CONTEÚDO PARA AVALIAÇÃO 3ºSÉRIE DO ENSINO MÉDIO
REINO PROTOCTISTA
REINO PROTOCTISTA
Os protoctista são os primeiros
organismos eucarióticos, ou seja, com células que apresentam núcleo
individualizado e diferentes organismos, cada qual responsável por uma função.
Seus representantes são protozoários e algas.
Os
organismos que compõem o reino Protoctista são considerados de difícil
classificação, o que gera muita controvérsia entre os especialistas.
Diferentemente dos demais reinos, cujos organismos são originados da mesma
espécie ancestral, ou seja, monofiléticos, os Protoctistas englobam seres de
distintas linhas evolutivas e bem diferentes uns dos outros.
OS PROTOZOÁRIOS
Os
protozoários, representantes do domínio Eukarya, são unicelulares e de
estrutura bastante variável. Suas células, maiores do que as dos procarióticos
possuem núcleo individualizado por uma carioteca, a maioria é heterótrofa e
muitos são capazes de locomoção.
A
célula de um protozoário é capaz de realizar, sozinha, todas as funções que ocorrem
num organismo multicelular ou pluricelular graças a variedade de organelas e
estruturas presentes em seu citosol.
·
MORFOLOGIA CELULAR, ENVOLTÓRIOS E CITOSOL
Os protozoários apresentam grandes
variações de forma, dependendo da fase evolutiva e do meio ao qual estão
adaptados. Podem ser esféricos, ovulados, alongados ou modificar constantemente
a forma de suas células, como é o caso das amebas.
Em geral observam-se duas áreas
distintas no citosol, uma externa, mais consistente, denominada ectoplasma, e
uma interna, granular e mais fluida, chamada de endoplasma, onde se encontra a
maior parte das organelas.
·
LOCOMOÇÃO E
CAPTURA DE ALIMENTO
Muitos
protozoários locomovem-se utilizando uma ou mais organelas especializadas.
Os
pseudópodes são expansões temporárias
do citoplasma emitidas por meio da deformação da célula devido a ação de
proteínas contrateis. Alem de ajudarem na locomoção, os pseudópodes também são
utilizados para a captura de alimento.
Os flagelos
e os cílios são prolongamentos
derivados dos centríolos. Os primeiros filamentosos e longos, são formados por microtúbulos organizados segundo um eixo, ou
axonema. Eles provocam movimentos
ondulatórios que permitem o deslocamento da célula. O conjunto de seus
movimentos cria um turbilhonamento que favorece a captura de alimento ou a
movimentação, empurrando a célula para frente.
·
NUTRIÇÃO E
DIGESTÃO
A
maioria dos protozoários é heterótrofos, podendo ingerir partículas alimentares
do meio e digeri-las intracelularmente, ou mesmo absorve substancias dissolvidas
na água por meio de difusão.
Partículas
alimentares solidas são englobadas por pseudópodes ou levadas até o citóstoma,
uma abertura pela qual o alimento penetra na célula. Ao redor do alimento
forma-se uma bolsa membranosa que recebe enzimas digestivas dos lisossomos
transformando num vacúolo digestivo. Os resíduos podem ser eliminados em
qualquer ponto do ectoplasma, ou em um ponto especifico denominado citopígio ou citoprocto.
·
RESPIRAÇÃO
Nos
protozoários, as trocas gasosas ocorrem por toda a superfície celular. Os
aeróbicos, que vivem em meios com disponibilidade de gás oxigênio, possuem
mitocôndrias, nas quais ocorre liberação da energia utilizada nos processos
metabólicos.
·
EXCREÇÃO E
REGULAÇÃO OSMÓTICA
As
excretas solúveis podem ser eliminadas por difusão através da superfície
celular. Nos protozoários de água doce existem vacúolos contrateis que eliminam o excesso de água absorvido graças
as diferenças osmóticas entre os meios intra e extracelular. Eles atuam com uma
bomba que se contrai periodicamente. Esse tipo de vacúolo exerce importante
papel na manutenção da estrutura celular, na medida em que impede as células de
inchar ou estourar.
·
REPRODUÇÃO
Antes de iniciar seu ciclo reprodutivo,
os protozoários passam por um período de crescimento, que pode varias de
algumas horas até meses, dependendo da espécie.
Em geral, a reprodução desses
microorganismos é assexuada e ocorre por cissiparidade ou por brotamento,
resultado duas ou mais células. Porém, sob certas condições ambientais, algumas
espécies apresentam reprodução sexuada. Há ainda aqueles microorganismo que
apresentam processos de multiplicação complexos, nos quais ambos os tipos de
reprodução se alternam ao longo do seu ciclo de vida.
·
CLASSIFICAÇÃO
DOS PROTOZOÁRIOS
ü Filo Rhizopoda ou Sarcodina
Os
sarcodinos, cujos representantes mais conhecidos são as amebas, possuem uma célula relativamente flexível, com um ou vários
núcleos. Costumam formar números vacúolos digestivos, visíveis ao microscópio
de luz. São capazes de emitir pseudópodes, como os quais se locomovem e
capturam alimento por fagocitose.
De
modo geral a reprodução é assexuada por cissiparidade ou sexuada por singamia.
Em
condições ambientais desfavoráveis, como sob umidade reduzida, algumas espécies
parasitas e de água doce produzem formas de resistência, que são os cistos. Os cistos são responsáveis pela
contaminação da água e dos alimentos pelas espécies patogênicas.
ü Filo Zoomastigophora
Esses
protozoários se caracterizam por apresentar um, dois ou mais flagelos. Perto do
local onde se origina o flagelo, observa-se uma mitocôndria especializada em
fornecer energia a intensa movimentação dessas estruturas. A reprodução
assexuada ocorre por cissiparidade, e a sexuada, por singamia.
Alguns
flagelos são parasitas e há espécies que causam doenças em seres humanos.
Outros
protozoários, como os do gênero Trichonympha,
desenvolveram uma relação de mutualismo intensa dentro do intestino de cupins.
Eles encontram-se protegidas dentro do corpo dos insetos e digerem a celulose
proveniente da madeira, liberando nutrientes que são absorvidos pelos cupins.
Essa relação é tão complexa que esse dois organismos não sobrevivem
separadamente.
ü Filo Ciliophora
Os
cilióforos, como sugere o nome, caracterizam-se por apresentar uma enorme
quantidade de cílios por toda a superfície celular. Os cílios desenvolvem
movimentos sincronizados, impulsionando esses organismos na água, onde se
deslocam mais rapidamente de que os flagelos e os rizópodes. A grande maioria é
de vida livre e de água doce.
Os
cilióforos são considerados os protozoários mais complexos. Esses protozoários
podem apresentam dois vacúolos contrateis com ações alternadas, que permitem a
regulação osmótica e possivelmente, a eliminação de excretas.
Sua
forma de reprodução mais comum assexuada, por cissiparidade. Entretanto a
reprodução sexuada por conjugação é uma característica marcante desse grupo.
O
paramécio, o exemplo mais conhecido desse filo, é comum em charcos, lagoas e
poças de água.
ü Filo Foraminífera
Os
foraminíferos são protozoários essencialmente marinhos, que podem fazer parte
do plâncton ou habitat regiões profundas dos oceanos. Os foraminíferos secretam
uma carapaça, geralmente constituída por poros, característica responsável pelo
nome desse grupo. Através dos poros eles emitem pseudópodes utilizados para a
captura de alimento e para a locomoção das espécies rastejantes.
Esses
microorganismos são muitos sensíveis ao estresse ambiental, que prejudica a
formação e o desenvolvimento de sua carapaça. Por isso são considerados tanto
de áreas costeiras quanto marinhas.
ü Filo Actinopoda
Os
actinópodes são protozoários esféricos, flutuantes, seus representantes são os heliozoários e radiolários. Eles
possuem um tipo de psudópode muito fino, contendo um eixo central recoberto por
citoplasma adesivo, chamado de axópode,
utilizado para a captura de partículas alimentares. A reprodução é assexuada
por cissiparidade, os heliozoários são encontrados basicamente em água doce,
podendo ser flutuantes ou viver no substrato do fundo de lagoas e de rios ou mesmo
em mares.
Os
radiolários são exclusivamente marinhos e geralmente planctônicos, uma
característica típica desse grupo é a presença de uma cápsula central de parede
membranosa limitando o endoplasma.
ü
Filo Apicomplexa
Esse
filo reúne os protozoários imóveis, que não possuem estruturas de locomoção.
São todos endoparasitas obrigatórios, encontrados dentro de células ou no meio
dos tecidos de plantas e animais, tanto invertebrados como vertebrados,
incluindo o ser humano.
O
nome Apicomplexa vem de uma parte da célula usada para perfurar a membrana das
futuras células hospedeiras, o principal gênero é o Plasmodium, com varias espécies causadores da malaria nos humanos.
·
PROTOZOÁRIOS E AS DOENÇAS
Muitas espécies, porem, são parasitas,
responsáveis por varias doenças. Elas se instalam sobretudo no sangue e
no tubo digestório. Alguns
protozoários parasitas necessitam de dois hospedeiros para completar seu ciclo
de vida. Nesse caso, o hospedeiro
definitivo é aquele no qual o parasita se reproduz sexuadamente, o intermediário, ou vetor é aquele em que ocorre a reprodução assexuada. Em geral os
humanos são os hospedeiros definitivos das espécies de protozoários que lhes
causam doenças. Alem disso, um mesmo protozoário pode existir sob duas formas. O cisto, a forma de resistência ou
inativa, secreta uma parede que envolve a célula e a protege em sua fase de
latência. O trofozoíto é a forma
ativa, na qual esse microorganismo se alimenta e se reproduz.
AMEBÍASE
ü Agente
Etiológico: Entamoeba
histolytica
ü Forma de transmissão: Uma pessoa vai a um restaurante e ingere um alface mal-lavado e
contaminado com cistos (formas de resistência) de amebas. Tal cisto chega ao
intestino do hospedeiro e se abre, liberando jovens amebas. Elas invadem a
parede do intestino e começam a se alimentar de células e sangue. Além disso,
elas começam a se multiplicar e inflamar a parede do intestino. Com o tempo,
tal inflamação se rompe, liberando sangue junto com novas amebas.
ü Sintomas:
O período de incubação é de 2 a 4 semanas. A disenteria amebiana aguda
manifesta-se com quadro disentérico agudo, cólicas abdominais, náuseas,
vômitos, emagrecimento e fadiga muscular.
ü Tratamento: O tratamento
depende da gravidade da infecção. Geralmente, é administrado metronidazol
(anti-bacteriano e anti-parasitismo) por via oral por 10 dias.
ü Profilaxia: manter
sanitários limpos; lavar as mãos antes das refeições e após a defecação; tratar
os doentes e portadores assintomáticos; não usar excrementos, como
fertilizantes; combater as moscas e baratas.
GIARDÍASE
ü Agente
Etiológico: Giardia
lamblia
ü Forma de
transmissão: Surtos
de giardíase podem ocorrer em comunidades de países desenvolvidos e em
desenvolvimento onde o abastecimento de água é contaminado pelo esgoto. Pode
ser contraída ao se beber água de lagos ou córregos onde animais como castores
e ratos, ou animais domésticos, como ovelhas, causaram a contaminação. Também é
transmitida pelo contato direto entre as pessoas, o que tem causado surtos em
instituições como creches.
ü Sintomas: sintomas mais
agudos são, azia e náusea, cólicas e diarréia aguda e persistente.
ü Tratamento: Algumas
infecções desaparecem sozinhas. Medicamentos anti-infecciosos podem ser usados.
As
taxas de cura são geralmente maiores do que 80%.
ü Profilaxia: Basicamente,
para se evitar a giardíase deve-se tomar as mesmas medidas profiláticas usadas
contra a amebíase, já que as formas de contaminação são praticamente as mesmas.
Portanto deve-se:
Só ingerir alimentos bem lavados e/ou
cozidos; Lavar as mãos antes das refeições e após o uso de sanitários;
Construção de fossas e redes de esgotos;Só beber água filtrada e/ou
fervida;Tratar as pessoas doentes.
MALÁRIA
ü Agente Etiológico: Plasmodium vivax, P. falciparum e P. malariae.
ü Forma de transmissão: A transmissão ocorre após picada da fêmea do mosquito Anopheles,
infectada por protozoários do gênero Plasmodium.
ü Sintomas:
calafrios, febre alta (no início contínua e depois com
frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia,
aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por P. falciparum,
também existe uma chance de se desenvolver o que se chama de malária cerebral,
responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas
correntes, aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais,
desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores
de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.
ü Tratamento: deve estar de
acordo com o Manual de Terapêutica da Malária, editado pelo Ministério da
Saúde, dependendo da espécie de plasmódio o paciente vai receber um tipo de
tratamento, gravidade da doença - pela necessidade de drogas injetáveis de ação
mais rápida sobre os parasitos, visando reduzir a letalidade.
ü Profilaxia: uso de
mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e
braços, telas em portas e janelas, uso de repelentes.
Medidas
de prevenção coletiva: drenagem, pequenas obras de saneamento para eliminação
de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros, modificação
do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoramento da moradia e das
condições de trabalho, uso racional da terra.
LEISHMANIOSE
ü Agente
Etiológico: o
protozoário flagelado Leishmania braziliensis, fêmea do
mosquito
do gênero Lutzomyia (Phebotomus),conhecido popularmente como mosquito-palha,
cangalhinha ou birigüi.
ü Forma de
transmissão: A
transmissão ocorre após picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por
protozoários do gênero Plasmodium.
ü Sintomas:
Leishmaniose visceral: febre
irregular, prolongada; anemia; indisposição; palidez da pele e ou das
mucosas; falta de apetite; perda de peso; inchaço do abdômen devido ao aumento
do fígado e do baço. Leishmaniose cutânea: duas a três semanas após a picada
pelo flebótomo aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que
vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou
secreção purulenta.
ü Tratamento: As drogas de
primeira escolha para tratamento da Leishmaniose são os Antimoniais
Pentavalentes. Devem ser administrados por via parenteral (ou seja,
intra-muscular ou intra-venosa), por uma período mínimo de 20 dias. A dose e o
tempo da terapêutica variam com as formas da doença e gravidade dos sintomas.O
seu principal efeito colateral é a indução de arritmias cardíacas e está
contra-indicado em mulheres grávidas nos 2 primeiros trimestres, doentes com
insuficiência hepática e renal e naqueles em uso de drogas anti-arrítmicas.
ü Profilaxia: Proteção
individual, quando frequentar a mata (usar roupas adequadas e repelentes); tratamento
dos doentes, eliminação dos cães com, feridas suspeitas, controle dos
mosquitos, nas habitações, através de inseticida e tela nas casas, Há vacina.
DOENÇAS DE CHAGAS
ü Agente
Etiológico: É
um protozoário denominado Trypanosoma cruzi. No homem e nos animais, vive no
sangue e nas fibras musculares, especialmente as cardíacas e digestivas; no
inseto transmissor, vive no tubo digestivo.
ü Forma de
transmissão: mais
comum ocorre quando o inseto, ao alimentar-se de sangue contaminado de animais
silvestres ou de seres humanos, adquire o parasita, que se reproduz em seu
intestino. Quando o barbeiro infectado suga o sangue de outra pessoa, ele
defeca. Ao se cocar, irritada pela picada, a pessoa provoca o contato com entre
as fezes e aferida, contaminando-se. As fezes também podem penetra no corpo
pela mucosa ocular ou oral.
ü Sintomas:
Na fase aguda, ocorrem febre moderada, hepatomegalia discreta, inflamação dos
gânglios linfáticos, miocardia aguda, meningoencefalite (dores na meninges),
etc. Na fase crônica, ocorre o comprometimento do coração e do sistema digestivo.
A duração depende de vários fatores, desde idade e estado nutricional do
paciente até os intrínsecos dos parasitas. Os sintomas mais importantes são a
cadiomegalia (coração grande), o megaesôfago (esôfago grande) e o megacólon
(cólon grande).
ü Tratamento: é feito com a
tomada de medicamentos antiparasitários, eficazes na eliminação do
parasita do sistema sanguíneo. ser administrados diariamente, de acordo com o
peso corporal, de 12 em 12 horas, durante 2 meses
ü Profilaxia: Baseia-se
principalmente em medidas de proliferação nas moradias e em seus arredores.
Além de medidas específicas (inquéritos sorológicos, entomológicos e
desinsetização), as atividades de educação
em
saúde, devem estar inseridas em todas as ações de controle, bem como, as medidas
a serem tomadas pela população local.
TOXOPLASMOSE
ü Agente
Etiológico: Protozoário
chamado Toxoplasma gondii
ü Forma de
transmissão: Por
ingestão de cistos presentes em dejetos de animais contaminados,
particularmente gatos, que podem estar presentes em qualquer solo onde o animal
transita.Por ingestão de carne de animais infectados (carne crua ou
mal-passada). Por transmissão intra-uterina da gestante contaminada para o feto
(vertical).Órgãos contaminados que, ao serem transplantados em pessoas que terão
que utilizar medicações que diminuem a imunidade (para combater a rejeição ao
órgão recebido), causam a doença.
Sintomas: Em pessoas com defesas imunes normais, até 90% de casos de
toxoplasmose
não causam qualquer sintoma, assim a infecção frequentemente não é reconhecida.
Nos relativamente poucos casos nos quais os sintomas se
desenvolvem,
os mais comuns são: inchaço indolor dos linfonodos, dores de cabeça, mal-estar,
cansaço, febre baixa. No entanto alguns
pacientes podem apresentar febre, dores nos músculos e articulações, cansaço,
dores de cabeça e alterações visuais, quando ocorre comprometimento da
retina,dor de garganta,
surgimento
de pontos avermelhados difusos por todo o corpo (como uma alergia, urticária) e
aumento do fígado e do baço; menos comumente ocorre inflamação do músculo do
coração.
ü Tratamento:O tratamento
para a toxoplasmose é feito através do uso de medicamentos antibióticos,
como a espiramicina, que elimina o protozoário Toxoplasma gondii do
organismo do indivíduo.
A toxoplasmose
é muito comum, podendo afetar cerca de 80% da população, mas nem
sempre é grave ou apresenta sintomas. Apesar de geralmente ser tratada
quando o indivíduo apresenta sintomas, o tratamento pode ser feito mesmo na
ausência destes.
O
tratamento para toxoplasmose na gravidez varia de acordo com a idade
gestacional e o grau de infecção da grávida. Geralmente, são utilizados
antibióticos, como a espiramicina, nos três primeiros meses e uma
combinação de sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico nos últimos 2 trimestres
da gestação.
No
entanto, este tratamento não garante a proteção do feto contra o agente que
provoca a toxoplasmose, pois quanto mais tarde for iniciado o tratamento da
gestante, maiores as chances de malformação fetal e de toxoplasmose
congênita. E, por isso, para evitar esse quadro a grávida deve fazer
o pré-natal e realizar o exame de sangue para diagnosticar a toxoplasmose
no 1º trimestre de gestação.
ü Profilaxia: Atenção
médico-veterinária a animais domésticos e de criação;
Remoção
cuidadosa de fezes de gatos, com o uso de luvas e desinfecção de locais em que
foram depositadas; Não consumir carnes cruas ou malcozidas, (deve ser submetida
a um tratamento térmico de no mínimo 60°C por 20 min, garantindo
que
o calor penetre igualmente por todo o alimento).
TRICOMONÍASE
ü Agente
Etiológico: Trichomonas
vaginalis.
ü Forma de transmissão: O Trichomonas vaginalis é disseminado através do contato sexual com um
parceiro infectado. Isso inclui a relação pênis-vagina ou contato vulva-vulva.
O parasita não sobrevive na boca ou no reto.
ü Sintomas: Mulheres:
desconforto na relação sexual, coceira na parte interna das coxas, corrimento
vaginal (ralo, amarelo esverdeado, espumoso), prurido vaginal, coceira
na vulva ou inchaço dos lábios e odor vaginal (cheiro forte ou
fétido)Homens: queimação após a micção ou ejaculação ,coceira da uretra
corrimento
leve da uretra
ü Tratamento: O antibiótico
metronidazol é comumente usado para curar a infecção. Uma droga mais nova,
chamada Tinidazol pode ser usada. Evite relações sexuais até que o tratamento
seja concluído. Você não deve ingerir bebidas alcoólicas enquanto estiver
tomando o medicamento
ü Profilaxia: o
uso de preservativos continua sendo a melhor e mais confiável maneira de
proteger-se contra infecções sexualmente transmissíveis, uso individual de
roupas íntimas, tratamento de indivíduos portadores, esterilização dos
aparelhos ginecológicos, higiene em relação aos sanitários públicos, etc. e
escolha criteriosa do parceiro.
AS ALGAS
Assim
como aos protozoários, as algas são representantes do domínio Eukarya. Elas são
autótrofas fotossintetizantes. A maioria das algas é marinha, e a menor parte é
de água doce. Existem, no entanto, algumas espécies terrestres, embora
restritas a ambientes úmidos. A água ao redor das células permite que elas se
mantenham hidratadas e sejam capazes de absorver os nutrientes de que
necessitam.
As
algas podem flutuar ou viver fixas no fundo dos mares, nos rios e sobre as
rochas. Algumas espécies sobrevivem ate nas águas geladas dos pólos ou em
fontes termais. Alguns tipos, como as clorofíceas, podem manter relações de
simbióticas com fungos constituindo com eles os liquens. Nesses casos, os fungos mantém a umidade necessária para o
desenvolvimento das algas, que, por suas, lhes oferecem alimento.
Na
atualidade, o maior retorno de gás oxigênio para atmosfera vem da fotossíntese
das algas. Alem disso, servem de alimento para grande parte de organismos
aquáticos.
Muitas
espécies são microscopias e se desenvolvem nas regiões iluminadas. Entre essas,
há indivíduos unicelulares que vivem em suspensão, por exemplo os constituintes
do fitoplâncton. Outros são coloniais formam agregados celulares com relativa
independência entre si.
As
algas multicelulares possuem uma estrutura muito simples, denominada talo. Trata-se de um conjunto de
células praticamente iguais umas as outras. Não apresenta tecidos ou órgãos, com exceção
da estruturas e células envolvidas coma reprodução. Por apresentarem talo, as
algas multicelulares também são chamadas de talófitas. Nelas a absorção de substâncias e nutrientes é realizada
por todo o talo, diretamente do meio, e suas condução é feita de célula em
célula por pequenas distancias.
Classificação das algas
Algas
multicelulares e unicelulares são bem diferentes umas das outras. Devido a
simplicidade do talo e das estruturas e funções que apresentam.
Observação:
MARÉ VERMELHA
O aumento deste fenômeno, segundo pesquisas, em termos de
quantidade, intensidade e dispersão geográfica, está relacionado à poluição e
ao processo de eutrofização das
águas marinhas. A eutrofização ocorre pelo excesso de nutrientes (compostos
químicos contendo nitrogênio ou fósforo)
em uma porção de água do mar, causando o aumento de algas que dão origem ao
fenômeno da maré vermelha.
A maré
vermelha causa muitos malefícios aos habitantes marinhos e ao homem. As algas
produzem e liberam toxinas que envenenam as águas, provocando a morte de peixes
e em consequência diminuindo a atividade
pesqueira.
Além disso,
acontece o envenenamento de forma indireta. Alguns
moluscos, como
os mexilhões, não são afetados diretamente por estas toxinas. Porém, podem
acumular estas algas em seus corpos, por possuírem como característica filtrar
a água do mar e dela extrai seu alimento. Assim, intoxica outros animais como
os pássaros, mamíferos marinhos e também seres humanos que se alimentam destes
moluscos.
Ao ingerir um
molusco intoxicado, o ser humano pode desenvolver uma paralisia por
envenenamento, envenenamento diarréico e envenenamento amnésico.
A luminosidade no
mar também é impedida, devido ao bloqueio efetuado por camadas de algas,
diminuindo a oxigenação da água e comprometendo a vida da fauna aquática.
Reprodução
das algas
As algas podem se reproduzir de forma
assexuada ou sexuada.
Essa ultima é mais comum, inclusive entre as unicelulares, vele lembrar que a reprodução
assexuada gera indivíduos com genoma idêntico ao dos genitores. Entretanto,
como ela é mais rápida, permite o aumento da população em pouco tempo.
Na
reprodução sexuada, por outro lado, ocorre mistura do genoma dos genitores, o
que promove a variabilidade gênica entre os descendentes. Também em relação aos
processos reprodutivos, vale lembrar que há indivíduos ou células haplóides, ou
seja, que apresentam apenas metade do numero cromossômico da espécie, enquanto
outros indivíduos e células são diplóides, pois possuem o genoma integral.
Reprodução assexuada
Quando
as algas unicelulares se reproduzem assexuadamente, em geral isso se dá por
processos mitóticos tais como a cissiparidade, que pode ocorrer tanto no plano
longitudinal quanto no sentido transversal das células.
A
reprodução por fragmentação é observada entre os organismos multicelulares
filamentosos. Um ou mais pedaços do talo podem se destacar, e cada pedaço
origina um novo individuo. Outro tipo de processo assexuado comum entre as
algas multicelulares é a zoosporia. Em um ponto do talo forma-se células
flageladas, os zoósporos, que se desenvolvem dando origem a novas algas.
Reprodução sexuada
Muitas
algas unicelulares adultas são haplóides. Quando estão maduras, duas delas
podem se fundir, formando um zigoto diplóide, que sofre meiose, gerando quatro
novas células haplóides. Depois de saírem de dentro da capa que envolve o
zigoto, elas amadurecem e reiniciam o ciclo.
Outro
tipo de reprodução sexuada observada entre as algas multicelulares haplóides é a conjugação. Células de alguns
talos se diferenciam, formando gametas masculinos, enquanto em outro lado
ocorre a produção de gametas femininos. Forma-se, então, uma ponte
citoplasmática entre uma célula com gameta feminino e uma célula com gameta
masculino. Através dessa ponte, o gameta masculino é transferido e encontra a
célula contendo o gameta feminino, quando então ocorre a fecundação dos dois,
gerando um zigoto diplóide. Esse zigoto desprende-se do talo feminino, sofre
meiose e gera novos talos haplóides reiniciando o ciclo.
IMPORTÂNCIA DAS ALGAS
As
algas são utilizadas há tempos pela humanidade. Elas já foram muito usadas como
fertilizantes em seu estado natural, dada a grande quantidade de potássio e de
cálcio que contem.
Elas
também são utilizadas em diferentes atividades industriais. De algumas
feofíceas são extraídos alginatos,
utilizados como espessantes na produção de sorvetes, sabonetes e cremes
dentais. Certas espécies de rodofíceas produzem o ágar, utilizado na fabricação
de medicamentos, meios de cultura de laboratório, estabilizantes na indústria
alimentícia.
Esses
organismos são muitos ricos em proteínas, vitaminas e fibras. Por isso, países
do sudeste asiático utilizam as algas como fonte de alimento.
As
algas são importantíssimo para a biosfera, tanto as unicelulares e as
multicelulares realizam a fotossíntese, produzindo matéria orgânica e gás
oxigênio, utilizados por seres vivos. Além de oxigenar os ambientes aquáticos,
esse gás se dispersa a partir da superfície, dissolvendo-se na atmosfera.
As
algas formam a base das cadeias alimentares dos ecossistemas onde estão
presentes. Sua biomassa é consumida, direta ou indiretamente, por outros seres
vivos aquáticos e dos ambientes diretamente ligados a eles, como manguezais,
restingas, matas ciliares. Como as algas compõem um grupo muito diversificado,
diferentes seres vivos alimenta-se de diversas espécies de algas, favorecendo o
desenvolvimento da enorme biodiversidade dos ambientes aquáticos, em especial
das regiões tropicais.
Algumas vezes, as algas planctônicas se
reproduzem excessivamente, formando tapetes sobre a superfície de agua. Esse
desequilíbrio das algas, também chamado de bloom, pode levar a uma diminuição
dramática da biodiversidade de um lago ou outros ambientes aquáticos, uma vez
que a turvação da agua impede o desenvolvimento dos seres fotossintetizantes
causando um impacto negativo sobre o ecossistema. Esse fenômeno é provocado por
diversos fatores naturais, como mudança de temperatura ou na salinidade da agua, mas sobretudo pelo
aumento de nutrientes, decorrentes de descargas de esgoto e lixo no ambiente.
Quando os fatores causadores do desequilíbrio desaparecem, o fitoplâncton
costuma voltar aos níveis normais. A maré vermelha, provocada por algas do filo
Dinophyra,
é um caso de bloon em organismo marinhos.