cada divisão as células diminuiriam de tamanho,
inviabilizando o surgimento de novas células. A esse conjunto de transformações
que a célula sofre durante sua vida dá-se o nome de ciclo celular.
Duração do ciclo celular
O
ciclo celular completo pode durar algumas horas ou muitos anos, dependendo do
tipo da célula e de suas características fisiológicas. Uma célula de mamífero,
cultivada em laboratório sob condições ideais de desenvolvimento, pode
completar seu ciclo em apenas 16 horas. Em um embrião em desenvolvimento, as
mitoses ocorrem sucessivamente, enquanto no adulto há grande variação, a célula
do revestimento do esôfago, por exemplo, completam seu ciclo em aproximadamente
uma semana, mas no revestimento estomacal e intestinal o ciclo pode ser de 24
horas. Algumas células,
após a divisão, entram em um período de quiescência
e raramente voltam a se dividir. É o caso de células que sofreram um
processo de especialização ou diferenciação muito acentuado, como os neurônios
e as fibras musculares estriadas.
Os dois tipos de divisão celular
Na mitose,
uma célula origina duas células filhas, exatamente iguais quanto à forma e a
quantidade de material genético. Os organismos pluricelulares crescem por
aumento no numero de células, sempre originadas por mitoses. É também o
processo mitótico que permite a substituição de células mortas. Assim, as
células da pele, as de um embrião em desenvolvimento e as das pontas das raízes
e caules estão em constantes mitoses.
Na meiose,
por sua vez, ocorre somente em células destinadas a reprodução. Ela sempre
parte de uma célula diplóide que se
faz duas divisões, ao final das
quais se obtém quatro células haplóides, com a metade dos cromossomos existentes na célula mãe. Óvulos e
espermatozóides, nos animais, e esporos, nos vegetais, são produzidos por
meiose.
De certa forma, a meiose, que parte de
uma célula diplóide e forma células haplóides, pode ser considerada o processo
inverso ao da fecundação. Basta lembrar que na, fecundação, os gametas
masculino e feminino, ambos haplóides, se juntam e restabelecem a diploidia
característica da espécie.
PARA SABER MAIS...
OS MICROTÚBULOS
Os
microtúbulos são formados pela polimerização de uma proteína globular, a tubulina. As unidades de tubulina
unem-se em espiral, formando a parede de um cilindro oco com aproximadamente
28nm de diâmetro externo. Cada volta da espiral corresponde a treze moléculas
de tubulina.
Os
microtúbulos relacionam-se a diversos tipos de movimentos intracelulares, como
o transporte de vesículas através do citoplasma e o deslocamento dos
cromossomos durante as divisões celulares.
·
MITOSE
Mitose e numero de cromossomos
A
mitose é um processo de divisão em que ocorre uma duplicação cromossômica para
cada divisão da célula. Assim, o numero e a qualidade dos cromossomos da célula
mãe são mantidas nas células filhas.
Etapas
da mitose
A mitose é um processo continuo, por
motivos didáticas, no entanto, ela costuma ser dividida em etapas ou fases que
não duram obrigatoriamente o mesmo intervalo de tempo. As etapas da mitose são,
prófase, metáfase, anáfase e telófase.
PRÓFASE
ü Os centríolos já
duplicados afastam-se gradativamente, atingindo os pólos da célula. Em torno
deles, aparecem fibras que constituem o áster.
Entre s centríolos que se afastam, forma-se fibras do fuso mitótico. Tanto as fibras do áster como as do fuso são
microtúbulos do citoesqueleto.
ü O nucléolo fica
cada vez menos visível e acaba se desintegrando, sendo seu material distribuído
pela célula.
ü O núcleo aumenta
de volume, e por fim, a membrana nuclear se desorganiza.
ü Durante todos os
eventos anteriores, os cromossomos, já duplicados, sofreram um processo de
espiralação crescente. As cromátides ficam visíveis. Por fim, os cromossomos
prendem-se as fibras do fuso pelo centrômero.
PARA SABER MAIS...
Os
cinetócoros, um para cada cromátide, são estruturas protéicas formadas na
prófase, na região do centrômero. É pelo cinetócoro que cada cromátide irá se
prender a um microtúbulo do fuso mitótico, na metáfase.
Na
anáfase, os microtúbulos, na região do cinetócoro, perdem gradativamente
moléculas de tubulina, encurtamento cada vez mais. Além disso, um proteína
motora arrasta o cinetócoro, junto com a cromátide, ao longo da fibra do fuso.
METÁFASE
Os
cromossomos atingem seu grau Maximo de
espiralação e colocam-se no plano equatorial da célula. No final da
metáfase, as cromátides se separam, tendo agora cada uma delas um centrômero
próprio e constituído dois cromossomos irmãos.
ANÁFASE
As
fibras do fuso encurtam; com a separação das cromátides, os cromossomos irmãos
migram cada um para um dos pólos da célula.
TELÓFASE
Cada
conjunto cromossômico atinge um dos pólos. Os cromossomos desespiralam-se
gradativamente, e as duas novas cariotecas reconstituem-se a partir das
membranas do reticulo endoplasmático. Novos nucléolos são produzidos. A
membrana plasmática se invagina, formando um sulco. Termina a cariocinese (divisão de núcleos) e
inicia-se citocinese (divisão do
citoplasma), com distribuição mais ou menos equitativa dos orgânulos entre as
células filhas.
A
mitose em células vegetais
Quando
se estuda a mitose em células vegetais, percebem-se duas diferenças
fundamentais ao mesmo processo em células animais. Inicialmente, na há
centríolos nem ásteres, mesmo assim, ocorre a formação das fibras do fuso. Isso
demonstra que o papel dos centríolos na divisão ainda não foi totalmente
compreendido, já que células sem centríolos formam o fuso e dividem-se
normalmente.
A divisão do citoplasma não acontece
por estrangulamento, como na célula animal, em vez disso, aparece no equador da
célula um esboço de parede, a lamela
média, constituída por um polissacarídeo, a pectina. Mais tarde, formam-se
duas membrana celulósicas, de um lado e do outro da lamela média.
VARIAÇÃO
NA QUANTIDADE DE DNA DA CÉLULA DURANTE A MITOSE
No período G1 a quantidade de DNA ainda na aumentou. Durante o período S, ela dobra, e assim permanece no
terceiro momento da interfase G2. Ao
longo da mitose, quando as duas células se formam, a quantidade de DNA volta a
ter a quantidade normal.
·
MEIOSE
Enquanto a mitose mantém o numero de cromossomos nas células filhas, o processo de
meiose o reduz a metade. A meiose sempre parte de uma célula diplóide e dá
origem a quatro células haplóides.
A importância da redução dos cromossomo
fica evidente quando lembramos que, na fecundação, os gametas masculinos e
feminino se fundem, restabelecendo o numero diplóide da espécie.
Meiose e numero de cromossomos
No
processo de meiose, ocorre uma única duplicação cromossômica e duas divisões
celulares. Isso faz com que o numero de cromossomos se reduza a metade.
1.
A
célula esta em interfase. A célula é diplóide, com 2n = 4 cromossomos. Existem
os pares de homólogos a e a e b e b. Os cromossomos
foram representados, apesar de invisíveis nesta fase.
2.
Ainda
durante a interfase, ocorre a duplicação do DNA. Cada cromossomo passa a ser constituído
por duas cromátides idênticas, presas pelos mesmos centrômeros.
3.
Na
primeira divisão da meiose, ocorre a separação dos cromossomos homólogos, cada
célula recebe um único cromossomo de cada par. Com isso, o numero cromossômico
é reduzido a metade.
4.
As
células são agora halóides. Cada cromossomo continua duplo, não houve
duplicação de centrômero e as cromátides irmãs continuam juntas.
5.
Na
segunda divisão meiótica ocorre a separação das cromátides-irmãs, que são
distribuídas para as células filhas. Perceba que cada célula tem dois
cromossomos, da mesma forma que no estagio anterior. No que se refere ao numero
de cromossomos, a segunda divisão meiótica é semelhante a uma mitose.
Descrição das etapas
PRÓFASE I
A.
Leptóteno
Devido
a sua espiralação, os cromossomos ficam visíveis. Apesar de duplicados desde a
interfase, eles aparecem ainda como filamentos simples, bem individualizados.
B.
Zigóteno
Os
cromossomos homólogos se atraem, emparelhando-se. Esse pareamento é conhecido
como sinapse e ocorre ponto por
ponto. O pareamento de cromossomos homólogos não ocorre na mitose.
C.
Paquíteno
As
duas cromátides de cada cromossomo tornam visíveis. Os dois homólogos pareados
mostram, então, quatro filamentos, que, em conjunto, chamados tétrades ou bivalente.
D.
Diplóteno
Nessa fase podem ocorrer quebras em
regiões correspondentes das cromátides homólogas, e os pedaços quebrados
unem-se em posição trocada. Esse fenômeno, chamado crossing-over ou permuta, aumenta a variabilidade
genética das células formadas, pois reúne em um mesmo cromossomo genes vindos
da mãe, presentes em uma cromátide, e genes vindos do pai, presentes em outra
cromátide. Os homólogos afastam-se, permanecendo em contato em alguns pontos
chamados quiasmas.
E.
Diacinese
Os
pares de homólogos estão praticamente separados. Os quiasmas deslizam para as
extremidades dos cromossomos. Aumenta ainda mais a espiralação dos cromossomos.
METÁFASE I
A
membrana nuclear desaparece. As fibras do fuso formaram-se na prófase I. os
pares de cromossomos homólogos se organizam no plano equatorial da célula. Os
centrômeros dos cromossomos homólogos ligam-se as fibras que partem de
centríolos opostos. Assim, cada componente do par de homólogos será atraído
para um dos pólos.
ANÁFASE I
Não
há divisão dos centrômeros, cada componente do par de homólogos migra em
direção a um dos pólos, por encurtamento das fibras do fuso.
TELÓFASE I
A
carioteca se reorganiza, os cromossomos se desespiralam. O citoplasma sofre
divisão.
PRÓFASE II
Semelhante
a prófase da mitose e bem mais rápida que a prófase I. Formam-se o fuso, as
vezes, perpendicular ao anterior.
METÁFASE II
Os
cromossomos se dispõem no plano equatorial as fibras do fuso. Ao final da
metáfase, com a divisão do centrômero, as cromátides passam a constituir, cada
uma, um cromossomo com centrômero próprio.
ANÁFASE II
Os
cromossomos filhos migram para pólos opostos.
TELÓFASE II
Já nos pontos, os cromossomos e desespiralam,
e os nucléolos reaparecem. O citoplasma se divide, são agora quatro células n, originadas a partir da célula 2n que iniciou o processo.
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